A Unidas divulgou seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2024 (4T24), com crescimento anual de 12,1% da receita líquida, totalizando R$ 1,7 bilhão. O Ebitda ajustado somou R$ 628 milhões, com avanço de 22,2% na comparação anual e margem Ebitda de 63,7%. 

Apesar da melhora operacional, a companhia reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 5 milhões no trimestre, ainda que menor do que o prejuízo de R$ 20 milhões apurado no 4T23.

Gestão de frotas vira motor de crescimento

Entre os principais destaques do período, o desempenho positivo do segmento de locação (RAC + GTF) foi notável, com crescimento de 18,8% no Ebitda e avanço de 4,2 pontos percentuais na margem, atingindo 65,4%. 

O segmento de Gestão de Frotas Leves teve incremento de 54,6% na receita líquida e de 59,3% no Ebitda, com margem de 82,6% (+2,4 p.p.). 

A venda de seminovos no varejo também ganhou força, representando 58% da receita do segmento no 4T24, frente a 34% no mesmo período do ano anterior.

Receita do RAC cai, mas tarifa dá suporte

Em contrapartida, a receita líquida do segmento de aluguel de veículos (RAC) recuou 4,2% no trimestre, reflexo da redução de 11% na frota operacional, ainda que compensada por uma tarifa média mais alta. 

O segmento de Venda de Ativos continuou pressionado, encerrando o trimestre com Ebitda negativo de R$ 17 milhões, afetado principalmente pela queda nos preços de seminovos e pela maturação da rede de lojas de varejo abertas ao longo do ano.

Unidas fecha 2024 com caixa robusto

Em relação à posição financeira, a Unidas encerrou 2024 com uma dívida líquida de R$ 8,3 bilhões, aumento de 13,7% frente a 2023. 

O indicador de alavancagem (dívida líquida/Ebitda) recuou para 3,51x, refletindo a estratégia da empresa de reduzir gradualmente sua alavancagem. 

A posição de caixa de R$ 3,3 bilhões garante cobertura de 110% das amortizações previstas até o final de 2026.

O que esperar da Unidas em 2025?

A Unidas registrou crescimento no 4T24, com geração consistente de Ebitda e expansão de margens. Contudo, o desempenho negativo da venda de ativos continua a pressionar a rentabilidade e a recuperação do lucro líquido. 

A alavancagem está em queda, mas continua bastante elevada, o que é um grande fator de risco no cenário atual de juros elevados. 

Para os próximos trimestres, a companhia sinaliza continuidade no foco em rentabilidade e disciplina na alocação de capital. 

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