CDBs: como investir neste título de renda fixa?

Saiba o que são CDBs, como fucionam, quais são os tipos, quais as vantagens, desvantagens e riscos, e como investir nesses títulos privados.

Nord Research 06/09/2023 13:43 11 min
CDBs: como investir neste título de renda fixa?

Investir em CBDs pode ser uma oportunidade de diversificar sua carteira de investimentos tendo uma boa rentabilidade. Entenda as características desse título privado e como investir nele.

Os CDBs — ou Certificados de Depósito Bancário — são títulos privados de renda fixa indicados para todos os perfis de investidores dentro de estratégias de diversificação diferentes. Muito utilizados por quem é mais conservador, essa é uma boa oportunidade para quem deseja rentabilizar a carteira de investimentos com segurança.

Esse produto financeiro oferece certo nível de proteção e ainda conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Além disso, existem formas para saber como escolher o melhor CDB, considerando todas as características do papel.

Para ajudar àqueles que têm dúvidas sobre o tema, reunimos as principais informações acerca do Certificado de Depósito Bancário neste post. Assim, você conseguirá tomar a melhor decisão de investimento. Que tal saber mais?

Sumário

O que é CDB?

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são títulos privados emitidos por instituições financeiras para captar recursos. Eles são ativos de renda fixa e permitem que o investidor "empreste" dinheiro ao banco para a concessão de linhas de crédito, execução de projetos e quitação de dívidas. Em troca, recebe uma remuneração pré, pós-fixada ou híbrida.

Tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem adquirir um CDB. Esse é um investimento bastante tradicional no mercado e que conta com um bom número de investidores.

Junto a outros títulos privados (como Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio), esse produto financeiro é conhecido por 9% da população em geral. O dado é do Raio X do Investidor, levantamento de 2023 da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima).

Além disso, 4% dos brasileiros investem nessa modalidade. O percentual pode parecer baixo, mas gerou uma alta de dois pontos percentuais de 2021 a 2022.

Muito desse resultado é fruto do potencial de rentabilidade dos CDBs. Para se ter uma ideia, em 2022, a rentabilidade média desse título privado chegou a 10,35% ao ano, ficando acima de alguns ativos da bolsa de valores.

É claro que isso depende de uma conjuntura específica. Vários aspectos levaram a esse bom desempenho. Ainda assim, um Certificado de Depósito Bancário é uma alternativa válida para entender, na prática, a importância da diversificação de investimentos. Afinal, ele ajuda a ter uma boa remuneração geral do portfólio, enquanto diminui o risco corrido.

Como funciona o CDB?

O CDB funciona de forma similar a um empréstimo cedido a uma instituição financeira com a contrapartida de uma devolução acrescida de juros no prazo acordado. O retorno é definido pela taxa de rentabilidade previamente definida no momento da aquisição do título. Assim, você recebe o capital principal acrescido de juros em um prazo preestabelecido. Se fizer o resgate antes do tempo, ganha o proporcional.

A proteção do FGC a esses títulos cobre até R$ 250 mil por banco por CPF, tendo o limite máximo de R$ 1 milhão a cada 4 anos. Na prática, isso faz com que você possa acionar o Fundo Garantidor de Créditos, caso a instituição financeira emissora do ativo deixe de honrar seu compromisso.

É necessário ressaltar, no entanto, que cada título privado dessa categoria pode ter características diferentes, conforme a instituição financeira. Veja, de maneira geral, os principais detalhes para entender quanto você pode ganhar e ter que pagar ao investir nesse produto financeiro.

Valor mínimo de investimento no CDB

O capital inicial mínimo para um CDB depende da instituição financeira. Em alguns casos, é possível aplicar a partir de R$ 100. Já em outros, pode ser exigido uma quantia bem mais alta, de R$ 10 mil ou mais.

Isso traz certa acessibilidade ao título privado. De toda forma, vale a pena saber que, quanto mais alto for o capital inicial mínimo, maior tende a ser rentabilidade.

Carência e prazo do CDB

A carência do CDB, geralmente, é de 90 dias. No entanto, pode ser maior ou, até mesmo, nem existir. Esse prazo é definido pela comparação do vencimento do título e sua liquidez.

Por isso, você pode encontrar títulos com liquidez diária e sem carência, por exemplo. Nesse caso, poderá fazer o resgate a qualquer momento. Contudo, a rentabilidade tende a ser mais baixa.

Por sua vez, existem títulos com carências predefinidas. Se você escolher um deles, terá que esperar esse período terminar para fazer o resgate dos valores. Assim, esse prazo pode ser de 30, 90, 180 dias, 3 anos ou até o vencimento. Ou seja, isso varia conforme o papel e a definição da instituição financeira emissora.

No caso do vencimento, ou seja, o período no qual o título expira, o prazo tende a ser longo. De modo geral, ele dura entre 30 dias e 5 anos.

Tributação do CDB

A tributação do CDB é relativa ao Imposto de Renda (IR). A cobrança segue a tabela regressiva. Ou seja, quanto maior for o tempo de aplicação, menor é a alíquota incidente. Ela varia de 22,5% para 180 dias a 15% para mais de 720 dias.

De toda forma, saiba que você não precisa se preocupar com o pagamento. É feito o recolhimento diretamente na fonte no momento do resgate. Apenas é necessário indicar o investimento na declaração anual do IR.

Para resgates em período inferior a 30 dias, também há aplicação de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). As alíquotas são decrescentes e variam de 96% para 1 dia a 0% em 30 dias.

Ainda pode haver a incidência de taxa de custódia. Essa cobrança é feita pela corretora de valores, mas muitas já a isentam. Por isso, vale a pena pesquisar e procurar uma opção que ofereça o serviço gratuito.

Rentabilidade do CDB

A rentabilidade do CDB pode ser pré ou pós-fixada, ou híbrida. Adiante, vamos explicar melhor. O que você precisa saber é que ela tende a estar vinculada ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Essa é uma taxa calculada a partir das negociações entre os bancos e serve de referência para o pagamento de juros em diversos títulos privados. Normalmente, o CDI tem um resultado pouco abaixo da Selic, a taxa básica de juros da economia.

Assim, quando a Selic cai, a rentabilidade dos CDBs tende a sofrer uma queda e vice-versa. De qualquer modo, é interessante que você saiba por que recomendamos comprar títulos de crédito privado. Afinal, a conjuntura econômica pode estar favorável a esse cenário.

Saiba mais sobre a rentabilidade dos CDBs no vídeo a seguir. Assim, você verifica se aquele paga juro mensal vale a pena e se rende menor do que o CDB normal.

Quais são os tipos de CDBs?

CDB pós-fixado

O CDB pós-fixado é aquele cuja rentabilidade varia de acordo com algum indexador. Geralmente, é o CDI. Assim, você sabe que receberá o equivalente a essa taxa, mas não tem certeza do seu resultado.

Essa indefinição se dá em função da volatilidade, ou seja, os títulos sofrem oscilações diárias, conforme as negociações feitas entre os bancos. Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) define a Selic a cada 45 dias e isso interfere nas operações lastreadas pelo CDI.

Aqui, vale a pena ressaltar que há títulos que pagam o equivalente ao CDI (100% da taxa), mas alguns remuneram mais do que isso e outros menos. Por exemplo, um papel pode ter uma rentabilidade de 90% do CDI ou de 120% do CDI. O ideal é que seja o máximo possível.

CDB prefixado

O CDB prefixado se caracteriza por ter uma taxa fixa, que vale até a data de vencimento. Dessa forma, as oscilações do mercado não influenciam o resultado, porque já fica previamente combinado quanto você ganhará.

Essa é uma boa opção para períodos no qual a Selic está em alta, mas tende a cair, uma vez que garante juros mais elevados independentemente da queda do indicador, nesses casos. Por outro lado, a rentabilidade dos CDB prefixados tende a ser mais baixa do que nos pós-fixados por trazer uma segurança e uma previsibilidade maior quanto aos ganhos.

CDB híbrido

O CDB híbrido é aquele que combina os dois modelos anteriores: uma taxa fixa e outra variável. Ou seja, você ganha uma parcela dos retornos baseadas em um indexador e outra em relação a uma alíquota predeterminada.

Normalmente, o indicador utilizado costuma ser o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Por exemplo, IPCA + 3,5% ao ano. Isso garante um ganho real sobre o investimento, já que esse indicador mede a inflação oficial do Brasil e essa indexação assegura que os rendimentos serão superiores à desvalorização da moeda.

Quais são as vantagens, desvantagens e riscos do CDB?

As principais vantagens, desvantagens e riscos do CDB estão relacionados à liquidez, uma vez que um título sem possibilidade de resgate antecipado impede o investidor de sacar o dinheiro quando quiser, o que exige um bom planejamento financeiro.

Por outro lado, esse mesmo fator pode contribuir para uma rentabilidade um pouco maior, o que é positivo para quem aloca seu capital.

Entenda, melhor, as vantagens, desvantagens e riscos do CDB.

Vantagens do CDB

  1. Facilidade, porque só é exigida uma conta em corretora de valores;
  2. rentabilidade, já que alguns títulos pagam mais de 100% do CDI;
  3. segurança;
  4. diversificação de investimentos;
  5. possibilidade de liquidez alta;
  6. acessibilidade, pois é possível encontrar aplicações mínimas de R$ 100;
  7. possibilidade de encontrar títulos com prazos de vencimento curtos.

Desvantagens do CDB

  1. Tributação, já que há recolhimento de IR na fonte;
  2. possibilidade de ter a rentabilidade afetada pelas oscilações diárias em caso de saque antecipado;
  3. rentabilidade variável, conforme o banco emissor;
  4. possibilidade de pagar taxa de administração, dependendo da corretora de valores.

Riscos do CDB

O principal risco do CDB é o de crédito. Ou seja, a possibilidade da instituição financeira emissora do título deixar de honrar o compromisso financeiro e não pagar os investidores. Porém, existe a proteção do FGC e você ainda pode diminuir a chance de enfrentar esse problema ao analisar o rating do banco.

Ao verificar essa nota, fornecida pelas agências de classificação de risco, você descobre qual é a probabilidade de passar por tal transtorno. Dessa forma, consegue refletir se vale a pena confiar seu dinheiro à instituição.

Como investir em CDBs?

Para investir em CDBs, você precisa ter uma conta em um banco ou corretora de valores. Assim, terá acesso ao home broker e poderá verificar todas as alternativas oferecidas. Com isso, conseguirá escolher o título mais adequado aos seus objetivos e com as características desejadas.

De toda forma, é válido considerar todas as indicações feitas até aqui para evitar erros e garantir que a operação seja feita da forma correta. Aliás, você pode ver, no vídeo abaixo, os 5 principais erros ao investir em renda fixa, inclusive em CDB, no vídeo a seguir.

Passo a passo para investir em CDBs

  1. Abra a sua conta em uma corretora de valores;
  2. faça seu cadastro e o teste de suitability para descobrir o seu perfil de investidor;
  3. defina seus objetivos. Por exemplo, se não souber quando precisará sacar, será necessária uma aplicação com liquidez diária;
  4. transfira o dinheiro da sua conta-corrente para a da corretora de valores;
  5. veja as opções de Certificados de Depósito Bancário disponíveis;
  6. escolha o título desejado;
  7. emita a ordem de compra.

Saiba como encontrar os melhores CDBs

Você pode encontrar os melhores CDBs contando com o serviço de uma casa de análise, como a Nord Investimentos. Com a assinatura Nord Renda Fixa Pro, você tem a chance de diversificar a sua carteira com rentabilidade.

Os nossos especialistas oferecerão um portfólio detalhado com a porcentagem de cada título que você deve ter. Ainda terá acesso a relatórios regulares quinzenais e a outras informações relevantes para você potencializar a sua rentabilidade.

Afinal, uma gestão ativa com a recomendação da compra de títulos indicados no momento mais adequado permitirá que a sua rentabilidade acumulada seja muito maior. Assim, contar com Certificados de Depósito Bancário (CDBs) se torna uma boa alternativa para você ter a melhor experiência de investimentos no mercado financeiro.

E você, quer chegar a esse patamar? Conheça a assinatura Nord Renda Fixa PRO e veja como sua carteira pode rentabilizar ainda mais!

Resumindo

Que são CDBs?

CDBs são títulos de crédito privado de renda fixa emitidos por instituições financeiras com o objetivo de captar recursos. A sigla significa Certificados de Depósito Bancário, sendo que esse produto financeiro funciona como um "empréstimo" que o investidor faz ao banco. Em troca, recebe uma remuneração prefixada, pós-fixada ou híbrida.

Quais os riscos dos CDBs?

Os riscos dos CDBs referem-se, basicamente, ao crédito, ou seja, à possibilidade de calote por parte do emissor do título. Esse fator varia conforme a saúde financeira do banco, por isso, a chance de passar por essas situações é menor quando a entidade tem um balanço sólido. Isso pode ser verificado por meio do rating.

Quanto rendem os CDBs hoje?

Os CDBs rendem, hoje, cerca de 13,57% ao ano, considerando a Selic em 13,25% ao ano, valor da taxa básica de juros em agosto de 2023. Desse percentual, ainda deve ser deduzido o IR, que chega a 17,5% para uma aplicação financeira de 1 ano. No entanto, a alíquota pode ser menor, dependendo do prazo de investimento.

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