Azul (AZUL4) fecha acordo de financiamento adicional com credores. Ações sobem +10%
A Azul Linhas Aéreas (AZUL4) anunciou recentemente um acordo com credores para garantir um financiamento adicional, fortalecendo sua posição de caixa e trazendo alívio aos investidores sobre a situação financeira da empresa. A medida, que faz parte de uma reestruturação financeira mais ampla, inclui novos aportes de capital, redução de custos e uma possível conversão de dívidas em ações. Com isso, as ações da companhia apresentaram valorização no mercado. Abaixo, entenda os principais pontos desse acordo e o impacto esperado para a Azul.
Ações da Azul disparam após novo acordo de financiamento
Nesta segunda-feira (28), as ações da Azul Linhas Aéreas (AZUL4) registraram alta de +10% após a empresa anunciar um novo acordo de financiamento com seus principais credores. Este acordo visa fortalecer o caixa da companhia e aliviar as preocupações do mercado em relação à sua sustentabilidade financeira. Os credores fornecerão US$ 400 milhões até o final do ano, com a possibilidade de estender o financiamento em mais US$ 100 milhões caso a Azul atinja metas de redução de custos.
Novo financiamento para fortalecer o caixa da Azul
O novo aporte financeiro é dividido em duas etapas: US$ 150 milhões a serem disponibilizados ainda esta semana e US$ 250 milhões até o final de 2024. Esse montante ajudará a Azul a equilibrar suas contas e reduzir seu endividamento, respondendo a uma exigência de credores e arrendadores de aeronaves, que recentemente converteram parte de suas dívidas em ações.
Possível conversão de dívida em ações pode reduzir ainda mais a alavancagem
Além do financiamento inicial de US$ 400 milhões, o acordo prevê a possibilidade de conversão de até US$ 800 milhões em dívidas existentes para ações, caso a Azul consiga melhorar seu fluxo de caixa e reduzir custos em aproximadamente US$ 100 milhões anuais. Essa medida visa reduzir a pressão sobre o caixa da empresa e acelerar a desalavancagem.
CEO da Azul comenta os benefícios do novo acordo
John Rodgerson, CEO da Azul, afirmou que o novo acordo permitirá uma rápida redução do endividamento da empresa. "É uma opção que nos dá segurança para crescer de forma mais sustentável. Embora haja uma diluição de capital, o importante é que teremos uma empresa mais sólida no longo prazo", explicou. A empresa também pretende negociar com arrendadores e fabricantes, como Embraer, Airbus, GE e Pratt & Whitney, para obter novas concessões e reduzir custos.
Redução de obrigações e melhorias no fluxo de caixa
Além dos aportes financeiros, o acordo inclui a redução de obrigações com arrendadores e fabricantes de equipamentos nos próximos 18 meses, o que permitirá uma melhoria de US$ 150 milhões no fluxo de caixa da Azul. O objetivo é otimizar a gestão financeira da companhia e garantir mais recursos para manter as operações.
Azul é um bom investimento?
Apesar dos avanços na redução do endividamento, os fundamentos da companhia deixam a desejar. Com histórico de resultados, margens e rentabilidade instáveis, não recomendamos compra para as ações de Azul (AZUL4).