Como ficam os FIIs de papel depois do IPCA registrar a primeira deflação no ano?
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, caiu 0,08% em junho, enquanto o mercado esperava 0,10%. Essa foi a primeira deflação desde setembro de 2022.
Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 3,16% na janela de 12 meses. No ano, acumula alta de 2,87%.
E os FIIs com isso?
Muitos investidores devem se lembrar que no ano passado, neste mesmo período, o IPCA também apresentou variação negativa (-0,67%), impactando os rendimentos dos FIIs de papel mais expostos à inflação e, por sua vez, o valor de suas cotas, em função da correção monetária negativa.
Nesse sentido, esperamos um impacto transitório nas distribuições desses FIIs no decorrer dos meses de julho e agosto, especialmente nos FIIs de papel que seguem o regime de competência em suas distribuições, como é o caso dos fundos da Kinea (KNIP, KNSC e KNHY).
Os FIIs de papel IPCA+ vão desvalorizar?
É importante que o investidor tenha em mente que o impacto da deflação nessa classe de FIIs será pontual.
E, diferentemente do que vimos ano passado, quando esses FIIs negociavam com prêmios sobre o valor patrimonial quando houve a deflação, agora o segmento está negociando com descontos (P/VPA médio de 0,93x).
Assim, não é óbvia a desvalorização de suas cotas apenas pela redução transitória de seus rendimentos nos dois próximos meses.
Caso isso ocorra, podemos ter uma boa janela de investimento em bons FIIs de papel atrelados à inflação para quem gosta da proposta desses veículos e possui um horizonte de investimento mais de longo prazo.
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