DPGE: como funciona o investimento em Depósito a Prazo com Garantia Especial

O DPGE oferece condições exclusivas de rentabilidade com proteção do FGC até R$ 40 milhões. Descubra esse ativo pouco falado da renda fixa!

Nord Research 30/06/2023 15:33 9 min
DPGE: como funciona o investimento em Depósito a Prazo com Garantia Especial

O DPGE é um produto de renda fixa com proteção do FGC em até 40 milhões de reais. Seu objetivo é oferecer liquidez para instituições financeiras de pequeno e médio porte, permitindo que o investidor acesse condições diferenciadas ao depositar os recursos.

O Depósito a Prazo com Garantia Especial (DPGE) é um instrumento criado para que bancos pequenos e médios tenham mais facilidade na captação de recursos. Por isso, pode oferecer excelentes condições para quem procura taxas mais elevadas em investimentos de renda fixa.

Esse tipo de depósito pode ser realizado no valor de até R$40 milhões por instituição ou conglomerado financeiro. A quantia será resgatada com juros no vencimento do título, que varia entre 6 e 36 meses.

Neste conteúdo, apresentamos como tal produto funciona e indicamos quais são as principais vantagens e riscos para o investidor. Continue a leitura!

Sumário

O que é DPGE?

O DPGE é um produto de renda fixa com proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) em até 40 milhões. Seu propósito é incentivar a captação de recursos por bancos pequenos e médios. Após o depósito, a aplicação renderá juros, e o total acumulado é resgatável apenas no prazo de vencimento.

Essa modalidade auxilia as instituições financeiras a terem mais liquidez. Um banco pequeno, que ainda não conta com uma grande carteira de correntistas, pode receber depósitos em valores elevados para suas operações de crédito, por exemplo.

Qual o valor do DPGE?

O valor do DPGE é de, no mínimo, R$ 250 mil e, no máximo, R$ 40 milhões caso você deseje contar com a proteção do FGC. A quantia é considerada por instituição ou conglomerado financeiro.

Ao investir, o cálculo deve sempre projetar os juros recebidos. Isso porque, a proteção se refere ao montante (juros e aplicação), deixando descobertos os valores que ultrapassam o teto.

Como funciona o DPGE?

O DPGE é realizado por meio de uma conta no nome do titular dos recursos que transfere recursos para uma instituição financeira. Nesse momento, ocorre a emissão de um título que dá direito ao recebimento dos valores com juros no vencimento. Sua rentabilidade, no entanto, possui algumas variações, assim como as tributações que incidem sobre a aplicação.

Conheça melhor abaixo algumas das principais características dessa modalidade de investimento!

Rentabilidade

O DPGE pertence à classe da renda fixa. Por isso, o investidor tem uma rentabilidade assegurada no momento da contratação, mas nem sempre sob a mesma previsibilidade. Ela varia em três maneiras: prefixada, pós-fixada e híbrida.

Prefixada

O título prefixado oferece uma remuneração constante ao longo do tempo. Ela é definida e conhecida pelos responsáveis pelo investimento anteriormente à aplicação.

Pós-fixada

Na rentabilidade pós-fixada, o critério para apurar os ganhos é um indicador de mercado. Por exemplo, um título pode oferecer um percentual sobre o CDI, taxa Selic, IPCA, entre outros índices. Esse formato retira previsibilidade da aplicação, mas pode culminar em maiores rendimentos.

Híbrida

Como sugere o nome, a aplicação híbrida ocorre com títulos que combinam critérios pré e pós-fixados. Nesse caso, uma parcela do investimento segue uma remuneração fixa conhecida previamente, enquanto outra seguirá um índice variável.

Liquidez

A liquidez do DPGE é baixa. Uma vez que os recursos estejam depositados, o resgate acontece apenas na data de vencimento do título. O prazo varia de 6 a 36 meses.

Taxas, custos e tributação

O DPGE não exige o pagamento das taxas de administração. No entanto, o investidor precisa contribuir com o imposto de renda sobre a rentabilidade, utilizando a tabela regressiva.

Imposto de renda agressivo do DPGE:

  • acima de 720 dias: é aplicada uma alíquota de 15%;
  • entre 361 a 720 dias: é aplicada uma alíquota de 17,50%;
  • entre 181 e 360 dias: é aplicada uma alíquota de 20%;
  • até 180 dias: é aplicada uma alíquota de 22,50%.

Quem emite o DPGE?

O DPGE é emitido por instituições financeiras de pequeno e médio porte, de forma que o principal objetivo é dar liquidez para que esses bancos consigam disponibilizar linhas de crédito para seus clientes.

Emissores do DPGE:

  • Bancos comerciais;
  • Bancos múltiplos;
  • Bancos de desenvolvimento;
  • Bancos de investimento;
  • Sociedades de crédito, financiamento e investimento;
  • Caixas econômicas.

Cada instituição financeira pode captar até R$2 bilhões com o instrumento. Ao mesmo tempo em que remunera os investidores, a instituição financeira oferecerá empréstimos e financiamentos cobrando taxas de juros. Então, podem haver diferentes ofertas e condições no mercado.

Qual a garantia do DPGE?

O diferencial do DPGE é a proteção do FGC em até R$ 40 milhões por instituição financeira que recebeu o aporte de determinado CPF ou CNPJ. Sendo assim, caso o título não seja pago, existe a possibilidade de restituir o montante dentro desse teto.

Essa garantia é substancialmente maior do que a ofertada com frequência na área da renda fixa, que possui o teto de R$ 250 mil, dentro dos mesmos critérios supracitados.

No entanto, a proteção não dispensa a importância de ser prudente e buscar informações confiáveis antes de investir, visto que esse mecanismo é como um seguro, que conseguirá suportar até certo limite de inadimplência no mercado. Nesse sentido, uma “pane geral” poderia comprometer recursos de muitos investidores.

Além disso, o prazo para pagamento é de três dias úteis após a decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial da instituição, que é realizada pelo Banco Central. Ademais, o limite pode ser estendido se houver dificuldades em obter informações ou dados incorretos nas medidas adotadas pelo Bacen.

Quais são as vantagens do DPGE?

O DPGE pode ser uma alternativa para diferentes perfis de investidor, uma vez que — além da cobertura especial do FGC — oferece benefícios fundamentais em comparação com outras aplicações de renda fixa. Confira abaixo quais são!

Rentabilidade acima da média

Uma característica desse tipo de depósito é contar com condições diferenciadas nas propostas realizadas pelas instituições financeiras. Dessa forma, as taxas de juros oferecidas costumam torná-lo uma aplicação mais vantajosa em relação a outros produtos de renda fixa.

Tributação potencialmente vantajosa

A tributação do DPGE segue a tabela regressiva, permitindo estratégias para reduzir os impostos com aplicações mais longas. Ademais, não existe a cobrança de IOF, considerando que o menor vencimento possível é de 6 meses e a cobrança incide sobre ativos com resgate abaixo de 30 dias.

Quais são os riscos do DPGE?

O investidor precisa ficar atento aos pontos em que outros ativos de renda fixa podem ser mais adequados aos seus objetivos.

Exigir um aporte elevado

O aporte mínimo do DPGE está em R$250 mil reais. Para valores menores, o investidor pode procurar alternativas como LCIs e LCAs.

Recursos paralisados

A ausência de resgate antecipado pode fazer o investidor perder outras oportunidades ou não ter os recursos em emergências. Logo, é importante realizar um planejamento adequado e considerar a diversificação com ativos de maior liquidez.

Como investir em um DPGE?

Ao buscar um DPGE em uma corretora de valores, é fundamental tomar cuidados para saber se o título é o mais indicado para seus objetivos. Nesse sentido, cabe pesar aspectos como liquidez, rentabilidade, perfil e meta do investidor.

Conheça abaixo alguns pontos a se considerar!

Diversificação de investimentos

Os recursos destinados ao DPGE ficam paralisados até o momento do resgate. Sendo assim, o ideal é que esse investimento seja balanceado com ativos de mais liquidez, como ações e títulos públicos.

Na montagem de um portfólio de investimentos diversificado, também é fundamental compor com ativos cujos fatores de risco tem baixa correlação.

Quem investe em um DPGE, ações, títulos públicos e em um fundo imobiliário, por exemplo, dificilmente teria a carteira comprometida na totalidade. Afinal, setores distintos precisariam viver um mau desempenho simultaneamente.

Planeje o período de indisponibilidade dos recursos

O planejamento financeiro é um complemento importante para essa aplicação. Uma vez que o resgate imediato não é uma possibilidade, é primordial investir uma quantia que não seja necessária até a data de vencimento a fim de evitar dramas emergenciais e contar com uma reserva para cenários de imprevisibilidade.

Calcule os juros dentro da proteção do FGC

A projeção dos ganhos com o DPGE deve considerar os juros da aplicação dentro do limite de R$ 40 milhões de reais cobertos pelo FGC. Por exemplo, se ao final, houver R$45 milhões, o excedente não estaria coberto por tal fundo. O investidor pode optar por esse risco, mas é importante fazer com consciência e planejamento.

Procure informações confiáveis antes de investir

Um dos pontos mais importantes para o sucesso na escolha dessa modalidade de aplicação é contar com informações confiáveis. Há diversas questões ligadas à análise de crédito e ao plano de investimentos em que o conhecimento é essencial para não correr riscos desnecessários.

Ter o apoio de especialistas é muito importante porque muitas questões são difíceis de analisar para o investidor comum. A análise de crédito do DPGE é um bom exemplo de aspecto que pode ser difícil de compreender para quem não conhece a área com certa profundidade.

A Nord Research atua com análise, recomendações e conteúdos educacionais para que o mercado financeiro se torne mais acessível. Assim, você encontra a estratégia ideal para os seus objetivos.

A assessoria de investimentos proporciona o apoio necessário para montar a sua estratégia e diversificar a carteira com produtos de renda fixa, como LCI, LCA e DPGE. Logo, pode buscar mais rentabilidade com essa classe de produtos que oferece ganhos previsíveis.

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Resumindo

Como funciona o DPGE?

O DPGE funciona de forma semelhante a um empréstimo concedido por um investidor ou grupo de investidores a uma instituição financeira a partir do valor de R$ 250 mil. Esse mecanismo permite que pequenas e médias instituições financeiras consigam oferecer linhas de crédito para captação de clientes. No vencimento da aplicação, o responsável pelo aporte recebe a quantia acrescida de juros.

Quem investe em DPGE?

Apesar de ser um produto de renda fixa, a rentabilidade mais atrativa do DPGE, atrelada aos riscos mais baixos dessa modalidade de investimento, torna essa aplicação visada por diferentes perfis de investidores. Além dos conservadores, os moderados e arrojados podem utilizá-la como instrumento de diversificação de portfólio que não tira lucratividade da carteira.

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