O investidor que, ao longo dos últimos anos, vem mantendo uma predileção pelo mercado americano tem sido recorrentemente recompensado mais do que em qualquer outro mercado. No entanto, esse mesmo investidor vem se surpreendendo negativamente com o começo de 2025 — e o recém-iniciado mandato do presidente Trump.

Após a eleição do republicano, o mercado disparou com os “espíritos animais” do mercado vibrando. No entanto, neste ano, a realidade mudou. O S&P 500 já desvalorizou -7% de suas máximas em 19 de fevereiro. 

Recessão à vista? O que o mercado está sinalizando

Dados econômicos mais fracos que o esperado, preocupações quanto a uma possível aceleração da inflação e especulações sobre uma eventual recessão nos EUA têm impactado negativamente o mercado. 

Além disso, um cenário geopolítico conturbado, marcado por debates tarifários entre os Estados Unidos e diversos de seus parceiros comerciais, elevou o medo dos participantes de mercado.

 Retorno acumulado ajustado do mercado americano. Fonte: Morningstar, Kaplan, Ibbotson

Mas esta não é a primeira vez, e muito menos a última, que o mercado é tomado por um clima hostil ao investidor. 

Crises passam, mas os bons investidores prosperam

Não faltam exemplos de crises ao longo da história — como podemos ver na imagem acima. O principal ensinamento que as crises nos deram é que os investidores que foram pacientes foram muito bem recompensados.

O engajamento que o Trump gera na mídia é um feito de se tirar o chapéu. Na segunda-feira, ele quer impor tarifas; na terça-feira, reconsidera sua decisão; no entanto, na quarta-feira, ele acorda voltando com o assunto das tarifas. Isso é um oceano de conteúdo fácil e reciclável. 

Mas essa estratégia do presidente em usar tarifas/impostos como moeda de troca deixa os investidores de cabelo em pé. Ora você precisa corrigir os modelos para levarem em conta as tarifas nas projeções, ora você volta atrás. Incertezas são coisas que o investidor comum não gosta nem um pouco.

 Performance do S&P no primeiro e segundo mandato do Trump nos 9 primeiros meses. Fonte: Zerohedge

O investidor que compra ações deveria ser um apaixonado por incertezas. O desempenho da renda variável, assim como a maioria das estratégias e filosofias de investimento a ela associadas, está intrinsecamente vinculado às incertezas do mercado. 

As “assimetrias” (termo bonito, né?) são viabilizadas por erros nos consensos. Consequentemente, as incertezas viabilizam os ganhos acima da média no mercado de ações. 

O começo do mandato do Trump 2 tem sido muito parecido com o Trump 1. Seu discurso pró-américa e contra o livre mercado assusta investidores hoje da mesma maneira que assustou em 2017. Curiosamente, quando sobrepostos, os gráficos de performance do índice são muito parecidos nos dois mandatos. 

A grande questão é se a história vai se repetir, ou se mergulharemos em uma crise mais profunda como as vistas anteriormente. 

Ação da Nvidia (NVDC34) despenca -27%, mas outra gigante pode disparar

Em meio a todas as incertezas macroeconômicas, a Nvidia (NVDC34) é um exemplo caricato que consegue absorver as narrativas pelas quais o mercado tem passado nos últimos anos. Ela incorporou a narrativa do crescimento exponencial da IA por meio de seu desempenho robusto nos últimos anos. Ao mesmo tempo, ela também incorpora os receios com tarifas e retaliações. 

Desde suas máximas, a empresa já acumula aproximadamente -27% de quedas. Mesmo tendo apresentado ótimos resultados, o mercado vem levantando cada vez mais dúvidas sobre a empresa. Consequência direta do humor e das incertezas nas relações de trocas globais. 

No caso da Nvidia, ela não é afetada diretamente por tarifas (ainda). Mas quando uma nação impõe tarifas adicionais a outra, existe um risco relevante de uma retaliação tarifária. Nesse caso, o receio do mercado é de que a China possa retaliar, aumentando as tarifas impostas a empresas norte-americanas. Nesse caso, haveria impacto.

Outro ponto menos comentado, mas que pode ter um impacto ainda maior que tarifas, é que muitos dos chips Blackwell (os mais avançados da Nvidia) estão chegando à China. A venda direta deles para o país é proibida. Mesmo assim, empresas chinesas estão conseguindo driblar as regulações e importar esses produtos por meio de companhias de fachada. Isso pode levar a uma regulamentação mais rígida. 

Incertezas agindo a favor daqueles com uma orientação de mais longo prazo. Essa oportunidade que enxergamos não é na Nvidia. Mas ela é fruto das quedas recentes da empresa que vem puxando o setor de semicondutores para baixo como um todo. 

Uma grande oportunidade que o mercado está nos dando é em uma companhia que vem caindo nas graças do presidente Trump. Inclusive, o próprio presidente participou de um importante anúncio da empresa que irá destinar US$ 100 bilhões de dólares em novos investimentos no país. 

Um acordo feito a quatro mãos com a própria presidência. Agradando ao presidente, gerando empregos nos EUA e se aproximando de seus clientes. Vemos essas recentes quedas no mercado americano como uma excelente oportunidade para comprar as ações da TSMC (TSMC34). 

TSMC34: a empresa mais poderosa do mundo está em promoção

Assim como a Nvidia, as ações da TSMC caíram mais de -20% desde suas máximas. Mas a empresa segue entregando excelentes resultados e melhorando as perspectivas para o seu futuro. 

Com estes US$ 100 bilhões que a empresa deve investir nos EUA, serão construídas três novas fábricas de semicondutores, dois centros de advanced packaging e um centro de pesquisa e desenvolvimento. Isso totaliza US$ 165 bilhões de investimentos que serão realizados pela companhia nos EUA — sendo US$ 65 bilhões para três fábricas anunciadas nos últimos anos. 

Nas palavras do presidente americano, a TSMC é a empresa “mais poderosa do mundo”. Ela viabiliza a fabricação dos chips mais importantes do planeta. Quase um monopólio no mercado em que atua. 

Com as recentes quedas, suas ações passaram a negociar a apenas 22x o lucro da empresa nos últimos 12 meses. Olhando para o final do ano, as ações estão negociando a apenas 17x o lucro projetado de 2025. Isso é menos do que a média do S&P 500 hoje. Um desconto relevante em relação à média, para uma companhia muito acima da média. 

Jamais deixe uma boa crise ser desperdiçada. Aproveite para plantar bons frutos a serem colhidos no futuro. Se você investe pensando na próxima semana, boa sorte. Caso você invista pensando no longo prazo, aproveite sempre as oportunidades que o mercado, e suas incertezas, nos dão.

Aproveitando as assimetrias que aparecem

Você deve guardar um espaço na sua carteira para aquelas oportunidades únicas e raras. 

Seu portfólio tem que ser dinâmico, flexível e oportunista. 

As caixinhas de alocação estáticas no tempo vão acumular oportunidades perdidas. Não vão entrar na bolsa quando os preços estiverem em promoção.

Se você precisa de ajuda para reconhecer as oportunidades quando elas aparecem, eu te convido para conhecer o combo mais desejado por um preço acessível.

O Nord Advisor traz um relatório de alocação que mostra quanto alocar em uma carteira conservadora, moderada e agressiva, mas que muda essas alocações ao longo do tempo, além de recomendar operações oportunistas com potencial grande de retorno. 

Desbloqueie agora o seu acesso vitalício às melhores oportunidades em ações Brasil, ações internacionais, renda fixa premium, fundos de investimento e FIIs.

Como bônus, neste mês, estamos presenteando os assinantes com a série Nord Crypto Master.