As empresas possuem diferentes formas de remunerar seus acionistas. Conheça os tipos de proventos, suas características e saiba como começar a recebê-los!

O que são proventos? Se você está começando no mundo dos investimentos, esse questionamento já pode ter surgido. Afinal, há diferentes tipos de proventos e, como era de se esperar, cada um deles conta com suas características específicas.

Neste artigo, conheça o que são proventos e como eles podem te gerar uma renda mensal no mundo dos investimentos. Continue a leitura!

Sumário

O que são proventos?

Proventos são diferentes maneiras de remunerar o acionista de uma empresa. Uma vez sócio, o investidor tem o direito de receber esse tipo de benefício. Além de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), existem também a bonificação e o direito de subscrição. Saiba mais sobre cada um deles abaixo.

Dividendo

Os dividendos são o tipo de provento mais conhecido, sendo recebido em dinheiro na conta do investidor. Ele nada mais é do que um pequeno pedaço do lucro de uma empresa que o acionista tem direito de receber. A parcela repassada aos sócios como dividendos recebe o nome de payout.

A lei determina que pelo menos 25% dos lucros de uma companhia sejam distribuídos, mas podem existir excepcionalidades em casos específicos.

Primeiramente, há a definição do valor total de dividendos a ser distribuído pela companhia em um certo período. Em seguida, se faz a divisão pelo número total de ações, a fim de que se encontre a razão fixa de dividendos por ação (conhecida também como DPA ou DPS). Nessa lógica, quanto mais ações o investidor tiver, mais dividendos ele vai receber.

A depender da empresa, o pagamento de dividendos é realizado mensalmente, a cada três meses, a cada seis meses ou anualmente. No entanto, vale frisar que, caso ela não obtenha lucro no período, isso fica suspenso.

Por serem calculados com base no seu lucro líquido, a tributação já ocorreu. Logo, os recursos obtidos com dividendos são isentos de Imposto de Renda (IR).

Juros sobre capital próprio (JCP)

Muito parecido com os dividendos, esse tipo de provento também é uma maneira de remunerar o acionista em dinheiro. No entanto, a diferença é que o JCP não é isento de IR, havendo um recolhimento na fonte de 15%.

As empresas usam o JCP para se beneficiar na parte fiscal, aliviando o volume que elas pagam de tributo. Isso porque, ao considerá-los como uma despesa, a companhia teria uma base de resultado menor a ser tributada, por isso, conseguem um benefício fiscal. Quando se olha mundo afora, essa modalidade é pouco utilizada.

Bonificação

Na maioria das vezes, esse provento é pago em ações. Ele ocorre quando a empresa incorpora suas reservas de lucro ao seu capital social, emitindo assim mais ações. Tais papéis serão distribuídos proporcionalmente aos acionistas segundo a quantidade que eles já possuem de ativos.

Mas você pode se perguntar: se eu tenho mais ações ao mesmo preço, quer dizer que fico mais rico logo de cara? Não! Com o aumento do número de ações, o preço individual de cada papel tende a diminuir no mercado, não alterando a posição.

Embora tenha uma finalidade distinta, a bonificação tem um efeito prático de ajuste semelhante ao o desdobramento de ações (split).

O objetivo principal do desdobramento é promover liquidez no mercado, não alterando o custo de aquisição das ações. Já na bonificação, a ideia não é promover liquidez, mas sim aumentar o capital social por meio dos lucros, além de gerar uma alteração no custo de aquisição.

É comum se deparar com uma situação na qual o preço de uma ação fecha o pregão num determinado valor e, no início do pregão do próximo dia, aparentemente sem nenhuma razão, ela é negociada em um valor menor.

Também há quem se pergunta o que aconteceu quando, sem nenhuma compra recente, a quantidade de ações que você detém de uma determinada companhia aumenta. Uma das respostas do que pode ter ocorrido é a bonificação.

Apesar de a posição não mudar, o efeito positivo dessa prática é que, nos próximos anúncios, o investidor terá mais ações e receberá mais dividendos.

Direito de subscrição

O direito de subscrição ocorre quando a companhia dá ao acionista o privilégio na aquisição de novas ações quando elas forem colocadas no mercado. Assim, ele tem a opção de preservar a sua participação na empresa. Além disso, com frequência, o valor da subscrição acaba sendo menor do que o da nova ação, o que torna o negócio mais vantajoso para o investidor.

Por que as empresas distribuem proventos?

As empresas realizam a distribuição de proventos, porque é uma forma de remunerar os seus acionistas pelo aporte de recursos realizado por eles para que a companhia siga em atividade. Dessa forma, além de manterem uma relação de dupla afetação positiva com os investidores, ela consegue atrair outros novos que disponibilizarão capital para a implementação dos planos da instituição.

O que fazer para receber proventos?

Para receber proventos é preciso se tornar acionista de empresas que pagam esse tipo de remuneração, o que não é unanimidade no mercado. Assim, o primeiro passo é abrir uma conta numa corretora de valores e, após concluir o cadastro a partir dos processos específicos da instituição, adquirir os ativos de uma companhia que se enquadre nesse aspecto.

Como funciona o pagamento de proventos?

As empresas realizam o pagamento dos proventos diretamente na conta que o acionista mantém na corretora de valores. A periodicidade em que isso ocorre vai depender de cada companhia. Existem aquelas que pagam proventos a cada três meses, a cada seis meses ou anualmente.

Como saber se a empresa paga dividendos?

Para saber se a empresa paga dividendos, acesse o site de relações com o investidor (RI) da própria companhia ou visite o site da bolsa de valores do Brasil, a B3, e acesse a Área do Investidor. Nesses canais, você encontrará as respostas necessárias conforme cada companhia.

Quais empresas pagam mais dividendos?

Veja, abaixo, as ações que mais pagaram dividendos, até 31 de maio de 2023, com base em seu Dividend Yield (DY), de acordo com o Bora Investir, da B3. O critério adotado foi a seleção de papéis com mais de R$ 5 milhões em Volume Médio Diário nesse intervalo de tempo.