Talvez você já tenha ouvido falar sobre o supercomputador da Tesla, considerado um dos hardwares mais poderosos do mundo. Capaz de processar grandes quantidades de dados relacionados à condução autônoma e à inteligência artificial, a tecnologia poderá ampliar o aprendizado dos carros a partir dos dados coletados por sensores e câmeras.

A seguir, você vai entender melhor como funciona a tecnologia, suas principais características, vantagens e o que ela promete mudar nos próximos anos.

Sumário

Conheça o supercomputador da Tesla

A Tesla, famosa fabricante de veículos elétricos de Elon Musk, está investindo mais de 1 bilhão de dólares em seu novo supercomputador, chamado Dojo.

Reconhecido entre os 5 computadores mais poderosos do mundo, a máquina será usada para treinar modelos de inteligência artificial para carros autônomos.

São milhares de GPUs avançadas Nvidia (10.000 GPU Nvidia H100), que permitem ao computador alcançar o incrível marco de 340 PFLOPS FP64. O Dojo ainda está em construção, mas a Tesla espera que ele seja capaz de atingir uma performance de 1 exaflop, ou seja, um quintilhão de operações por segundo.

Com o novo supercomputador, a companhia aumenta a sua capacidade de computação para treinar a inteligência artificial aliada à tecnologia de condução autônoma. Além disso, o Dojo também pode beneficiar outras áreas, impulsionando a adoção de robotáxis e serviços de software, por exemplo.

Tecnologia D1: um lugar de treinamento

Atualmente, a frota de carros Tesla em circulação se aproxima de 5 milhões de veículos. Com as expectativas de que o número chegue a 50 milhões no final desta década, a companhia precisa contar com uma capacidade computacional que suporte o enorme volume de informações da sua base de dados.

Segundo executivos da Tesla, a Nvidia (principal fornecedor de clusters de data centers) já não era capaz de atender a demanda do negócio por capacidade computacional. Assim, a fabricante de veículos busca criar um sistema mais eficiente e direcionado para as suas necessidades específicas.

O supercomputador da Tesla tem um processador com tecnologia de ponta para suportar trabalhos pesados. 

Assim, em 2021, o D1 Dojo, processador customizado para suportar cargas de trabalho mais pesadas — funcionando como o neurônio do novo supercomputador —  foi anunciado oficialmente pela companhia.

Em japonês, a palavra Dojo ou Dojô significa, literalmente, "lugar do caminho". Normalmente, é em um Dojo que as pessoas praticam artes marciais. A indústria japonesa se apropriou do termo para se referir ao local onde os colaboradores passam por um treinamento. No caso da Tesla, a tecnologia será um treinamento para os sistemas de direção autônoma.

Uma aposta para o futuro

O supercomputador da Tesla é equipado com mais de 50 bilhões de transistores, que aumentam a sua eficiência para processar as informações das imagens captadas pelos carros autônomos da companhia.

Além disso, apresentam um custo menor em comparação com o de outros semicondutores: o Dojo pode oferecer uma economia de US$ bilhões em comparação com a Nvidia, segundo estimativas divulgadas pela companhia.

O Dojo é um dispositivo acompanhado de uma câmera capaz de tomar decisões em tempo real a partir do que "enxerga" em seu campo visual. Por isso,  pode contribuir para a evolução de diversas outras áreas, como  a medicina e a pesquisa científica. Isso sem contar a previsão de aumentar o valor de mercado da Tesla em quase 600 bilhões de dólares nos próximos anos.

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