O governo federal apresentou o Plano Safra 24/25 com R$ 400,6 bilhões, um recorde de recursos para a agricultura empresarial. O valor representa um aumento de 10% em relação aos R$ 364,2 bilhões do Plano Safra 23/24.

Como ficou o Plano Safra 24/25?

O lançamento do Plano Safra 24/25 poderá beneficiar empresas do setor agrícola que estão listadas na B3, para financiar a agricultura e a pecuária empresarial no país.

Fonte: Ministério da Agricultura. Elaboração: Nord Research

É importante notar que os recursos anunciados pelo governo não são totalmente utilizados. 

De acordo com o relatório do mês de maio da FAESP (Federação das Associações Rurais do Estado de São Paulo), foram desembolsados cerca de R$ 318,9 bilhões em recursos do Plano Safra 23/24, o que representa 88% do valor total anunciado.

O que mudou no novo Plano Safra?

As taxas de juros foram o ponto de discussão do novo Plano Safra. O governo abriu mão da redução dos juros para aumentar os recursos para o setor.

As taxas de juros para custeio e comercialização ficaram em 8% ao ano para os médios produtores. Para investimentos, as taxas de juros ficaram entre 7% e 12% ao ano.

Considerando o atual patamar da taxa básica de juros, a Selic, em comparação com o ano passado, de 13,7% para 10,5%, o setor entendia que havia espaço para reduzir os juros das linhas de crédito, sobretudo considerando as margens mais baixas dos agricultores com a queda do preço das commodities agrícolas.

Índice de commodities agrícolas do Bloomberg (branco), Soja (azul) e Milho (laranja). Fonte: Bloomberg

Qual ação do agronegócio investir no momento?

Apesar do cenário adverso para o setor de agronegócio, o Plano Safra é sempre benéfico para o setor. 

Dentre as companhias do setor agrícola negociadas na Bolsa, temos uma preferência especial pela Kepler Weber (KEPL3), que pode ser beneficiada pelo Plano Safra.

KEPL3: recomendação de compra

A Kepler Weber se beneficia diretamente com o Plano Safra por meio da linha PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns), cuja linha de financiamento representa aproximadamente 15% da receita total da companhia.

Para o PCA 24/25, estão programados recursos de R$ 7,8 bilhões, um aumento de +17% em relação aos R$ 6,6 bilhões que foram previstos no plano anterior.

As taxas continuaram as mesmas, entre 7% e 8,5% ao ano, dependendo do programa. Entretanto, o prazo máximo foi reduzido de 12 anos para 10 anos, com uma carência máxima de dois anos.

O ponto mais questionado no PCA pelas associações do setor foi o montante baixo devido ao déficit de armazenamento de mais de 100 milhões de toneladas no país.

Apesar de sermos uma potência do agro, a capacidade de armazenagem do Brasil ainda é baixa em comparação com outras grandes potências do mundo. 

Apesar de uma perspectiva otimista, essa realidade não deve ser modificada na década seguinte.

Fonte: COGO Inteligência em Agronegócio. Elaboração: Kepler Weber

A produção agrícola do Brasil tem crescido mais que a capacidade de armazenamento. Mesmo dobrando a capacidade de armazenagem na próxima década, o país ainda continuará com déficit.

É por meio do elevado déficit de armazenagem do Brasil, que a Kepler vai aproveitar os 40% do market share do mercado de silos para continuar crescendo.

Fonte: Kepler Weber

A visibilidade de crescimento para a companhia continua positiva, uma vez que o déficit de armazenagem no país mantém uma boa avenida de crescimento para a Kepler Weber.

Posicionada no setor mais resiliente da economia brasileira, a Kepler Weber é uma joia do agronegócio e está pronta para capturar as oportunidades da super década do agro brasileiro.

Lucrativa, rentável e com visibilidade de crescimento, reiteramos nossa recomendação de compra para Kepler Weber (KEPL3).

Fonte: Bloomberg

 produção agrícola do Brasil tem crescido mais que a capacidade de armazenamento.