Aproveite os extras de fim de ano e veja como sair das dívidas

Descubra como usar o 13º salário e a PLR para sair das dívidas. Confira dicas práticas para organizar suas finanças e começar 2025 no azul

Nord Research 27/11/2024 16:59 7 min
Aproveite os extras de fim de ano e veja como sair das dívidas

O fim de ano pode ser uma oportunidade valiosa para quem deseja organizar as finanças e sair das dívidas. Com o 13º salário e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), muitas pessoas têm acesso a uma renda extra que pode ajudar a quitar pendências financeiras.

Neste conteúdo, você encontrará dicas práticas para usar esse dinheiro com sabedoria e conquistar a tão sonhada estabilidade financeira.

O que é o 13º salário e como ele pode ajudar a pagar dívidas

O 13º salário, também chamado de gratificação natalina, é um benefício anual pago a trabalhadores com carteira assinada, aposentados, pensionistas e servidores públicos.

Ele é dividido em duas parcelas, sendo a última paga até 20 de dezembro.

Pagar dívidas com o 13º é estratégico, pois reduz o impacto dos juros ao longo do tempo. Caso não seja possível quitar tudo à vista, considere negociar um parcelamento com condições mais favoráveis.

Como a PLR pode ser usada para sair das dívidas

A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) é um benefício oferecido por algumas empresas aos seus colaboradores, dependendo dos resultados financeiros alcançados no ano.

Apesar de não ser obrigatória, é uma excelente oportunidade para quem deseja complementar a renda e direcionar o valor para quitar dívidas.

Como sair das dívidas? Confira esse passo a passo

Quitar pendências financeiras requer organização, foco e ações estratégicas. Elaboramos este passo a passo para você entender por onde começar e como manter um planejamento eficaz até alcançar a estabilidade financeira.

1. Registre todos os gastos e receitas

O primeiro passo é conhecer a fundo sua situação financeira. Anote todas as suas despesas: fixas (como aluguel e contas de água, luz e internet) e variáveis (como lazer, alimentação fora de casa e compras).

Não se esqueça de incluir fontes de receita, como salário, renda extra ou pensões. Use planilhas, cadernos ou aplicativos de controle financeiro para facilitar essa tarefa.

2. Faça um diagnóstico financeiro completo

Com todos os dados anotados, analise sua situação financeira. Você gasta mais do que ganha? Quais são os gastos que mais pesam no orçamento? Essa análise ajudará a identificar os gargalos, como compras por impulso, assinaturas desnecessárias ou taxas bancárias que podem ser reduzidas ou eliminadas.

3. Classifique suas dívidas por prioridade

Liste todas as dívidas pendentes, incluindo o valor total, a taxa de juros, os prazos de pagamento e a gravidade do impacto em caso de não pagamento. Priorize:

  • dívidas com juros altos, como cartão de crédito e cheque especial;
  • contas essenciais, como aluguel, luz e água;
  • financiamentos, como os de imóveis ou veículos, para evitar a perda de bens.

4. Elimine gastos desnecessários e corte excessos

Identifique despesas supérfluas e faça cortes para liberar mais dinheiro para o pagamento das dívidas. Exemplos:

  • cancelar assinaturas de serviços que você não usa regularmente;
  • reduzir os gastos com aplicativos de transporte ou delivery de comida;
  • optar por atividades gratuitas ou mais baratas para lazer, como passeios ao ar livre.

5. Renegocie suas dívidas com os credores

Entre em contato com bancos e empresas para renegociar prazos ou valores. Explique sua situação financeira e busque um acordo que seja viável para o seu orçamento. Muitas vezes, é possível conseguir descontos para pagamentos à vista ou condições especiais de parcelamento.

Por que pagar dívidas de cartão de crédito primeiro?

O cartão de crédito possui uma das maiores taxas de juros do mercado, o que pode transformar dívidas pequenas em grandes problemas. Priorizar o pagamento integral ou a renegociação do saldo devedor é fundamental para evitar o efeito "bola de neve".

Dicas:

  • antecipe parcelas, se possível, e negocie descontos com a administradora;
  • evite usar o cartão enquanto as dívidas não forem quitadas;
  • avalie trocar a dívida do cartão por um empréstimo com juros menores.

Como criar um planejamento para evitar novas dívidas

Além de quitar dívidas, é essencial planejar suas finanças para não cair em novos endividamentos. Aqui estão algumas dicas para construir um futuro financeiro mais sólido:

Monte uma reserva de emergência

A reserva de emergência é a base de uma vida financeira equilibrada. Ela deve ser suficiente para cobrir de 3 a 6 meses das suas despesas fixas e serve para situações imprevistas, como conserto do carro, demissões ou emergências médicas. Comece reservando um valor mensal, por menor que seja, até alcançar o montante ideal.

Adote o hábito de registrar todas as suas movimentações financeiras

Para manter as finanças organizadas, registre todos os seus ganhos e despesas. Use ferramentas como aplicativos de controle financeiro ou planilhas, e revise esses registros mensalmente. Isso ajudará a identificar onde você está gastando demais e onde pode economizar.

Estabeleça prioridades financeiras claras

Defina quais são seus objetivos financeiros no curto, médio e longo prazo. Por exemplo:

  • curto prazo: quitar uma dívida ou juntar dinheiro para uma viagem;
  • médio prazo: comprar um veículo ou investir em um curso;
  • longo prazo: comprar uma casa ou acumular patrimônio para a aposentadoria.

Essas prioridades ajudarão a orientar como você gasta e economiza seu dinheiro.

Evite compras por impulso

Antes de fazer qualquer compra, pergunte a si mesmo: “Eu realmente preciso disso agora?”. Outra técnica eficaz é o método das 24 horas, no qual você espera um dia antes de decidir fazer uma compra. Isso evita decisões impulsivas e ajuda a manter o orçamento sob controle.

Diga “não” ao crédito fácil

Evite recorrer a linhas de crédito como cartão de crédito e cheque especial, que possuem taxas de juros altíssimas. Sempre que possível, pague suas compras à vista e priorize o uso de dinheiro ou débito.

Pague suas contas em dia

Atrasar contas pode gerar multas, juros e o acúmulo de dívidas. Organize-se para pagar tudo dentro do prazo. Dica: cadastre suas contas em débito automático ou use lembretes no celular para não esquecer os vencimentos.

Eduque-se financeiramente

Busque conhecimento sobre finanças pessoais. Leia livros, participe de cursos gratuitos online ou acompanhe conteúdos de especialistas na área. Quanto mais você entender sobre o assunto, mais fácil será tomar decisões financeiras conscientes e evitar erros.

Reveja seu padrão de vida

Evite viver acima do que seu orçamento permite. Se necessário, ajuste o estilo de vida para algo mais compatível com sua renda atual. Isso pode incluir morar em um local mais acessível, usar transporte público ou optar por alternativas mais econômicas no dia a dia.

Defina um limite de gastos com lazer e supérfluos

Ter momentos de lazer é importante, mas eles não devem comprometer seu orçamento. Estabeleça um limite para gastos com saídas, viagens ou presentes, e respeite-o.

Revise seu planejamento regularmente

Sua vida financeira pode mudar, então revise seu planejamento a cada 6 meses ou sempre que houver alterações significativas, como aumento de salário, nova despesa fixa ou mudança de emprego. Isso ajuda a ajustar as metas e manter tudo sob controle.

Cultive o hábito de poupar

Além da reserva de emergência, crie o hábito de poupar regularmente. Defina um percentual da sua renda, como 10%, e faça disso um compromisso mensal. Você pode investir esse valor em aplicações seguras, como Tesouro Direto, para começar a construir um patrimônio no longo prazo.

Sair das dívidas ou construir uma reserva de emergência?

Se você está endividado, priorize o pagamento de dívidas com juros altos, como as de cartão de crédito. Porém, é importante começar a criar o hábito de poupar, mesmo que seja um valor pequeno. Após quitar as pendências, foque em montar sua reserva de emergência.

Dica extra: utilize recursos como o FGTS para amortizar dívidas de financiamentos imobiliários ou negocie taxas mais baixas com o banco para reduzir o impacto financeiro.

Lembre-se: mais importante do que sair das dívidas é criar hábitos financeiros sustentáveis para manter as contas em dia a longo prazo!

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