Vitória eleitoral de Trump ofusca temporada de balanços nos EUA
Não estamos falando do Carnaval de Salvador e nem do Réveillon em Carneiros. Esta semana tivemos uma combinação de eventos, que fizeram dela a mais importante do ano (o que já era esperado). Dentre esses eventos:
- Eleições americanas;
- Decisão sobre juros do Federal Reserve;
- Copom no Brasil;
- Inúmeros resultados de empresas no mundo inteiro;
- Possivelmente, anúncio de estímulos chineses.
Apesar da importância, ela não veio com grandes surpresas para o mercado no âmbito macro. Mas, sem dúvidas, ela vai ser fundamental para formular os rumos dos investimentos no mundo pelos próximos anos.
Eleições nos EUA: mapa dos votos por distrito com amplo domínio de Trump
Donald J. Trump será o 47º presidente dos EUA. O candidato foi eleito na terça-feira, com uma vantagem avassaladora sobre a atual vice-presidente Kamala Harris. Apesar de não ter sido uma surpresa, a preponderância de candidatos Republicanos no Senado, Câmara, nos governos estaduais e na suprema corte, ilustram o desgaste do eleitorado com os democratas e com a economia.
O mais importante disso é tentar entender o que esperar de um governo completamente dominado pelos republicanos. Quais serão os impactos econômicos dessa composição e, claro, como fica o dólar para nós brasileiros.
O eleitorado americano decidiu dar uma carta-branca aos republicanos para traçar os novos rumos do país. Cabe agora a eles, sob a liderança do presidente Trump, executar aquilo que as pessoas esperam.
O que a vitória de Trump significa para a economia global?
Os “experts” diziam que a economia estava indo bem. Americanos de “todo dia” discordaram. Com isso, vem a principal bandeira de Trump para o seu mandato: a economia.
Dentre o que podemos esperar para o governo:
Impostos e política de gastos
Devemos ter uma extensão do Tax Cut and Jobs Act (TCJA) de 2017 — que não muda muita coisa por ainda estar ativo. Devemos esperar possíveis novos cortes de impostos (uma das principais bandeiras dos republicanos). Caso sejam da mesma magnitude do TCJA, devemos ver uma economia mais acelerada, contudo, ao custo de uma maior inflação.
Trocas comerciais
Já foi proposta pelo presidente-eleito uma tarifa de 10% a todos os parceiros comerciais e uma tarifa “especial” de 60% para a China. Tarifas não são boas para o crescimento econômico e podem adicionar ainda mais pressão à inflação. Cabe ao novo governo definir se cumprirá com essas promessas, sabendo que o eleitorado já não suporta mais inflação alta.
Relação com o Federal Reserve (Fed)
Na quinta-feira, 7, o Banco Central Americano cortou a taxa de juros em 0,25 pontos, para a faixa de 4,5% a 4,75%. O presidente do FED, carinhosamente conhecido como Jerônimo, deixou explicitar que não irá resignar — indo de encontro às críticas sofridas pelo presidente eleito. Mas se a inflação voltar a dar sinais de alta, devemos ver o FED voltando ao tom hawkish.
Desglobalização e fragmentação
O embate geopolítico entre EUA e China deve voltar à pauta. Mas isso não diz respeito apenas a ambos. Devemos ver uma fragmentação maior de blocos econômicos tomando partido. Isso é importante para nós — afinal, caberá ao nosso atual governo tomar partido.
Melhor para a geopolítica
Com guerras acontecendo em dois continentes, os EUA não devem deixar de ter um papel geopolítico. Mas o presidente diz que estas não estariam acontecendo caso ele estivesse no cargo. Seria uma grande vitória se ele fosse capaz de fazer com que seus colegas de profissão deixassem de mandar jovens morrerem no campo de batalha por suas vaidades.
Dólar forte
As políticas acima indicam uma visão construtiva para o valor da moeda. Azar do nosso governo, que, mesmo não tendo apreço por responsabilidade com gastos, se remói ao ver o câmbio decolar (churras de domingo vai ficar mais caro, de novo). Apesar do nosso Banco Central seguir subindo juros, caso a inflação nos EUA volte a subir e o FED precise mudar de trajetória… haja ciclo de commodities para nos salvar.
Principais resultados 3T24 nos EUA
Para minha lamentação, esse assunto não foi tão relevante em termos de repercussão. Mesmo tendo tantas empresas interessantes nos EUA e mundo afora divulgando seus números.
Tivemos no final de semana os resultados da Berkshire Hathaway, conglomerado controlado pelo Warren Buffett. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a empresa reverteu um prejuízo e entregou um lucro de US$ 26,3 bilhões. Resultado veio dos ganhos com investimentos, enquanto o resultado operacional das companhias controladas teve uma retração de -6%.
Mas o grande destaque dos resultados da Berkshire é ter uma visão das movimentações sendo feitas pelo Buffett. Neste trimestre, seguiu reduzindo suas posições em Apple de forma substancial. Não fez nenhuma recompra de ações da Berkshire. E o caixa já ultrapassa a marca dos US$ 320 bilhões (vão ter lugares falando US$ 325 porque somam o caixa das ferrovias e energia — não são usados para investimentos em ativos no mercado e por isso não considero).
Se o Buffett está se preparando para uma crise, ou para uma grande aquisição, ou apenas para a sucessão na empresa — ninguém sabe. Mas, sabemos que a linha do tempo, infelizmente, não vai desacelerar para ninguém.
Indo na contramão, o mercado foi ao delírio com uma das ações mais debatidas no momento.
A Palantir divulgou seus resultados na segunda-feira, acompanhada de uma reação clamorosa do mercado com as ações disparando +20% na terça. Com isso, a nova sensação do mercado passa a negociar a 270x lucro e a 47x receitas. A empresa entregou um crescimento de +30% de receitas, com o lucro crescendo +56%. Bolha ou não, eu não sei. Mas que parece cara, parece.
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