​O governo federal anunciou a criação da Faixa 4 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCVM), destinada a famílias com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. Essa nova categoria permitirá o financiamento de imóveis de até R$ 500 mil, ampliando o acesso à casa própria para a classe média brasileira.​

A ampliação de programa para famílias com renda até R$ 12 mil é uma promessa de campanha do presidente Lula, que queria estender o acesso ao programa à classe média

Segundo o Estadão, a nova linha começou a ser costurada com o setor privado há pouco mais de um mês, quando o presidente se reuniu com os principais executivos das quatro construtoras que atuam no programa — MRV, Tenda, Direcional e Pacaembu e prometeu expandir o programa.

Detalhes da “Faixa 4” do Minha Casa, Minha Vida

A Faixa 4 foi criada para atender famílias com renda de R$ 8 mil a R$ 12 mil mensais. Com essa ampliação, o valor máximo dos imóveis financiáveis aumenta de R$ 350 mil para R$ 500 mil.

Os juros da Faixa 4 serão de cerca de 10% ao ano, acima da praticada nas Faixas 1 a 3 (de 4% a 8%), mas, ainda assim, abaixo das praticadas no mercado fora do programa, que gira em torno de 12% atualmente. 

Fontes de financiamento da Faixa 4 

Os recursos para a ampliação do programa MCMV deverão totalizar cerca de R$ 20 bilhões, segundo a Folha. A fonte de financiamento deverá sair do Fundo Social do Pré-Sal (R$ 15 bilhões) e da Caixa Econômica (R$ 5 bilhões).

A expectativa do governo era de entregar 2 milhões de unidades habitacionais durante seus quatro anos de mandato. No entanto, com a nova modalidade, a projeção é de que este número agora possa chegar a 2,5 milhões de unidades.

Quando começa a valer a Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida?

A faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida entrou em vigor na última sexta-feira, 21, e teve quase 3 milhões de propostas solicitadas nos dois primeiros dias, com 29 milhões de simulações. As informações são da Folha de São Paulo.

MRVE3 e a nova faixa do Minha Casa, Minha Vida

A MRV (MRVE3) é atualmente a maior construtora do programa habitacional. A única parte que não contribui com seus resultados da companhia refere-se ao lançamento de uma linha de crédito para as famílias reformarem suas casas. No entanto, esta iniciativa deve receber apenas R$ 3 bilhões, segundo o Estadão.