Dólar abaixo de R$ 6: hora de diversificar, mas cuidado com as big techs
Aproveite o momento e proteja seus investimentos com inteligência
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Estamos na primeira semana de governo de Donald Trump nos Estados Unidos e podemos observar várias mudanças na precificação dos ativos. Nos últimos meses, houve intensa especulação acerca das possíveis primeiras medidas assinadas pelo republicano, que ditaram tendências.
No entanto, os movimentos mais lucrativos muitas vezes surgem de apostas que contrariam o consenso estabelecido. Nicolai Tangen, chefe do fundo soberano de US$ 1,8 trilhão na Noruega, disse: “A melhor coisa a fazer é sempre fazer o oposto de todos os outros”.
Esse pensamento é contrário à tendência natural do mercado de se concentrar em narrativas amplamente aceitas.
Big Techs em 2025: ainda há oportunidade?
Atualmente, o mercado global está claramente saturado com apostas em “Big Techs” americanas, na resiliência do dólar como moeda forte e nas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos que vão prejudicar países emergentes.
No entanto, ao observarmos os desdobramentos recentes, há sinais de que essas teses estão sob pressão.
O noticiário recente foi marcado por um pessimismo generalizado no Brasil e algumas formas de envio de dinheiro para fora.
A valorização acentuada do real contra o dólar, por exemplo, ilustra como o mercado pode se tornar tecnicamente pesado — ou seja, um movimento de reversão ocorre quando muitos participantes estão posicionados na mesma direção. Quando temos um pequeno sinal de melhora, o ativo já valoriza de forma rápida.
Na quarta-feira, 22, o real registrou o melhor desempenho global frente ao dólar. A cotação do dólar comercial caiu de R$ 6,06 para R$ 5,93.
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Os desafios internos que o Brasil enfrenta, como risco fiscal e eleições próximas, demandam de fato uma visão cautelosa com nossos ativos. Contudo, a posição negativa já é tão grande e de consenso que o que se vê agora é um mercado pesado, que ao menor sinal de notícia boa, já melhora bastante.
Investir internacionalmente e diversificar a alocação geográfica é de grande relevância, porém, aguardar o momento oportuno para iniciar esse movimento pode resultar em uma economia significativa, especialmente em cenários de pânico generalizado, quando as cotações se afastam substancialmente do valor justo do ativo.
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Qual o preço justo do dólar hoje?
Economistas indicam que seus modelos estáticos apontam para um valor justo do real em torno de R$ 5,50. Além disso, a balança comercial brasileira permanece robusta e o diferencial de juros segue elevado. Portanto, é fundamental agir com cautela e evitar compras “a qualquer preço”, sem uma estratégia clara, mesmo com o objetivo de proteção.
Com a movimentação de ontem e a cotação do dólar recuando para abaixo de R$ 6, este se apresenta como um bom momento para comprar dólares, especialmente para aqueles que ainda não diversificaram seus investimentos.
Big Techs ou China? A escolha que poucos estão fazendo
Segundo Nicolai Tangen, se você fosse fazer o contrário de todo mundo agora, seria “vender as ações de tecnologia dos EUA, comprar a China, vender crédito privado e apenas comprar coisas que estão fora de moda.”
Pois fique sabendo que isso faz todo o sentido para mim!
O cenário das tarifas comerciais, amplamente precificado, ainda é marcado por incertezas. Vale lembrar que, até o momento, Donald Trump anunciou tarifas de apenas 10% sobre os produtos chineses, enquanto nas promessas de campanha se falava em 60%.
A Bolsa da China está nos menores patamares de valuation da história, refletindo um ceticismo enorme sobre a capacidade da economia de se reerguer de uma crise imobiliária e procurar uma nova fonte de crescimento.
Ademais, tanto os Estados Unidos quanto diversos outros países já enfrentaram bolhas imobiliárias, sem que isso tenha esgotado seus respectivos modelos de crescimento. Não há, atualmente, nenhuma economia próxima de se consolidar como o parque industrial do mundo, com altos investimentos em tecnologia e logística.
Mesmo a Índia, com sua força de trabalho abundante e barata, precisaria de décadas de investimentos para tomar o lugar da China nas exportações.
Sem entrar no mérito social, o próprio planejamento centralizado chinês ganha agilidade frente à democracia oscilante para lidar com crises internas. Um governo que planeja décadas à frente tende a organizar melhor seus recursos do que um que pensa em quatro ou cinco anos para a reeleição.
Contudo, o pessimismo gera um ambiente de oportunidade para investidores que acreditam em uma recuperação de longo prazo e estão dispostos a assumir riscos em um mercado tão descontado.
O mercado age em efeito de manada, onde operações que performaram bem no passado tendem a atrair investimentos, enquanto narrativas pessimistas afastam investidores, deixando bons ativos a preços super baratos. Essa dinâmica reforça a importância de olhar além do consenso e identificar oportunidades em cenários negligenciados.
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A China está enfrentando uma situação econômica bem delicada, mas será que isso justifica uma bolsa negociando a 9,76 P/E?
Os EUA mostram resiliência e crescimento, mas será que isso justifica uma bolsa a 27,78 P/E?
Esse é o tema do momento.
Os maiores retornos estão fora do consenso
O princípio fundamental é que os grandes retornos surgem onde o mercado é mais cético ou negligente. Enquanto muitos correm para se posicionar nas tendências mais populares, o investidor experiente busca oportunidades em ativos subvalorizados ou em cenários não precificados.
Neste momento, o aparente “peso” do mercado nas apostas convencionais pode ser um chamado para reavaliar estratégias e considerar movimentos contrários — exatamente onde o grande dinheiro está se posicionando.
Não basta ser apenas “do contra”, é preciso também analisar os fundamentos e verificar se há uma oportunidade real de valorização do ativo.
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