Fundos de crédito com desconto: qual o motivo e qual a perspectiva?

Momento é favorável para FI-Infras. Uma das principais vantagens é a isenção de IR

Christopher Gomes Galvão 27/01/2025 08:00 5 min
Fundos de crédito com desconto: qual o motivo e qual a perspectiva?

O Brasil é um país que demanda grandes projetos de infraestrutura. Mas você sabia que é possível transformar essa necessidade em uma oportunidade de investimento?

Os Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra) oferecem uma alternativa segura e rentável para quem deseja diversificar sua carteira enquanto apoia o desenvolvimento do país.

Os fundos de crédito privado foram grandes destaques de rentabilidade nos últimos 18 meses e, hoje, os Fundos de Infraestrutura (FI-Infras) estão sendo negociados com desconto. Estamos diante de uma grande oportunidade?

Além disso, os FI-Infras são isentos de imposto de renda e costumam pagar dividendos mensais, sendo uma alternativa para quem deseja uma renda passiva.

O que são os FI-Infras?

Os fundos abertos de crédito privado são os mais comuns no mercado. Neles, além de você poder fazer a aplicação, é possível pedir o resgate a qualquer momento.

Já no mundo dos fundos fechados (listados), temos os chamados FI-Infras (fundos de infraestrutura), nos quais, para fazer a aplicação, é necessário entrar no chamado “período de captação do fundo”. Fora do período de captação, a maneira de investir no fundo é comprando a cota de outro investidor por meio da B3, no seu home broker.

Dessa forma, não é possível pedir resgate dos FI-Infras. Para desinvestir, é necessário vender a sua cota para outro investidor na Bolsa.

Essa estrutura torna o passivo do FI-Infra mais resiliente, pois elimina resgates. Isso é especialmente relevante já que, sem a necessidade de lidar com saídas dos seus cotistas ao longo do tempo, o gestor não precisa ter uma parcela relevante em caixa (o que geraria custos de oportunidades) e consegue aproveitar melhor suas análises e convicções nas alocações.

Vale ressaltar que os FI-Infras são isentos de imposto de renda e costumam pagar dividendos, sendo uma alternativa para quem deseja uma renda passiva (cada fundo tem suas regras em relação ao pagamento de dividendos).

FI-Infra: descontos no mercado e oportunidade de alocação

Nos últimos meses, os FI-Infra têm chamado atenção por estarem sendo negociados com deságios significativos no mercado.

Em novembro, observamos um aumento no fluxo de vendas desses fundos, intensificado em dezembro, após a apresentação do pacote fiscal que elevou a aversão ao risco entre os investidores.

A grande questão é que essa intensidade do fluxo de venda dos FI-Infras não está compatível com o risco apresentado pelos fundos. Consequentemente, temos visto todos os FI-Infras sendo negociados no mercado com preços inferiores às suas respectivas cotas patrimoniais, ou seja, com deságios (descontos), inclusive com piora recente em janeiro.

 Fonte: Economatica e Clube FII. Elaboração Nord Research
 Fonte: Economatica e Clube FII. Elaboração Nord Research

Ou seja, estamos observando um momento de irracionalidade do mercado, oferecendo uma boa oportunidade de alocação.Contudo, há um "porém" que deve ser considerado.

Spreads de crédito: a janela que os investidores esperavam

Nos primeiros meses de 2023, após os casos de Americanas e Light, muitos investidores ficaram receosos com o mercado de crédito e pediram resgates dos fundos abertos, o que forçou os gestores a venderem parte da carteira de crédito a mercado. Como todos eles estavam tentando vender, os spreads de crédito (diferença entre a taxa de crédito e a taxa do título do governo) subiram consideravelmente naquele período (queda dos preços dos títulos).

 Fonte: BB Investimentos

Nos gráficos acima, é possível ver não somente esse movimento de alta dos spreads no início de 2023, como também a forte queda em um curto espaço de tempo no início de 2024, após a resolução do Conselho Monetário Nacional que trouxe novas regras para CRAs, CRIs, LCAs e LCIs.

Como a consequência da queda dos spreads é justamente o efeito positivo de marcação a mercado para aqueles que estavam posicionados, vimos os fundos de debêntures incentivadas apresentarem ganhos relevantes — e isso sem imposto de renda.

O problema é que, apesar desses fundos terem apresentado ganhos acima do CDI nos últimos 18 meses, dificilmente apresentarão o mesmo alpha (excesso de retorno) nos próximos 18 meses, uma vez que os spreads de crédito já estão muito baixos.

Se, por um lado, os spreads de crédito encontram-se em patamares reduzidos, representando um ponto de atenção, por outro lado, observamos que a atual irracionalidade do mercado em relação aos FI-Infras apresenta uma oportunidade de assimetria favorável.

Foi exatamente por esse motivo que, recentemente, realizei a primeira recomendação de um FI-Infra no Nord Fundos.

Consideramos a qualidade e a experiência da equipe de gestão do fundo, a diversificação do portfólio, a qualidade de crédito dos ativos e a característica de gestão ativa, que busca maximizar os ganhos por meio da marcação a mercado dos títulos.

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