Oi (OIBR3) reverte prejuízo e lucra R$ 15,1 bilhões no 2º trimestre. Veja se é hora de comprar
A Oi (OIBR3) reportou no 2T24, uma receita líquida de R$ 2,1 bilhões, uma queda de -13%, um Ebitda negativo de R$ -89 milhões, e um lucro líquido de R$ 15 milhões, revertendo o prejuízo de R$ -845 milhões. Todos os resultados foram comparados com o mesmo período em relação ao ano anterior.
Destaques resultados 2T24 Oi (OIBR3)
No trimestre, destacamos a dificuldade da Oi em avançar operacionalmente e os efeitos contábeis, que contribuíram para a empresa reportar um lucro no período.
A receita líquida foi pressionada pela queda de -23% da receita não-core, que inclui as receitas dos serviços legados de cobre e atacado regulado, bem como os de TV DTH e das subsidiárias.
O destaque negativo ficou para a queda de -8% das receitas core. Entre elas, a mais relevante é a Oi Fibra, que apresentou um recuo de -1% da receita líquida, reflexo da redução de -1% do ARPU (receita média por usuário), combinado com a baixa adição de casas conectadas.
Dessa forma, a receita líquida da Nova Oi encerrou o 2T24 em R$ 2,1 bilhões, uma queda de -13% na comparação anual.
O Ebitda de Rotina ficou negativo em R$ -89 milhões, devido aos custos e despesas em patamares mais elevados que a própria receita.
O lucro líquido da Oi totalizou R$ 15,1 milhões no 2T24 revertendo o prejuízo de R$ -845 milhões no 2T23. O lucro no período se deu pelo resultado financeiro positivo de R$ 15,6 milhões devido aos descontos das dívidas com os novos termos e condições aprovados no Plano de Recuperação Judicial.
Refletindo essa reestruturação das dívidas, com os novos termos e condições aprovados no Plano de Recuperação Judicial, a dívida bruta da Oi encerrou o 2T24 em R$ 8,6 bilhões, recuo de -64% na comparação anual.
O que esperar de Oi (OIBR3)?
Em recuperação judicial (pela segunda vez) e com dificuldades para avançar operacionalmente, as perspectivas continuam negativas para a Oi.
O ponto crucial e o maior desafio da Oi é conciliar a manutenção das suas operações, investimentos na expansão do seu core business e o pagamento dos juros e das dívidas.
Assim, sem a perspectiva de conseguir superar esse grande desafio, e diante dos riscos e competição do seu mercado de atuação, ficamos de fora da OIBR.
Dividendos e JCP de Oi (OIBR3)
A Oi não anunciou pagamento de proventos.
Qual o dividend yield de Oi (OIBR3)?
O dividend yield de Oi (OIBR3) dos últimos 12 meses é de zero..
Quem é Oi (OIBR3)?
A Oi foi fundada em 1998 como uma das primeiras empresas de telecomunicações do Brasil após a privatização do setor. Com a colaboração de bancos públicos e fundos de pensão, em 2008 a Telemar adquiriu a Brasil Telecom, dando origem à “Supertele” brasileira, em linha com a política das campeãs nacionais.
Em 2012, a empresa foi rebatizada como Oi e consolidou-se como uma das maiores operadoras de telecomunicações do Brasil, mas simultaneamente a dívida da companhia escalou em patamares relevantes.
Diante de dívidas impagáveis e investimentos ruins a Oi iniciou em 2016 o seu primeiro processo de recuperação judicial. Durante esse período, a empresa focou em reestruturar suas operações, incluindo a venda de ativos como a divisão móvel para reduzir dívidas e concentrar-se em seu core business de infraestrutura de fibra óptica. Entretanto, a melhora da situação financeira não foi suficiente e em 2024 a companhia iniciou pela segunda vez o processo de recuperação judicial.
Como faço para comprar ações da Oi (OIBR3)?
Para investir nas ações da Oi é necessário ter uma conta em uma corretora de valores. A empresa é negociada na B3 sob o ticker OIBR3.
Reiteramos que, no momento, não temos recomendação de compra para as ações da Oi.