Com inflação global em alta, compre Bolsa Brasil
Olá, investidores.
Aqui é a Danielle Lopes, analista responsável pelo Nord Ações, e quero trazer para você uma visão atualizada sobre o primeiro semestre de 2022.
O primeiro ponto é que é impressionante lembrar que, em 2020, estávamos em um juro de 2 por cento (saudades!).
De lá para cá, o que mudou?
Pandemia, novas ondas de variantes, guerra entre Rússia e Ucrânia. E muito mais.
Ao longo dos últimos dois anos, atravessamos altos estímulos na economia com a impressão de moeda, estímulos para o consumo e a tomada de crédito dos juros baixos. Resultado? Inflação.
Hoje, com a guerra em curso, o mundo parou para notar a importância das relações comerciais com Rússia e Ucrânia quando diz respeito à exportação de trigo, milho, soja e demais grãos.
Com os conflitos, temos o chamado “choque de oferta'', um nome bonito para nos dizer que o mundo precisa das commodities para produção e que, com a guerra, isso vai faltar. A falta de insumos e o aumento da necessidade por eles gera mais inflação (aumento de preços).
E, desta vez, vivenciamos uma inflação global.
Com a inflação alta e os custos em toda a cadeia subindo, os bancos centrais aceleram a subida de juros.
Ainda não há um consenso de “até onde os juros vão”. Acompanhando a Marilia, vemos que o Federal Reserve (Fed) quer intensificar o ritmo e já se fala em juros de pelo menos 5 por cento (e ainda não seria suficiente).
Mas a boa notícia é que dá para ganhar dinheiro com isso!
O mais novo ciclo de bolsa Brasil
É impossível saber para onde a Bolsa vai, mas com certeza ela não respeita a narrativa dos que tentam te vender o medo. E o que ninguém te fala é: Inflação global é ótima para a Bolsa brasileira.
Sendo mais claro: a inflação global que estamos vivenciando hoje é ótima para a Bolsa brasileira.
“Dani, você enlouqueceu?” Calma. Antes de fechar esta news, você há de concordar comigo.
Você deve ter ouvido recentemente a mídia gritando para você vender Bolsa porque a taxa básica de juros (Selic) subiu e os Estados Unidos vão subir mais os juros lá fora. Com isso, a Bolsa vai sofrer cada vez mais.
Não é bem assim.
Na imagem a seguir, observe o comportamento dos juros americanos (Fed Funds) e o Ibovespa em dólares nos últimos 30 anos.
O IBOV (linha branca) e juros americanos (linha amarela) acompanham ciclos.
Juros sobem, IBOV sobe.
Dos ciclos mais recentes, de 2004 a 2007, o Banco Central americano (Fed) subiu os juros de 1 por cento para 5,25 por cento, uma alta agressiva para os americanos.
Nesse mesmo período, o IBOV subiu +44 por cento.
E o mesmo vale para as quedas. De 2007 a 2015, os juros americanos foram de 5,25 por cento para 0,5 por cento, e o IBOV acumulou queda de -20 por cento.
Na retomada dos juros altos, de 0,5 por cento para 2,5 por cento, o IBOV subiu +60 por cento. Na reversão de juros de 2,5 por cento para 0,25 por cento, o IBOV caiu -20 por cento.
E o mais impressionante é que nesses últimos 30 anos passamos por crises, guerras, pandemias, Selic em alta e Selic em baixa, superciclo de commodities, queda do ciclo de commodities…
E ainda assim a nossa Bolsa acompanhou os juros americanos.
“Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade.” Ayn Rand
A inflação global de hoje não é a mesma do passado.
Essa inflação atual é puxada pela forte alta de commodities, e o Brasil (berço de commodities) se beneficia MUITO com tudo isso.
O Brasil é o maior exportador de commodities e o gráfico abaixo mostra exatamente como elas influenciam a nossa economia interna (PIB).
Commodities para cima, mais dinheiro no país, mais investimentos, economia aquecida.
O resultado do ciclo é inevitável e, após a forte queda do índice de commodities pela crise de 2008, voltamos a subir em consequência dos conflitos mundiais recentes.
Diante desses fatores, estamos diante de uma das melhores oportunidades para comprar Bolsa.
Com SELIC alta, é hora de comprar Bolsa?
Recapitulando até aqui. Juros subindo para conter a inflação global (puxada pelas commodities) beneficiam nosso país (berço de commodities).
As altas das commodities beneficiam nosso índice Ibovespa (IBOV), que possui a maioria de sua composição em commodities e bancos.
Vemos, em quatros momentos abaixo (destacados em verde), que os picos de alta da Selic foram os melhores momentos para se comprar Bolsa.
Passados os maiores picos de alta da SELIC, a Bolsa galga fortes altas.
Temos uma vantagem enorme no cenário atual por termos começado a subir juros antes dos demais países.
Junto a isso, nos beneficiamos da alta de commodities e saímos de um real totalmente desvalorizado ao longo dos últimos dois anos (o gringo está vindo forte para cá).
Juros maiores (bom momento de compra de Bolsa) + alta de commodities (Bolsa subindo) + moeda valorizada frente aos pares.
Essa é a equação perfeita para surfar uma onda de crescimento.
Vale a pena comprar o índice Ibovespa (IBOV)?
Pelo histórico de resultados e crescimento, vemos muitas empresas boas (e muito baratas), como PetroRio (PRIO3).
PRIO surfa um ótimo crescimento explorando campos maduros de petróleo, beneficiando-se da alta das commodities e da excelente eficiência da companhia em reduzir custos e continuar crescendo.
Pelo excelente histórico de resultados (muito antes do Brent explodir), PRIO valorizou +30 por cento nos últimos 12 meses contra IBOV +4 por cento.
Existem muito mais opções de empresas fora do IBOV e que são melhores do que a cesta do índice, em nossa humilde opinião.
O índice Ibovespa surfa um crescimento com PRIO, mas achamos que uma seleção de carteiras em vez do índice é mais eficiente e rentável no longo prazo.
Selecionamos as melhores ações dentro de uma gama de possibilidades.
E, é claro, não selecionamos somente commodities. Temos uma carteira recheada de boas empresas a ótimos preços.
As melhores sempre envolverão as mais baratas, que crescem mais e que têm mais visibilidade de resultados — o que será essencial para o crescimento e valorização das ações no longo prazo.
No longo prazo, as cotações acompanham os resultados.
Perceba como o mercado de renda variável não é uma linha reta. O Ebitda de PRIO cresce de forma constante, mas seus preços oscilam muito mais.
Mas, no longo prazo, selecionar boas empresas para a sua carteira te fará ter ganhos vencedores.
Com os juros altos, compre Bolsa
Com os juros altos, é hora de comprar Bolsa.
Com os juros altos, é hora de ouvir o bom velhinho.
Seja ganancioso quando os outros forem medrosos.
É hora de dar esse primeiro passo na Bolsa. Junte-se a nós!