A mineração de criptomoedas é o processo para criação desses ativos digitais. Uma rede de usuários utiliza recursos de computação para resolver cálculos matemáticos extremamente complexos e validar um conjunto de transações, obtendo recompensas em criptomoedas durante a operação conforme o êxito obtido. Saiba mais no artigo!

A mineração de criptomoedas envolve o cálculo necessário para criar uma moeda digital, realizado por meio de microprocessadores. Esse processo consome eletricidade e resulta na validação de blocos de transações, recebendo, como recompensa, novas moedas criadas com a finalidade de pagar o trabalho.

Sua principal referência é o bitcoin Quanto mais computadores tentam validar transações, mais difícil se torna, pois a dificuldade do cálculo se ajusta à quantidade de poder computacional empregado na validação de blocos de transações.

Logo abaixo, preparamos um conteúdo com as principais informações para quem deseja se aprofundar em criptoativos. Explore um dos conceitos fundamentais para começar a investir!

O que é mineração de criptomoedas?

A mineração de criptomoedas é o processo para criação da moeda virtual que usa o trabalho de computadores para resolver problemas matemáticos e algoritmos criptográficos. Com isso, existe o consumo de energia e esforço computacional.

Para ilustrar, uma nota de real vem com um número de série na parte de baixo, que indica o registro daquela cédula no Banco Central do Brasil (BCB). Por sua vez, um bitcoin não tem uma autoridade centralizadora para fazer essa contabilidade das moedas em circulação.

Além disso, o dinheiro virtual não é transferido de mão em mão, como uma cédula poderia ser. É preciso realizar a alteração em registros digitais, que também precisam se submeter a fiscalização. Neste caso, não se trata de órgãos públicos, mas sim de computadores que validam as transações.

A tecnologia blockchain, empregada pelo bitcoin e outras criptomoedas, permite que esses procedimentos - o registro da existência das moedas e das transações - sejam executados por qualquer dispositivo que deseje se conectar à rede. Este é um formato descentralizado, ao contrário do sistema utilizado pelas moedas tradicionais de cada país.

A partir disso, os participantes são recompensados com a geração de moedas, à medida que as transações são validadas e novas moedas são produzidas. A mineração de criptomoedas é a participação na rede, contribuindo para o esforço computacional e recebendo conforme a distribuição de ganhos.

Como funciona a mineração de criptomoedas?

A mineração de criptomoedas funciona com premiações. Cada vez que um dispositivo resolve os problemas matemáticos com sucesso, existe o direito de adicionar um bloco de transações à blockchain. Com isso, recebe-se uma quantidade de criptomoeda.

Cada minerador recebe um problema matemático próprio, que varia de acordo com as informações que ele incluiu no bloco, como as transações que ele incluiu para validar, o valor transacionado, os endereços de origem e destino, etc.

Os blocos são agrupamentos de informações e transações da rede. Cada bloco validado recebe uma assinatura criptográfica, chamada Hash. Com isso, esses blocos são indissociáveis à medida que o posterior faz referência aos dados do anterior, contendo o Hash do bloco anterior nele.

Por exemplo, se uma pessoa tentar transferir duas vezes a mesma moeda, não seria possível porque a saída já foi registrada em um bloco anterior. Logo, não será validada no seguinte.

Essa validação acontece com base no consenso entre os dispositivos da rede. Todos estão realizando o cálculo, e a conta precisa estar correta para uma nova transação ser registrada na blockchain.

Os outros computadores são responsáveis por verificar as resoluções propostas pelos mineradores para cada bloco e, caso haja consenso na verificação, o bloco é inserido na blockchain. Com isso, a recompensa é dada ao minerador responsável pela validação do bloco. Essa recompensa é a única forma em que se emitem novas criptomoedas.

A segurança do processo reside em não ser possível fraudar a maioria dos dispositivos, devido à presença de milhares a dezenas de milhares de computadores, minerando ou participando da rede de outra maneira.

Para que serve?

A mineração de criptomoedas apresenta funções importantes para o funcionamento das criptomoedas.

Descentralizar o controle sobre o dinheiro

A atividade atrai usuários e permite a criação de um sistema descentralizado para autenticar as transações. Nesse modelo, não há um governo que poderia influenciar o valor da moeda simplesmente com a emissão de novas cédulas.

Oferecer segurança contra fraudes

A mineração dá suporte ao processo de auditoria com livros públicos na rede da criptomoeda. Por isso, é um dos fatores para segurança e transparência do modelo.

Gerar escassez na moeda digital

A segurança quanto à escassez da moeda também é garantida. É preciso empregar recursos de energia e processamento para criar o dinheiro virtual. Além disso, a distribuição de recompensas se torna mais escassa com o tempo. A recompensa por bloco minerado é reduzida à metade de tempos em tempos.

Em 2009, quando o bitcoin começou, era possível minerar 50 BTC por bloco resolvido. Porém, a programação foi prevista para que esse ganho fosse reduzido pela metade a cada 210.00 blocos validados, o que acontece em torno de 4 anos, procedimento chamado de “halving”.

Atualmente, o mais comum é o minerador atuar em um grupo de usuários, chamado de pool. Assim, ao gerar um novo bloco, a tendência é o ganho proporcional dentro dessa rede.

Quais são as principais criptomoedas?

As principais criptomoedas são o Bitcoin e o Ethereum. Ambas apresentam um mercado com trilhões de reais em capitalização.

5 principais criptomoedas em capitalização de mercado:

  • Bitcoin (BTC) — R$ 6,6 trilhões;
  • Ethereum (ETH) — R$ 2,2 trilhões;
  • Tether (USDT) — R$ 626 bilhões;
  • BNB (BNB) — R$ 468 bilhões;
  • Solana (SOL) — R$ 363 bilhões;

Os dados são de junho de 2024 e variam bastante pela volatilidade do mercado das criptomoedas. É comum haver disparadas e quedas bruscas de preços.

Como fazer a mineração de criptomoedas?

A mineração de criptomoedas exige um software adequado para a mineração e uma carteira virtual para armazenar os ativos (wallet). Além disso, quanto mais difícil for o processo, maior será a demanda por dispositivos complexos, como placas de vídeo robustas ou circuitos integrados de aplicação específica.

Existe uma relação de custo-benefício entre a mineração e o consumo de energia elétrica. Por isso, nas criptomoedas mais concorridas, os circuitos integrados de aplicação específica (application-specific integrated circuit - ASICs) são bastante utilizadas por serem criadas para realizar a mineração com o máximo de eficiência.

No caso do bitcoin, por exemplo, só é possível minerar hoje em dia com uma máquina ASICs, cujo preço ultrapassa os US$ 3.000. 

Uma segunda solução cada vez mais associada à mineração de criptomoedas são as placas de energia solar. Nesse caso, a relação de custo-benefício está relacionada à manutenção dos painéis.

O que é preciso para minerar criptomoedas?

Os softwares e hardwares necessários para minerar bitcoin são:

  • computador com placas de vídeo (GPUs);
  • (ou) circuitos integrados de aplicação específica (ASICs);
  • software de mineração;
  • carteira de criptomoedas.

As criptomoedas começam com a possibilidade de mineração por qualquer pessoa em dispositivos domésticos. Porém, à medida que as moedas são geradas e a dificuldade aumenta com o tempo, é necessário criar verdadeiros processos industriais.

Fazendas de bitcoins

As fazendas são esses sistemas com vários dispositivos otimizados para realizar a mineração e minimizar o gasto com energia. As mais famosas são as fazendas de bitcoins, onde ligam-se de centenas a milhares de máquinas simultaneamente.

Pools de mineradores

Os pools são espaços digitais para mineração em grupo. Assim, o processo é facilitado, ao mesmo tempo, em que os ganhos são compartilhados entre os envolvidos.

Quanto ganha um minerador?

A mineração de criptomoedas gera um prejuízo de curto prazo, considerando o bitcoin. A receita média de uma ASIC é de R$ 14.200,00, enquanto o gasto energético é de 3.250 watts, aproximadamente R$ 20.000,00, segundo Mercado Bitcoin.

Isso varia de acordo com a quantidade de máquinas que se tem na fazenda, o preço que se paga pela energia elétrica, além de outros custos, como impostos, gasto com refrigeração do ambiente, manutenção, entre outros.

Redução de custos

Algumas soluções podem reduzir custos e tornar a operação mais rentável:

  • buscar países com tarifa de energia mais baixa;
  • instalar placas solares;
  • realizar a mineração em grupos, chamados de pool de mineração.

Fator sorte na mineração de criptomoedas

Em muitos casos, o fator sorte influencia nos resultados. Na bitcoin, por exemplo, existem duas formas de remuneração: o trabalho realizado para validar transações e a resolução de blocos para criar novas moedas.

O processo de cálculo ocorre por tentativa e erro. Por isso, pode acontecer de uma pessoa resolver o bloco com poucos concorrentes, recebendo uma parcela mais significativa dos bitcoins gerados.

Em contrapartida, há aqueles que preferem participar do pool de mineradores, recebendo ganhos proporcionais e mais previsíveis.

Valorização das criptomoedas

Uma terceira possibilidade é o ganho com a valorização da criptomoeda no longo prazo. Isto é, mesmo que tenha um prejuízo inicial, o minerador pode armazenar os ativos adquiridos para o futuro.

Busca por novas moedas

Por fim, o interessado pode ter ganhos ao buscar moedas em estágio inicial. Assim, os custos podem ser menores que nos ativos que já estão estabelecidos e passaram por várias mudanças programadas que dificultam a mineração.

Qualquer criptomoeda pode ser minerada?

A mineração não é um processo aplicável a todas as criptomoedas no mercado. Além disso, pode adotar diferentes modelos de trabalho.

Prova de trabalho (Proof of Work - PoW)

O modelo adotado pela Bitcoin é chamado de prova de trabalho. É o mais tradicional de mineração de criptomoedas, pois exige a realização de cálculos e esforço computacional para receber os recursos.

No PoW, os mineradores competem para resolver problemas matemáticos complexos. O primeiro a resolver o dilema valida um bloco de transações e o adiciona à blockchain. Além disso, existem ganhos com taxas de transação que incentivam a participação na rede.

Prova de Participação (Proof of Stake)

A prova de participação é um sistema alternativo em que os usuários devem oferecer criptomoedas como garantia. Assim, a validação acontece com a seleção de mineradores entre esses “apostadores”.

Se a pessoa que deu a garantia e foi selecionada tentar fraudar o sistema, a validação pela maioria impedirá a prática, gerando a perda da garantia empenhada. A lógica é que as pessoas vão agir corretamente para não perder as moedas colocadas à disposição da rede, possibilitando a validação das transações.

Esse processo exige um poder computacional mínimo e torna mais acessível do ponto de vista tecnológico. Porém, o mínimo a se depositar de participação para se tornar um validador varia de blockchain para blockchain.

Os principais exemplos de moeda com esse perfil são Ethereum (ETH), Cardano (ADA) e Solana (SOL).

Ofertas iniciais

A criação de criptomoedas abre mão da mineração quando ocorre uma oferta inicial ao mercado. Nesse caso, existe uma quantidade finita de ativos, sendo utilizados para captação de recursos com os interessados — que compram as unidades oferecidas.

Criptoativos

O sistema da blockchain também pode ser empregado para criação de outros ativos digitais, como tokens e criptoativos.

Os NFTs, por exemplo, são registros digitais, geralmente criados a partir da blockchain do Ethereum, que individualizam um arquivo. Com isso, se cria um bem escasso que pode ser negociado, como o original de uma imagem, música, código de programação ou vídeo.

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Quais os impactos da mineração de cripto no meio ambiente?

A mineração de criptomoedas consome energia elétrica e exige recursos de computação. Tais recursos causam um impacto ambiental relevante, especialmente quando a dificuldade para obter as recompensas aumenta.

Além disso, muitos países demandam combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, para produção de energia. Por isso, uma das críticas, principalmente à prova de trabalho, é o consumo de energia.

Uma polêmica adicional é, em tese, existirem alternativas com menos impacto para produzir criptomoedas. Um exemplo é a oferta inicial, na qual a captação de recursos acontece similarmente a um IPO de ações.

Em favor da mineração de criptomoedas, pesa o fato de outros processos produtivos também demandarem recursos e materiais. Além disso, a exigência de energia elétrica cria uma barreira para limitação de criptomoedas em circulação, gerando uma maior segurança e protegendo a moeda virtual contra a emissão arbitrária de dinheiro e a possíveis ataques hackers.

Como escolher as melhores criptos para investir?

A escolha das melhores criptomoedas exige alguns cuidados por parte do investidor.

Tome cuidado com fraudes

O ideal é utilizar meios regulados, como corretoras de valores e exchanges, para realizar o investimento em criptomoedas. As corretoras de valores, atualmente, oferecem serviços de aplicação em criptoativos, enquanto as exchanges são ambientes de negócios especializados na compra e venda entre usuários.

Comece escolhendo as principais criptomoedas

Se você é novo no investimento em criptoativos, o ideal é que comece pelas moedas mais consolidadas no mercado, que têm histórico mais longo de funcionamento e maior aceitação do público, tanto investidores quanto analistas.

Busque propostas tecnológicas com impacto real

O mundo dos criptoativos é cheio de promessas e propostas. Busque estudar os ativos e entender se os mesmos entregam algo de novo e útil para o mercado ou para os consumidores. É assim que se encontram bons ativos.

Busque a lucratividade no longo prazo

Os investidores também costumam buscar criptomoedas mais tradicionais, como Bitcoin e Ether. Nesse caso, uma possibilidade é a compra para, superando as oscilações momentâneas, buscar ganhos no médio e longo prazo.

Estude a operação com criptomoedas

O investimento em criptomoedas é procurado por pessoas que buscam uma rentabilidade mais expressiva. No entanto, pode ser mais complexo que outras opções no mercado, como a renda fixa e o mercado de ações.

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A mineração de criptomoedas é uma das formas de atuar nesse segmento de mercado. Porém, o investidor comum também pode atuar com criptomoedas. Esse segmento é uma boa alternativa para diversificação da carteira, assumindo riscos em uma parte dos investimentos em troca de um potencial de ganhos expressivos.

Agora que você já foi apresentado a esse mercado, conheça a assinatura Nord Crypto Master e tenha uma preparação completa para melhorar os seus resultados no segmento de criptomoedas!

Resumindo

Como funciona a mineração de criptomoeda?

A mineração de criptomoeda acontece com a resolução de problemas matemáticos e algoritmos criptográficos. Essa atividade é necessária para criar novas moedas e validar transações, de modo que os participantes são recompensados com a distribuição com o dinheiro virtual.

Como fazer mineração de criptomoedas?

A mineração de criptomoeda exige um software específico e a carteira virtual. Além disso, o usuário pode participar de espaços virtuais para facilitar o processo, chamados de pools de mineradores, tendo ganhos proporcionais à contribuição.

O que preciso para começar a minerar criptomoedas?

A mineração de criptomoedas não exige um computador com placas de vídeo (GPU). Contudo, o processo costuma ser programado para ficar mais difícil com o tempo. Assim, no caso da Bitcoin, já são usados computadores especiais, chamados de circuitos integrados de aplicação específica (ASICs).