Galípolo é aprovado pelo Senado para presidir Banco Central
O economista Gabriel Galípolo, de 42 anos, teve sua indicação para presidir o Banco Central (BC) aprovada por unanimidade, nesta terça-feira, 8, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.
Foram 26 votos a 0 pela aprovação de Galípolo, após quatro horas de sabatina. A indicação precisa ser aprovada também pelo plenário do Senado.
Conheça o perfil do escolhido de Lula e o que esperar de sua gestão no Banco Central.
Quem é Gabriel Galípolo
Em maio de 2023, o economista Gabriel Muricca Galípolo, de 41 anos, foi indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para assumir a Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC) do Brasil. Nesta quarta-feira, 28, Galípolo foi indicado pelo presidente Lula para assumir a presidência do BC na sucessão de Roberto Campos Neto.
Galípolo possui formação em Ciências Econômicas pela PUC-SP e é mestre em Economia Política pela mesma instituição. Possui experiências no setor público e privado.
De 2017 a 2021, Galípolo foi presidente do banco Fator e deixou a instituição durante uma reestruturação após a venda da Fator Corretora para o BTG Pactual. Ele também atuou como conselheiro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de 2022 a 2023 e assumiu a secretaria-executiva da Fazenda entre janeiro e agosto de 2023. Galípolo foi exonerado do cargo devido à indicação ao Banco Central.
Gabriel Galípolo é indicado por Lula para a presidência do Banco Central: o que isso significa para a economia brasileira?
O presidente Lula indicou Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, gerando discussões sobre o impacto dessa escolha na política monetária e na economia do Brasil.
Galípolo, que atualmente ocupa o cargo de diretor de política monetária do Banco Central, é, por muitos, visto como um aliado do governo em busca de uma política econômica mais alinhada aos objetivos de crescimento e redução de juros.
Seu desafio no cargo será direcionar as expectativas do mercado em relação ao cumprimento do compromisso do Banco Central com o controle da inflação e dialogar com as cobranças do governo.
Em discursos recentes, Galípolo reiterou o compromisso do Banco Central com o controle da inflação e o presidente Lula afirmou que o Banco Central não deve favor ao presidente, os próximos passos dessa discussão serão vistos a partir de 2025.
Possíveis impactos da indicação de Galípolo no Banco Central
A indicação de Galípolo adiciona uma incerteza no mercado acerca da condução da política monetária. O equilíbrio entre pressões do governo e autonomia do Banco Central visando controle da inflação serão colocados em cheque nesta troca.
Essas incertezas advêm de discussões sobre possíveis vieses de baixa na taxa de juros e maior foco em medidas que estimulem a economia, uma vez que, tradicionalmente o mercado espera uma postura mais conservadora do Banco Central.
Desafios e expectativas do novo presidente do Banco Central
Galípolo enfrentará o desafio de equilibrar a busca por crescimento econômico com a necessidade de controlar a inflação, um ponto sensível para investidores e consumidores. Sua gestão será observada de perto para ver como ele conciliará essas demandas com as expectativas do mercado financeiro.
O descontrole fiscal e o alto endividamento crescente do país são alguns dos principais desafios de Galípolo a frente do BC.