Follow on: entenda a oferta subsequente de ações
Follow on é a oferta subsequente de ações. Nela, a empresa de capital aberto emite novos papéis ou liquida participações de grandes acionistas, negociando fora do pregão diário.
O follow on pode se apresentar como uma oportunidade para os investidores aproveitarem a emissão de ações por um preço diferenciado. Porém, é importante avaliar bem antes de engajar nesse processo.
Essa mudança na estratégia da empresa pode causar oscilações nas cotações da bolsa de valores. Logo, nem sempre será uma boa decisão adquiri-las. Para tomar essa decisão, é importante considerar outros fatores.
Descubra como o follow on funciona e quais as maneiras de aproveitá-lo a seguir!
Sumário
- O que é follow on?
- Por que o follow on acontece?
- Como funciona?
- Quais são os tipos de follow on?
- Qual a diferença entre follow on e subscrição?
- Quais são as vantagens e desvantagens do follow on?
- Quem pode participar?
- Como participar do follow on?
O que é follow on?
Follow on consiste na emissão de novas ações por uma empresa que já abriu seu capital, ou seja, conta com títulos listados na bolsa de valores. Essa prática também é chamada de oferta subsequente se diferenciando da oferta pública inicial (Initial Public Offering ou IPO).
Para ilustrar por meio de uma passagem real, a empresa de locação Vamos (VAMO3) realizou um IPO em janeiro de 2021. Foi a abertura de capital da organização. Em setembro de 2022, a organização emitiu 48,4 milhões de novas ações, isto é, realizou um follow on.
Por que o follow on acontece?
Uma empresa pode executar um follow on a partir de finalidades diferentes. Conheça algumas delas abaixo!
Geração de caixa
As empresas podem reforçar as finanças com dinheiro arrecadado a partir da venda das novas ações. Em troca, renunciam a uma parcela ainda maior do empreendimento.
Liquidez para acionistas
O mecanismo permite que grandes acionistas possam obter liquidez. Afinal, conseguem vender os ativos sem causar uma grande oscilação negativa, tampouco terem um custo elevado para deixar as posições.
Diluição do sócio
Em alguns casos, o sócio que não deseja permanecer no controle pode usar o mecanismo para diluição. É o caso, por exemplo, da Eletrobrás, em que o governo federal reduziu sua participação via follow on.
Como funciona o follow on?
O follow on envolve diversas etapas. Para o investidor, as mais importantes são os períodos de reserva e subscrição das ações.
Período de reserva das ações
A venda das ações no follow on ocorre fora do pregão diário. O investidor precisa participar de uma lista de intenções em que demonstrará o interesse em subscrever as ações.
Essa demonstração será decisiva para entender a demanda e definir o preço de negociação. Isso porque, afere quanto os investidores estão dispostos a pagar pelos ativos.
Subscrição das ações
Nem sempre o investidor que demonstrou interesse na reserva consegue obter as ações, pois pode haver uma alta demanda. No entanto, se conseguir, se tornará o novo titular delas, devendo pagar a quantia oferecida pela participação.
Quais são os tipos de follow on?
Existem dois tipos de follow on distinguidos pelo público capaz de adquirir as novas ações emitidas. Saiba quais são abaixo!
Follow on público
A oferta pública subsequente permite a participação do investidor que não tem qualificações especiais. É o investidor comum ou de varejo.
Nesse caso, o processo é mais custoso para a empresa. A CVM exige ampla divulgação e transparência, assim como a contratação de uma instituição financeira para conduzir a operação.
Follow on restrito
A oferta restrita limita a participação aos investidores reconhecidos como profissionais. É um processo mais econômico para a empresa, com uma proposta direcionada para até 75 pessoas físicas ou jurídicas.
São classificados como investidores profissionais:
- pessoa física com mais de R$10 milhões em investimentos;
- investidor com qualificação e certificação reconhecida pela CVM;
- Instituições financeiras e fundos de investimento;
- seguradoras e entidades de previdência.
Qual a diferença entre follow on e subscrição?
Follow on e subscrição são conceitos que se relacionam, mas muito diferentes essencialmente. A subscrição é o feito pelo qual uma pessoa se torna titular de uma ação ou cota. Um dos direitos dos acionistas é a preferência neste ato no contexto de follow on de uma empresa na qual ele detém participação.
Essa preferência é assegurada até a proporção da participação do acionista. No entanto, se nenhum investidor que já participa do capital da companhia se interessar, a oferta subsequente pode prosseguir com o público, sem restrições.
Quais são as vantagens e desvantagens do follow on?
O anúncio de um follow on causa oscilações no mercado. Por isso, o investidor deve avaliar as vantagens e desvantagens do processo para entender qual é o posicionamento mais adequado para adotar nesses momentos conforme as especificidades dos contextos.
Vantagens do follow on
Possibilitar a captação de recursos pela empresa
A realização do follow on permite que a companhia capte mais recursos no mercado para realizar suas operações.
Ter oportunidades de desconto
As ações da oferta subsequente podem estar mais baratas que as negociadas no pregão. Por isso, é possível lucrar ao fazer a reserva ou vender o direito de subscrição, a depender das condições oferecidas.
Geração de liquidez
O follow on aumenta a quantidade de ações em circulação na bolsa de valores. Isso pode ampliar a liquidez do papel, com mais pessoas comprando e vendendo os ativos, o que pode torná-lo mais atrativo.
Desvantagens do follow on
Custo elevado
Realizar um follow on gera custos para atender a regulação. É preciso divulgar o projeto da empresa, realizar um prospecto para investidores, contratar uma instituição financeira, arcar com as despesas de registros, entre outros gastos.
Risco de diluição
Os grandes acionistas podem ter custos para manter a posição, comprando novas ações. Não é algo que afete o pequeno investidor, que tem uma participação mínima e já não é ativo nas decisões da companhia.
Aplicação inadequada dos recursos
Para o pequeno investidor, o ponto de atenção é o risco de a empresa aplicar os recursos de forma inadequada. Mesmo se a captação não aumentar o lucro no futuro, haverá mais acionistas participando da divisão dos ganhos da empresa.
Quem pode participar?
A participação no follow on depende do tipo de processo realizado. Se for restrito, apenas os investidores profissionais receberão convites. Se for uma oferta pública, a venda é aberta aos demais interessados do mercado financeiro.
Contudo, nem sempre quem demonstra interesse em comprar as ações terá sucesso. É preciso respeitar o direito de subscrição, que dá preferência aos atuais acionistas da empresa. Além disso, outros investidores podem ter se mostrado dispostos a pagar mais pelos ativos.
Como participar do follow on?
O follow on é uma oportunidade acessível pelas corretoras de valores. Nas plataformas digitais dessas instituições financeiras, você encontrará as ofertas públicas iniciais e ofertas públicas subsequentes em andamento.
Para conseguir participar dessas ocasiões, siga os passos abaixo!
Solicite a reserva junto a corretora de valores
A solicitação de reserva ocorre com a indicação de interesse. Para isso, você realiza um processo similar a agendar uma compra, indicando quanto está disposto a pagar para receber as ações.
Deixe o dinheiro disponível na conta da corretora
Após o período de reserva, as ofertas serão efetivadas pelo preço definido para o ativo. Então, você precisa ter os recursos em conta para pagar pela quantidade adquirida.
Negocie o direito de preferência
Uma oportunidade é tentar negociar o direito de preferência. Você pode fazer isso vendendo ou comprando, de acordo com o seu interesse em no processo.
A oferta pode ser feita durante o período aberto para quem tem preferência. Para isso, o número “1” deve ser colocado no final da ação ordinária ou “2” para a ação preferencial. Por exemplo, a “PETR3” ficaria “PETR1”, enquanto a “PETR4” iria para “PETR2”.
Busque informações confiáveis antes de investir
O pequeno investidor pode ter dificuldades para se posicionar diante de um follow on. Quando já tem ações da empresa, é difícil avaliar se os recursos serão empregados em um projeto consistente, assim como os efeitos da emissão de novas ações na bolsa.
Por outro lado, há boas oportunidades sempre que existem oscilações nos preços e possibilidade de descontos nas ações. Ter o apoio de especialistas faz toda a diferença para lidar com esse e outros cenários da bolsa de valores.
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Resumindo
O que é operação de follow on?
O follow on é a operação em que a empresa emite novas ações ou liquida a participação de grandes acionistas. Para isso, a oferta subsequente respeita um procedimento com formalidades específicas, e não é negociada diretamente no pregão.
Por que fazer follow on?
Há diversas possibilidades que motivem uma empresa a fazer follow on como: necessidade de captar novos recursos no mercado, melhorar a liquidez de seus papéis ou diminuir a participação de acionistas, assim como a influência desses nas decisões da companhia.