A Vale (VALE3) divulgou um fato relevante positivo informando que nesta sexta-feira, 25, acontecerá a reunião para a assinatura do acordo definitivo de reparação integral pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG).

Fonte: Vale RI

Na última segunda-feira, 21, a mineradora havia divulgado novas atualizações sobre a negociação em andamento. O valor total no novo acordo, que já vem sendo provisionado nos últimos anos, chegaria a R$ 170 bilhões. 

Ainda que o valor seja maior que o da proposta anterior, os efeitos já estão bem precificados nas ações da companhia. Além disso, o desfecho próximo é positivo para a Vale e reduz potenciais riscos e incertezas.

Detalhes da nova proposta pelo desastre em Mariana

A proposta vem de uma longa negociação com as autoridades responsáveis e a sua última atualização envolve R$ 170 bilhões pelos danos causados na tragédia. Esse valor seria dividido em três partes: (i) R$ 38 bilhões já investidos em reparação e compensação; (ii) R$ 100 bilhões que serão pagos em 20 anos ao Governo Federal, aos estados de MG e ES e aos municípios; e (iii) R$ 32 bilhões em obrigações a fazer.

VALE3: reparação de Mariana nos resultados do 3T24

A Vale reafirmou seu compromisso de apoiar a Samarco na reparação dos danos e de financiar até 50% dos valores. Com base nas expectativas de fluxo de caixa, estima-se que R$ 5,3 bilhões (35% do lucro do 2T24) serão adicionados aos passivos no 3T24 e o restante do cronograma de desembolso será atualizado oportunamente. 

Desde 2020 (um ano após Brumadinho), a Vale vem intensificando seus investimentos em segurança operacional para evitar novas tragédias no futuro, tendo reduzido praticamente pela metade seu número de barragens a níveis críticos.

Relembre o rompimento da barragem em Mariana e detalhes das negociações

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorreu em 5 de novembro de 2015 e foi considerado o maior desastre ambiental da história do Brasil. A barragem, pertencente à mineradora Samarco, uma joint venture da Vale e da BHP Billiton, liberou aproximadamente 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. 

O desastre resultou em 19 mortes, destruição de comunidades, e impactos ambientais severos no Rio Doce, afetando o abastecimento de água e a vida de milhares de pessoas em Minas Gerais e no Espírito Santo.

Desde o desastre, a Vale, a Samarco e o governo têm conduzido negociações complexas para lidar com as consequências e reparações. Nos últimos anos, foram propostas várias medidas de compensação financeira e recuperação ambiental. 

Na atualização mais recente, como já comentado acima, a Vale e a Samarco fizeram uma nova proposta de acordo no valor de R$ 170 bilhões para o governo, buscando encerrar as disputas judiciais e acelerar o processo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem. Este valor inclui compensações para a recuperação ambiental e para as comunidades afetadas, além de medidas para evitar novos desastres.

A proposta da Vale tem sido vista como uma tentativa de encerrar um capítulo doloroso, oferecendo uma resolução bilionária que envolve aportes substanciais. As negociações ainda estão em andamento e o governo analisa a oferta, que pode ser um dos maiores acordos de indenização na história do país.

Nossa opinião

Nos últimos anos, a mineradora vem focando em segurança e reduziu em -45% seu número de barragens em nível de emergência (desde 2020), mas seguiremos atentos aos desdobramentos do acordo e sempre mapeando os riscos da Vale. 

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