Segundo a pesquisa PNAD Contínua, a taxa de desemprego foi de 6,2% no trimestre encerrado em outubro, em linha com as expectativas do mercado. Os juros futuros seguem operando em alta na abertura.

A taxa apresentou redução em relação aos 6,4% do trimestre encerrado em setembro e é a menor taxa observada em toda a série histórica iniciada em 2012. 

No trimestre encerrado em outubro, houve um recorde no número de pessoas ocupadas, sendo a menor desocupação desde o início da série histórica. Houve recorde no número de trabalhadores com e sem carteira assinada no setor privado e recorde no número de empregados no setor público.

Com isso, o nível de ocupação alcançou seu maior percentual da série, em 58,7%. Os setores de indústria, construção e outros serviços foram responsáveis por quase 50% do crescimento da ocupação no trimestre.  

A massa de rendimento real habitual (soma ponderada de todos os rendimentos das pessoas ocupadas da amostra) apresentou crescimento de 2,4% no trimestre e 7,7% no ano, impulsionada pelo aumento no número de pessoas trabalhando. 

Por outro lado, os dados do CAGED de outubro, divulgados nesta semana, registraram a criação de 132,7 mil empregos formais, abaixo da expectativa do mercado de 192,5 mil vagas. No entanto, o CAGED de setembro foi revisado para cima, saindo de 247,8 mil para 251,5 mil.

Direto ao ponto

Os dados de outubro reafirmaram a solidez do mercado de trabalho, indicando um cenário aquecido e uma atividade econômica forte. Quando combinados à inflação de serviços em 12 meses ainda acima de 5%, esses fatores reforçam a expectativa de um novo aumento de juros na próxima reunião do Banco Central. 

O mercado, inclusive, já precifica uma possível aceleração no ritmo de ajuste, com a curva apontando para um aumento superior a 0,5 ponto percentual.

O que é a PNAD Contínua?

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) era o principal dado sobre o mercado de trabalho brasileiro. O dado possuía periodicidade anual e foi encerrada em 2016, sendo substituída pela PNAD Contínua, que possui periodicidade trimestral (trimestres móveis) e cuja metodologia foi atualizada.

A periodicidade em trimestres móveis significa que o dado referente a maio, por exemplo, representa o período de março, abril e maio. Ou seja, ao ler “o desemprego de maio”, por exemplo, entende-se como “o desemprego no trimestre encerrado em maio”.

O objetivo é o mesmo: fornecer uma leitura completa sobre a dinâmica do mercado de trabalho brasileiro.

Quais dados a PNAD Contínua fornece?

Por meio das informações fornecidas pela PNAD Contínua, é possível saber não só a taxa de desemprego do país, como também os salários e a taxa de participação.

Olhando os dados mais por dentro, é possível observar detalhes como empregos com carteira assinada, trabalhadores por conta própria, taxa de informalidade, entre outras informações.

Qual foi a última PNAD Contínua?

A última pesquisa PNAD Contínua foi divulgada no dia 29 de novembro pelo IBGE. A taxa de desocupação foi de 6,2% em outubro e apresentou uma redução em relação aos 6,4% do trimestre encerrado em setembro.

PNAD contínua hoje

A taxa de desemprego, divulgada pela pesquisa PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), atingiu 6,2% no trimestre encerrado em outubro. O resultado figura no menor nível de toda a série histórica da PNAD, coletada desde 2012.