Datas das reuniões do Copom em 2024

Taxa Selic vai para 11,25% na semana que vem. Saiba como a decisão afeta o cenário de investimentos nos próximos meses

Marilia Fontes 25/01/2024 07:15 3 min
Datas das reuniões do Copom em 2024

Na próxima semana, acontecerá a reunião do Copom. Será a primeira de oito reuniões de 2024. Veja abaixo as datas:

Datas das reuniões do Copom em 2024

  • 30 e 31 de janeiro 
  • 19 e 20 de março
  • 7 e 8 de maio
  • 18 e 19 de junho
  • 30 e 31 de julho
  • 17 e 18 de setembro
  • 5 e 6 de novembro
  • 10 e 11 de dezembro

Por que a reunião do Copom é tão importante?

O primeiro dia do Copom é para que os diretores recebam amplas informações a respeito do cenário econômico para que, embasados, possam tomar a melhor decisão.

No segundo dia, temos as discussões e, por fim, a votação. Após a votação, por volta das 18h30, a nova taxa é divulgada junto ao breve comunicado explicando a decisão. 

Projeção para a Selic em 2024

O mercado espera que a taxa Selic chegue a 9,40% até o final deste ano. Para isso, em algum momento do segundo semestre, o Banco Central teria que reduzir o passo de 50 bps de queda para 25 bps

Expectativa de mercado para os juros.
 Fonte: Bloomberg

Para se ter uma ideia, caso o Copom mantenha o passo em 50 bps até o final do ano, teríamos uma Selic final de 7,75%

Os economistas esperam que a Selic caia até 9% segundo o relatório Focus, portanto também teria que haver uma desaceleração do passo em algum momento do ano. 

Mediana de mercado para o PIB, Selic, câmbio e IPCA.
 Fonte: Relatório Focus

Na próxima semana, temos que procurar no comunicado indícios sobre os próximos passos do Banco Central (BC). 

No último Comitê, o BC escreveu “em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões.”

É importante notar que “nas próximas” estava no plural, o que indica pelo menos nas próximas duas reuniões. 

Se o BC mantiver a linguagem do parágrafo acima, teremos o indício de que ele pretende seguir a queda de 50 bps, pelo menos nas reuniões de março e maio, levando a Selic para 10,75% e depois 10,25%

A partir da reunião de junho é que o bicho vai pegar.

Cenário para investimentos

Se os dados de inflação seguirem mostrando um processo desinflacionário consistente, poderíamos ver o mercado sendo surpreendido positivamente com novas expectativas de queda da Selic para patamares mais baixos. 

Isso pode impulsionar não apenas os títulos prefixados (ou IPCA+), como também daria maior força para ativos de risco como bolsa e FIIs. 

Além disso, retornos mais baixos para a renda fixa fazem com que o investidor se sinta mais tentado a tomar risco, mudando o perfil da sua carteira em busca de um retorno maior. Essa rotação em grande escala provoca valorização nos preços. 

É claro que o investidor que mais demorar para perceber que a renda fixa não vai mais dar grandes retornos acabará entrando em ações ou FIIs “atrasado”, a preços bem mais altos e com margem de segurança menor. 

Eu sempre gosto de reforçar que o dinheiro grande está na mesa apenas para quem tem paciência de entrar antes e esperar depois pela manada. 

O gatilho para uma nova rodada de melhora pode vir exatamente da surpresa do mercado em relação à possibilidade de novas quedas de juros. 

Por isso, vamos acompanhar de perto a reunião do Copom.

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