Taxa selic hoje é de 10,5%, determina o Banco Central
Em decisão unânime na quarta-feira, 19, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic inalterada em 10,5%.
Como discutido anteriormente, a decisão do Copom na última reunião foi de uma queda de 0,25% com dissidência, onde os membros indicados pelo novo governo votaram por uma redução de 0,50%.
Como eu já disse, acredito que seria possível uma queda maior e isso não seria sinalização nenhuma do novo time.
Reação ao Copom unânime
Contudo, o mercado reagiu negativamente, entendendo a mudança como parte de uma suposta conspiração contra o Brasil, sobretudo após a mudança das metas fiscais para um patamar menos rigoroso.
A decisão do Copom, somada à alteração das metas fiscais, criou um clima de desconfiança no mercado. Os investidores estavam receosos de que a inflação escapasse do controle, o que resultou em uma aversão aos títulos prefixados e uma fuga de capital para investimentos estrangeiros, o que afetou negativamente o câmbio e os juros. Este cenário deteriorou a confiança no controle fiscal do governo, aumentando a percepção de risco.
O compromisso com o controle inflacionário
Em reforço ao compromisso com a estabilidade econômica, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic estável. Esta decisão visa sinalizar ao mercado que a equipe do Banco Central está determinada a controlar a inflação.
A manutenção da taxa em 10,5% é um claro recado de comprometimento com a estabilidade dos preços, priorizando o controle inflacionário.
O comunicado do Copom destaca um cenário externo desafiador e uma atividade econômica doméstica mais dinâmica do que o esperado. A persistência de um mercado de trabalho aquecido e uma atividade econômica robusta, mesmo com juros altos, levanta dúvidas quanto à eficiência dos mecanismos de transmissão da política monetária.
Será que os juros atuais não estariam sendo eficazes? Ou será que a política fiscal expansionista está jogando contra a política monetária, dando estímulos demais? Isso pode exigir uma taxa de juros mais elevada para desacelerar a economia e controlar a inflação.
De acordo com o relatório Focus, as expectativas de inflação para 2024 e 2025 indicam um aumento para 3,4%, refletindo o pessimismo do mercado quanto à capacidade do Banco Central de atingir a meta inflacionária de 3%.
O Copom, por sua vez, ressaltou que manterá a Selic estável por tempo suficiente para garantir a convergência da inflação à meta, destacando a necessidade de uma política monetária cautelosa e vigilante.
A autarquia destacou a importância de se observar o cenário externo, mas, nesta parte, fico um pouco mais otimista, uma vez que os últimos dois dados mostram sinais de desaceleração da inflação nos Estados Unidos.
No cenário doméstico, a melhora da situação fiscal é crucial para estabilizar o câmbio e as expectativas de inflação. O governo precisa demonstrar um compromisso firme com o corte de gastos como forma de complementar os esforços do Banco Central.
Selic hoje é de 10,50%: como ficam os investimentos
Diante do atual cenário, a recomendação é ser assertivo na escolha dos investimentos.
A manutenção da Selic em 10,5% pelo Copom reflete um compromisso com a estabilidade econômica e com o controle da inflação. Mas o cenário atual requer cautela e vigilância do Banco Central, devido à ação duvidosa do governo.
Para que os investidores possam surfar neste cenário, a escolha adequada de títulos e a paciência nas ações são fundamentais.
Os títulos indexados à inflação, como o IPCA+, são uma boa opção, pois protegem o poder de compra em cenários de alta inflação e podem ganhar com a marcação a mercado se as taxas voltarem a cair.
Os investimentos internacionais também são recomendados, especialmente em juros americanos e ações americanas que ainda não tiveram uma grande valorização. Esta estratégia pode oferecer uma proteção adicional contra a volatilidade do mercado brasileiro.
Acompanharemos de perto as próximas decisões e atualizações econômicas para ajustar as nossas estratégias de investimento conforme necessário.
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Já para os investidores interessados em ações no Brasil, a bolsa brasileira apresenta muitas oportunidades devido à baixa valorização atual. Contudo, é necessário ter paciência para aguardar a recuperação do mercado, que poderá levar mais alguns meses, caso as taxas de juros permaneçam elevadas.
Acompanharemos de perto as próximas decisões e atualizações econômicas para ajustar as nossas estratégias de investimento conforme necessário.