Datas das reuniões do Copom em 2024
Na próxima semana, acontecerá a reunião do Copom. Será a primeira de oito reuniões de 2024. Veja abaixo as datas:
Datas das reuniões do Copom em 2024
- 30 e 31 de janeiro
- 19 e 20 de março
- 7 e 8 de maio
- 18 e 19 de junho
- 30 e 31 de julho
- 17 e 18 de setembro
- 5 e 6 de novembro
- 10 e 11 de dezembro
Por que a reunião do Copom é tão importante?
O primeiro dia do Copom é para que os diretores recebam amplas informações a respeito do cenário econômico para que, embasados, possam tomar a melhor decisão.
No segundo dia, temos as discussões e, por fim, a votação. Após a votação, por volta das 18h30, a nova taxa é divulgada junto ao breve comunicado explicando a decisão.
Projeção para a Selic em 2024
O mercado espera que a taxa Selic chegue a 9,40% até o final deste ano. Para isso, em algum momento do segundo semestre, o Banco Central teria que reduzir o passo de 50 bps de queda para 25 bps.
Para se ter uma ideia, caso o Copom mantenha o passo em 50 bps até o final do ano, teríamos uma Selic final de 7,75%.
Os economistas esperam que a Selic caia até 9% segundo o relatório Focus, portanto também teria que haver uma desaceleração do passo em algum momento do ano.
Na próxima semana, temos que procurar no comunicado indícios sobre os próximos passos do Banco Central (BC).
No último Comitê, o BC escreveu “em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões.”
É importante notar que “nas próximas” estava no plural, o que indica pelo menos nas próximas duas reuniões.
Se o BC mantiver a linguagem do parágrafo acima, teremos o indício de que ele pretende seguir a queda de 50 bps, pelo menos nas reuniões de março e maio, levando a Selic para 10,75% e depois 10,25%.
A partir da reunião de junho é que o bicho vai pegar.
Cenário para investimentos
Se os dados de inflação seguirem mostrando um processo desinflacionário consistente, poderíamos ver o mercado sendo surpreendido positivamente com novas expectativas de queda da Selic para patamares mais baixos.
Isso pode impulsionar não apenas os títulos prefixados (ou IPCA+), como também daria maior força para ativos de risco como bolsa e FIIs.
Além disso, retornos mais baixos para a renda fixa fazem com que o investidor se sinta mais tentado a tomar risco, mudando o perfil da sua carteira em busca de um retorno maior. Essa rotação em grande escala provoca valorização nos preços.
É claro que o investidor que mais demorar para perceber que a renda fixa não vai mais dar grandes retornos acabará entrando em ações ou FIIs “atrasado”, a preços bem mais altos e com margem de segurança menor.
Eu sempre gosto de reforçar que o dinheiro grande está na mesa apenas para quem tem paciência de entrar antes e esperar depois pela manada.
O gatilho para uma nova rodada de melhora pode vir exatamente da surpresa do mercado em relação à possibilidade de novas quedas de juros.
Por isso, vamos acompanhar de perto a reunião do Copom.