Entrada da Cosan na Vale

Mercado vê dúvidas na aposta bilionária da Cosan com aquisição de ações da Vale; entenda o movimento

Nord Research 13/10/2022 12:31 8 min
Entrada da Cosan na Vale

Nord Insider

Durante o feriado de Nossa Senhora Aparecida, comemorado nesta quarta-feira, 12, não haverá negociação na B3, a Bolsa de Valores do Brasil. Negociações no Tesouro Direto também serão suspensas no dia.

Enquanto os investidores brasileiros ganham uma pausa para respirar, no exterior, as bolsas internacionais funcionam normalmente.

Principais assuntos de hoje

  • Entrada da Cosan na Vale;
  • Previdência privada para filhos;
  • Perspectivas para KLBN4 e SUZB3 no 3T22.

Por que a entrada da Cosan na Vale não agradou o mercado?


Os investidores ainda estão digerindo o inesperado avanço da Cosan (CSAN3) sobre a mineradora Vale (VALE3).

A notícia pegou o mercado de surpresa e aparentemente as primeiras impressões não foram muito boas.

O anúncio de que a Cosan montou posição minoritária na Vale foi feito na sexta-feira, 7, à tarde, com o mercado ainda aberto.

Na ocasião, as ações da Cosan fecharam em queda de -8,72%, enquanto os papéis da Vale encerraram perto da estabilidade.

Na segunda-feira, 10, os papéis CSAN3 seguiram em queda, fechando com baixa de -7,51%, enquanto VALE3 recuou -2,01%.

Entenda o movimento


A companhia com origem no setor sucroenergético, CSAN3, anunciou que montará posição estratégica de até 6,5% na mineradora, VALE3.

Segundo a Cosan, 1,5% da participação será direta, sem “collar” (pares de opção de compra e venda), 3,4% serão de compra direta via instrumento de compra e venda e 1,6% por contratos de derivativos que podem ser convertidos em ações.

Mais detalhes sobre a operação

Após o anúncio da aquisição, a Cosan fez uma teleconferência para investidores e analistas apresentando um pouco do racional estratégico da operação.

O racional da empresa é simples, aponta o analista de ações da Nord Research, Henrique Vasconcellos.

“A Cosan está buscando criar um portfólio mais completo voltado a recursos naturais. A empresa vê que com a estrutura que eles têm abaixo deles (Raízen, Rumo, Compass e Moove), eles podem ajudar a destravar valor na Vale para que o grupo tenha um retorno sobre isso”, avalia.  

Por que a decisão não agradou

Para o analista, dois pontos repercutiram de forma negativa e catalisaram uma reação negativa do mercado.

O primeiro ponto refere-se à forma como a operação foi feita. “A Cosan, no seu histórico de aquisições, sempre fez compras da forma “tradicional”, adquirindo o controle de companhias. No caso da Vale, por ser uma empresa listada, com alta liquidez, e com o tamanho que tem, eles recorreram ao uso de opções — que em si não me parece ser ruim”, comenta Vasconcellos.

Ele complementa explicando que, com essa estrutura, a Cosan terá alguns anos até que tenham que efetuar pagamentos (começam apenas no final de 2024).

Isso traz uma certa tranquilidade para a companhia poder avaliar se a direção do investimento está de acordo com a tese deles.

O segundo ponto que o mercado pode ter achado ruim é justamente essa “desconexão” com o histórico da companhia.

“Por mais que seja uma holding, a Cosan vem fazendo investimentos estratégicos focados no grupo. Contudo, a compra de uma participação na Vale parece muito mais como um investimento financeiro — que é o que nós, investidores, fazemos”, disse.

Cosan errou ao comprar Vale?

Em relação à operação do grupo, Vasconcellos diz que ainda não está claro o potencial de geração de valor para ambas as partes.

“Como comentei acima, me parece mais um investimento financeiro do que estratégico (principalmente porque não busca o controle da empresa). A Vale é uma gigante no mercado, mas tem seu crescimento muito correlacionado com a economia chinesa. Existem vantagens e desvantagens. Do lado negativo, vemos sinais de uma desaceleração do crescimento por lá. Mas, do lado positivo, uma busca da China em reduzir emissões acaba casando bem com a qualidade do minério que a Vale possui. No final, não é um investimento que eu faria”, conclui o analista.


Previdência privada para filhos: uma herança com menos impostos


Quem nunca ouviu que a educação é a maior herança dada aos filhos? Sem dúvidas, ao ser mãe e pai, nasce junto a vontade de oferecer as melhores oportunidades.

Dentro desse contexto, podemos pensar em como oferecer acesso a tudo que será necessário no futuro, como a faculdade, o primeiro automóvel ou os recursos para começar um negócio, por exemplo.

Para isso, é necessário que você dê o primeiro passo para garantir um futuro mais promissor para os seus herdeiros.

Dicas para poupar


A primeira opção, inclusive a mais indicada, é a previdência privada para os filhos.

Outras duas opções seriam o Tesouro Direto ou fundos de investimentos.

Neste texto, o nosso foco é apresentar os benefícios para quem investe em previdência privada.

O que é a previdência para filhos?

A previdência privada para os filhos é diferente de ter uma reserva de emergência, por exemplo.

A reserva de emergência funciona como um “kit de primeiros socorros” para momentos inesperados e imprevistos financeiros.

Já o dinheiro que você poupar para a previdência dos filhos será para investir na educação superior ou para entregar a seu filho quando chegar a uma determinada idade.

Benefícios

De acordo com Guilherme Guntovitch, gestor da Nord Asset, os benefícios de formar uma previdência privada vão além de uma alíquota de imposto reduzida.

“É possível utilizar os investimentos em previdência privada para deduzir do imposto de renda, além da facilidade e menor burocracia em transferir os recursos em um evento sucessório”, disse Guntovitch.

Estratégia Nord Icatu AT 70


Na Nord, existe a possibilidade de realizar a reserva para seu filho.

Lançado em setembro de 2022, o fundo Fundo Nord Icatu AT 70 Prev busca rendimentos por meio da alocação de até 70% em ações e 30% em renda fixa ativa.

É importante mencionar que a parte de renda variável replica a estratégia da carteira ANTI-Trader, liderada pelo analista e sócio-fundador Bruce Barbosa.

Já a parte de renda fixa ativa, investe predominantemente em títulos públicos de alta liquidez, seguindo as recomendações da Marilia Fontes

Onde encontrar

Atualmente, o fundo de previdência Nord Icatu AT 70 Prev é distribuído pela Nord Corretora de Seguros e pela plataforma do BTG.

Para investir, basta entrar aqui e preencher suas informações em “Quero Investir”. Feito isso, o time da Nord Asset irá orientar você sobre os próximos passos.

Equipe


A estratégia é apoiada pela equipe macroeconômica, composta por sócios da Nord Asset e Nord Wealth e pela equipe de renda variável da Nord Research.

Nossa equipe conta com mais de 30 profissionais altamente qualificados, dedicados a buscar resultados consistentes com foco na construção e preservação de capital.

Rentabilidade


De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a equipe Nord não pode fazer menção a performance de fundo com menos de 6 meses.

No entanto, no longo prazo, nosso analista diz que o produto deve oferecer um retorno acumulado bastante atrativo.

“Com uma carteira equilibrada, o fundo tem o benefício de comprar mais ações nas quedas de mercado e vender ações nas altas de mercado, apenas pelo balanceamento, aumentando assim a eficiência do produto”, comenta o gestor.

Taxa de Administração


Taxa global de administração de 1,2% (0,5% no fundo principal e + 1% na carteira de ações).

Taxa de performance

Outra característica é que o fundo não cobra taxa de performance.

Klabin (KLBN4) e Suzano (SUZB3) devem reportar bons resultados no 3º trimestre


A temporada de resultados ainda não começou no Brasil, mas as exportadoras de papel e celulose devem trazer bons resultados.

O analista de ações da Nord Research, Fabiano Vaz, destaca que a rápida retomada da economia mundial fez com que preços da celulose disparassem, impulsionando as receitas.

Para ele, isso deve mais do que compensar os maiores custos em meio a inflação e alta dos juros.

Em relação ao terceiro trimestre de 2022 (3T22), o consenso do mercado é que a Suzano (SUZB3) aumente cerca de +20% seu Ebitda e a Klabin (KLBN4) registre alta de +15% em comparação com o 3T21.

Quedas acentuadas


No entanto, apesar das expectativas positivas, papel e celulose têm sido o pior setor no Ibovespa este ano.

As ações tanto de Suzano como de Klabin acumulam uma desvalorização da ordem de -20% em 2022.

“Devido às expectativas de diminuição na demanda e de queda no preço da celulose, o mercado acredita que no médio e longo prazo teremos uma correção no preço da celulose, por isso o mercado está derrubando as ações”, comenta Vaz.

Mas, para os próximos anos, ele acredita que devemos observar “um crescimento relevante da oferta de celulose com a conclusão de grandes plantas ao redor do mundo, como o projeto Cerrado da Suzano”.

Perspectivas no longo prazo


Olhando para o futuro, nosso analista avalia que o momento é de cautela por conta de uma possível recessão no nível de demanda do setor (na Europa e na Ásia).

“O cenário é desafiador no mundo. Se por um lado a recessão pode impactar a demanda por celulose, por outro a crise energética, principalmente na Europa, pode segurar os preços da commodity e beneficiar as companhias brasileiras que têm a vantagem de operar com um custo menor”, comenta.

No longo prazo, ele vê que uma injeção de oferta de celulose no mundo, combinada com um cenário de recessão, pode pressionar o preço da celulose.

Abaixo do histórico


As ações de Klabin e Suzano estão sendo negociadas atualmente abaixo do histórico, porém, apesar de estarem baratas, não vemos uma oportunidade.

“As incertezas em relação ao cenário macro acabam prejudicando a visibilidade de crescimento dos resultados de ambas as companhias no futuro. Com a expectativa de queda dos resultados nos próximos dois anos, recomendamos ficar de fora de SUZB e KLBN no momento”, aconselha o analista.

Fonte: Bloomberg

Meme do dia

Fonte: Faria Lima Elevator via Twitter / Reprodução

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