A posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, acontece nesta segunda-feira, 20, em Washington, DC.  O ato está marcado para começar ao meio-dia (14h no horário de Brasília).

O segundo mandato de Trump promete ter efeitos significativos no mercado mundial e serão determinantes para os nossos investimentos. Entenda o que esperar para os próximos meses.

Trump toma posse como 45º presidente dos EUA

Nesta segunda, o republicano Donald Trump sucede o democrata Joe Biden no comando da Casa Branca para o seu segundo e último mandato como presidente dos EUA. 

Ao contrário do primeiro mandato (2017-2021), agora ele possui um conhecimento muito maior sobre o funcionamento da máquina pública. Além disso, o presidente eleito montou um time mais experiente, leal e mais alinhado com sua agenda de governo. 

Mas as diferenças entre o primeiro e o segundo mandato não se limitam a esses aspectos. Trump inicia sua presidência com maioria tanto no Senado quanto na Câmara dos Representantes.

Com esse ambiente favorável, o 45º presidente dos EUA quer colocar novamente as suas promessas em prática.

As principais propostas econômicas de Trump

Donald Trump não trouxe grandes mudanças na campanha, até o slogan é o mesmo "Make America Great Again" (em português: Torne a América Grande Novamente), abreviado como MAGA. As principais proposta econômicas são:

  • Cortar de impostos: expandindo plano de redução de impostos e estendendo os cortes feitos no 1º mandato.
  • Aumentar as tarifas: até 10% sobre as importações globais e 60% sobre os produtos chineses.
  • Desregulamentação e eficiência: desregulamentar setores da economia e aumentar a eficiência do governo.
  • Redução dos gastos: reduzir o déficit por meio do corte de gastos do governo.

O plano é aumentar a competitividade dos EUA, fortalecer a economia nacional e se distanciar ainda mais dos países desenvolvidos.

“Never bet against America” (Nunca aposte contra os EUA)

Muitos apostaram que o protagonismo norte-americano estava com os dias contados, com a ascensão da China nas últimas décadas.

No entanto, os últimos anos mostraram o oposto. Os EUA continuam sendo a grande locomotiva mundial e isso não deve mudar pelo menos no curto e médio prazo.

 Warren Buffett durante a reunião anual de acionistas da Berkshire Hathaway. Fonte: Yahoo Finance/ Reprodução

E a agenda econômica de Trump tem potencial para transformar e impulsionar ainda mais a economia norte-americana.

A redução dos impostos deve trazer de volta às indústrias para os EUA e atrair mais investimentos.

Além disso, com o bilionário Elon Musk na linha de frente, Trump quer desregular, desburocratizar e aumentar a eficiência do estado, impulsionando ainda mais a produtividade e competitividade americana.

Mas a agenda de Trump pode gerar turbulências, ou “trumpulência”, como resumiu bem Marcos Troyjo, ex-presidente do banco do BRICS, durante um podcast.

Quais são os impactos da posse Donald Trump para o Brasil?

Além dos impactos na economia americana, também acompanhamos os reflexos da agenda de Trump no mercado e nas empresas brasileiras.

Como se nossos problemas domésticos não bastassem, ainda podemos ver os americanos intensificando sua produtividade e competitividade. Com a atração de mais investimentos para os EUA, o fluxo estrangeiro para o Brasil, que vem caindo nos últimos anos, deve continuar baixo.

Fonte: Bloomberg

Só a China e um ciclo de commodities poderiam salvar, mas eles possuem os próprios problemas, e grandes estímulos para a economia chinesa são pouco prováveis neste momento.

O aumento de tarifas é ameaçador, mas diante dos impactos inflacionários, entendemos que Trump pode ser mais moderado nessa agenda.

O segundo mandato de Trump pode gerar mudanças no mercado e na geopolítica mundial. 

Mas, como a história nos ensina: momentos de grandes incertezas também abrem espaço para oportunidades.

Oportunidades no Trump 2.0

O cenário parece adverso para o Brasil, com a perspectiva de mais inflação e juros nos EUA, dólar forte e pouca atratividade de investimentos estrangeiros.

Por outro lado, estamos à frente de uma oportunidade poucas vezes vista para a Bolsa brasileira.

O Ibovespa (IBOV) negocia a apenas 6,8x lucros projetados para 12 meses, perdendo apenas para o período de 2022, quando surfamos o último ciclo das commodities, que impulsionaram os resultados das empresas.

 Fonte: Bloomberg. Elaboração: Nord Research.

Para os investidores de longo prazo, essa é uma daquelas oportunidades raras.

Quais as melhores ações com a volta de Donald Trump à Casa Branca?

Em meio aos riscos do Trump 2.0 e do Brasil, compramos empresas com fundamentos sólidos e com visibilidade de crescimento de resultados, seja qual for o cenário.

Empresas bem conhecidas por aqui, como Prio e Banco Inter, mas também small caps como Priner, Frasle e Mills, ou então aquelas que não podem faltar em uma carteira de dividendos, como o Itaú.

As oportunidades na Bolsa brasileira são impressionantes, mas não para por aqui. No exterior, podemos presenciar uma transformação que pode impulsionar a economia americana e suas empresas.

Por essa razão, a diversificação de portfólio é altamente recomendada, uma vez que possibilita a captura de oportunidades tanto no mercado de ações quanto no de renda fixa, abrangendo o Brasil e os Estados Unidos.

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