Os títulos privados são algumas das principais alternativas da renda fixa do mercado e apresentam bom potencial de rentabilidade. Conheça os detalhes sobre esse tipo de ativo.

O mercado financeiro tem uma ampla gama de opções para todos os perfis de investidores. Uma das alternativas tradicionais, mas com bom potencial de rentabilidade, são os títulos privados.

Emitidos por empresas e instituições financeiras, eles representam a oportunidade de construir seu patrimônio de forma segura. Além disso, são importantes para a diversificação de portfólio.

Neste artigo, vamos explicar como eles funcionam. Quer entender? Então siga a leitura!

Sumário

O que são títulos privados?

Títulos privados são papéis emitidos por empresas ou instituições financeiras para captar recursos. Eles integram a classe da renda fixa e apresentam um bom potencial de remuneração com um risco mínimo.

Para a corporação, o capital coletado poderá ser usado para financiar operações, fazer um processo de fusão e aquisição (M&A) ou expandir o negócio. Em contrapartida, o investidor recebe uma remuneração, conforme está disposto em contrato, por disponibilizar o capital para a companhia.

A rentabilidade pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida. No entanto, as duas últimas opções são as mais comuns. Além disso, as taxas utilizadas como referência para o rendimento, geralmente, são o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O CDI é o indicador utilizado na negociação entre os bancos. Portanto, ele tem um resultado bastante próximo ao da taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Já o IPCA é o índice que mede a inflação oficial no país.

Como funcionam os títulos privados?

Os títulos privados funcionam como um empréstimo para uma empresa ou instituição financeira. Assim, o credor emite o papel e você, como investidor, pode adquiri-lo, se concordar com a rentabilidade e o prazo da aplicação.

O risco nessa modalidade de investimento costuma ser muito baixo, ou seja, são ativos indicados para o perfil conservador. Sobre a rentabilidade, explicamos logo abaixo.

Tipos de rentabilidade dos títulos privados

Os rendimentos dos títulos privados são pagos com base no tipo de acordo previsto pelo ativo, que pode seguir três modelos diferentes:

  • Prefixada: é aquela conhecida previamente, sendo definida uma taxa fixa. Por exemplo, 3,5% ao ano;
  • Pós-fixada: varia de acordo com um indicador, normalmente o CDI ou a Selic. Assim, a remuneração depende dessa oscilação;
  • Híbrida: tem uma taxa fixa e um indicador variável. Por exemplo, 1,5% + IPCA.

Quais são as características dos títulos privados?

As características dos títulos privados referem-se a vencimento, liquidez, rentabilidade e carência. Analisar esses fatores ajuda a traçar uma estratégia de diversificação de investimentos mais adequada. Assim, você busca diferentes oportunidades e verifica aquelas que fazem mais sentido para o seu portfólio.

É importante ressaltar que as características dessa modalidade de aplicação variam bastante. Por isso, existem opções para todos os perfis de investidores. Veja os principais detalhes.

Vencimento

O vencimento diz respeito ao prazo no qual o proprietário do ativo irá receber a remuneração acordada. No caso dos títulos privados, varia conforme a necessidade do emissor, ou seja, a empresa. A maioria é de médio ou longo prazo.

Liquidez

A liquidez é, resumidamente, a capacidade de converter o ativo em dinheiro. Nessa modalidade de investimento, ela tende a ser baixa, somente no vencimento. No entanto, alguns títulos permitem fazer o saque a qualquer momento (liquidez diária). É preciso atentar a esse detalhe antes de realizar a aplicação.

Rentabilidade

A rentabilidade diz respeito ao retorno financeiro que o investidor terá sobre a aplicação. Em termos de títulos privados, você encontrará mais ativos com os lucros potenciais vinculados à taxa CDI.

Carência

No caso dos títulos com liquidez alta apresentam carência. Normalmente, ela é de 90 dias. Isso significa que, nesse período, é proibido fazer o resgate dos valores. Depois desse prazo, ele pode ocorrer a qualquer momento.

Segurança

Alguns títulos têm cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Essa entidade protege até R$ 250 mil por CPF em cada instituição financeira que o proprietário do capital tiver recursos alocados, com limitação máxima de R$ 1 milhão a cada 4 anos. No entanto, nem todos têm esse benefício.

Tributação

Parte dos papéis apresenta cobrança de Imposto de Renda (IR), seguindo a tabela regressiva. Ou seja, quanto mais tempo você deixar, menor é o imposto. Assim, as alíquotas vão de 22,5% a 15%. Nesse caso, a tributação é retida na fonte. Ainda existem títulos isentos de IR.

Quais são os principais tipos de títulos privados?

Os principais tipos de títulos privados são:

CDB

O Certificado de Depósito Bancário é emitido pelos bancos para captar recursos para empréstimos a pessoa físicas e capital de giro a empresas. Há proteção do FGC e cobrança de IR. Com isso, é fundamental avaliar esses fatores para saber como escolher o melhor CDB.

LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) são emitidos por bancos, mas o valor captado é usado especificamente no financiamento de atividades desses setores. Há isenção de IR para esses ativos.

Letras de Câmbio

São emitidas por empresas de crédito para a captação de recursos. Incide cobrança de IR.

Debêntures

As debêntures são emitidas por empresas privadas para o financiamento de atividades. Não há garantias fornecidas pelo FGC, mas você pode analisar o nível de confiança da empresa emissora. Há recolhimento de IR, exceto na modalidade de debêntures incentivadas.

COE

O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é emitido por bancos e traz ativos da renda fixa e variável. É um investimento mais volátil, mas a segurança é próxima da renda fixa. Não conta com proteção do FGC.

Qual a diferença entre títulos públicos e privados?

A diferença entre títulos públicos e privados é o emissor. Os primeiros são lançados pelo governo e servem para financiar atividades de infraestrutura, educação, saúde, entre outras. Os segundos são expedidos por empresas e bancos, sendo que o capital tem diversas finalidades possíveis. Ainda assim, ambos fazem parte da renda fixa.

Também existe uma diferença acerca do risco de crédito. Os títulos públicos têm a garantia do Tesouro Nacional, que é considerado o emissor mais seguro por poder criar mais papel-moeda. Portanto, as chances de perdas são muito próximas a zero.

Nos títulos privados, pode existir a cobertura do FGC. Porém, o risco é um pouco maior, porque existe a chance de calote por parte dos emissores. Nesse sentido, avaliar o nível de confiança da companhia é primordial.

De toda forma, a rentabilidade tende a ser melhor do que nos papéis emitidos pela União, justamente por haver um potencial de prejuízos um pouco maior, ainda que também fique muito próximo a zero.

Como investir em títulos privados?

Para investir em títulos privados é necessário realizar os seguintes passos:

Conheça seu perfil de investidor

Comece fazendo o teste de suitability para saber qual é o seu perfil e — conforme o diagnóstico — selecionar os títulos mais adequados.

Abra uma conta em uma corretora de valores

Busque as opções e escolha aquelas com menor taxa e alta confiabilidade. Normalmente, não são cobrados valores para investir em renda fixa.

Pesquise as opções de títulos privados

Verifique os títulos disponíveis no home broker e avalie sua rentabilidade, os riscos, a liquidez, o vencimento e outras características. Tenha em mente que é fundamental escolher os ativos certos, que estejam alinhados aos seus objetivos financeiros.

Para isso, vale a pena contar com uma assessoria de investimentos. Assim, você terá o apoio de um profissional qualificado, que vai indicar as melhores opções de aplicações. É o caso da Nord Research, uma casa de análise experiente que faz as melhores recomendações de investimentos.

Execute a ordem de compra

Faça a solicitação à corretora definindo quanto vai investir em cada título escolhido. Lembre-se de que, antes disso, você deve ter dinheiro na conta da instituição.

Com todas essas etapas e informações, você já tem condições de investir nos títulos privados e obter uma boa rentabilidade. Tenha cuidado para escolher as melhores alternativas. Então, considere contar com um assessor de investimentos e uma casa de análises especializada para tomar sua decisão.

Conheça a Nord Research e veja como melhorar a sua trajetória de investimentos.

Resumindo

O que são títulos privados?

Títulos privados são notas emitidas por empresas, bancos e demais instituições financeiras  que pretendem captar recursos no mercado para investirem em algum projeto corporativo. O processo tem semelhança com um empréstimo, no qual a companhia irá devolver o valor investido somado de lucro para o responsável pela disponibilização do montante.

Quais são os títulos privados?

Os títulos privados são:

  • CDB;
  • LCI e LCA;
  • Letra de Câmbio;
  • debênture;
  • COE

Qual a finalidade dos títulos privados?

A finalidade dos títulos privados é oferecer a oportunidade de investir em empresas e se expor ao setor corporativo. Com isso, há um potencial de rentabilidade maior. Ao mesmo tempo, é uma boa alternativa para diversificar a sua carteira, minimizando o risco.