Todos os dias, o meu número de WhatsApp é bombardeado de perguntas que, curiosamente, têm uma estrutura bastante parecida. Um quarto dessas mensagens começa mais ou menos assim:

"Marilia, encontrei um fundo/ativo/título/ação que teve uma performance incrível nos últimos seis meses. Você acha que seria uma boa ideia ter esse ativo na minha carteira?"

Sempre que leio algo do tipo, minha mente viaja para uma época divertida, em que meu marido e eu costumávamos pegar o carro e dirigir de São Paulo ao Rio praticamente todos os finais de semana.

Ele, é claro, insistia em dirigir e, na volta para casa, fazíamos uma pequena competição: quem conseguia prever com maior precisão o horário de chegada, baseado na média de velocidade da viagem. A aposta era pequena, mas o orgulho estava em jogo.

Contudo, prever o horário de chegada não era tão simples quanto parecia. Não podíamos apenas pegar a média de velocidade até aquele ponto e extrapolar para o restante do caminho. Sabíamos que a nossa média, até certo ponto, era excelente, sobretudo na reta final do Rio, até um trecho que apelidamos carinhosamente de "a cidade que nunca acaba".

Esse trecho se referia a São José dos Campos. E, meu amigo, era o verdadeiro inferno na terra! A estrada atravessava a cidade, cortando bairros, até se transformar numa avenida local, com um trânsito intenso e velocidade reduzida. Os carros que entravam e saíam ali pareciam mover-se a passos de tartaruga, enquanto nós olhávamos a nossa média de velocidade despencar.

Sempre que voltava do Rio, precisávamos levar São José em consideração nas nossas previsões. Do contrário, a derrota era certa — e o perdedor ainda tinha que pagar o jantar!

A analogia é clara: focar nos últimos seis meses de performance de um ativo é como se concentrar apenas no trecho da estrada onde nossa média de velocidade era alta. No entanto, assim como na viagem, depositar muita confiança nesse trecho pode ser uma armadilha.

O maior erro do investidor nesse momento

Extrapolar no passado para prever o futuro, muitas vezes, leva ao erro. Existem situações em que a continuidade é previsível, mas outras não seguem nenhuma lógica linear. Assim como São José dos Campos nos lembrava de que o caminho poderia mudar drasticamente, o mercado financeiro também tem seus "pontos de inflexão" inesperados.

No mundo dos investimentos, olhar para o desempenho passado de um ativo não oferece qualquer garantia quanto ao seu futuro. Por isso, os órgãos reguladores exigem aquele aviso famoso em qualquer análise de investimento: "Os retornos passados não são garantias de retornos futuros."

O objetivo desse aviso é treinar os investidores a se concentrarem no que realmente é importante: o cenário futuro. A economia é cíclica, alternando entre períodos de recessão e crescimento. Em certos momentos, a Bolsa pode ser um ótimo investimento; em outros, pode se tornar um pesadelo. Depende dos fatores econômicos e políticos que ditam o humor do mercado.

No entanto, muitos pequenos investidores têm uma obsessão pelo desempenho passado. Por causa disso, eles são os mais prejudicados quando uma bolha estoura.

E por que esse erro pode ser um divisor de águas para o investidor?

Por exemplo, quais foram os grandes perdedores na crise do subprime em 2008? Os pequenos investidores que compraram MBS (Mortgage-Backed Securities) quando bancos e fundos estavam se desfazendo deles.

Exemplos como esse mostram que, no mercado financeiro, é fundamental olhar para frente e entender o que pode mudar, sem se deixar seduzir pelo brilho do passado.

Saiba como não perder dinheiro neste momento

Quando estiver avaliando se um ativo é uma boa escolha para sua carteira, deixe de lado a performance passada.

A questão central a ser considerada é: "As perspectivas de valorização desse ativo ainda são promissoras? Este ativo oferece uma boa relação de risco x retorno daqui para frente?".

Essa deve ser a sua preocupação número um, dois e três.

Foque no futuro! Sempre no futuro!

O passado já foi e não volta mais. As condições econômicas que existiram até agora não vão se repetir.

Por exemplo, recentemente tivemos um dos maiores fechamentos de spread de crédito que já vi. Parte se deu porque os spreads estavam muito altos depois da fraude das Lojas Americanas (AMER3) e recuperação judicial da Light (LIGT3). A outra parte se deu pela queda forte que veio com a alteração da legislação sobre fundos exclusivos e o pagamento de impostos. 

Quando olhamos a performance recente dos fundos de crédito, vemos uma excelente foto. Mas isso se deu exatamente por esse passado recente que não vai voltar a acontecer. 

Daqui para frente temos um mercado de crédito com spreads muito baixos e até perigosos, com emissores que antes não acessavam o mercado sendo oferecidos como "seguros". 

A performance boa desses fundos irá se manter? Improvável. 

Então você deveria se posicionar para isso? 

Na minha visão, não!

Os melhores investimentos para fazer agora

Agora pode ser a sua vez. A Bolsa brasileira demorou muito para subir porque o ciclo de alta da Selic reduziu sua atratividade e o risco fiscal está mantendo as taxas altas por mais tempo. A taxa de juro americana também subiu bastante, prejudicando o fluxo de investimentos externos para o Brasil. 

Isso deve se repetir daqui para frente? Muito provavelmente não. 

Agora veremos os juros americanos caírem, reduzindo a pressão nos fluxos estrangeiros. 

A economia brasileira está se mostrando bem resiliente, com dados de consumo, varejo e emprego surpreendendo positivamente o mercado. Ao mesmo tempo, a inflação está desacelerando e, embora não deva chegar ao centro da meta, não está mostrando nenhum sinal de aceleração. 

Os resultados das empresas têm vindo consistentes, com surpresas positivas em mais de 50% dos casos. Os múltiplos estão baixos, tornando a bolsa brasileira uma das mais baratas do mundo. 

Os investidores perderam sua fé na Bolsa depois de três anos de lado. O mercado está pouco posicionado. 

"Sofri muito na Bolsa, devo sair?"

Não! 

Olhando para o retrovisor, a Bolsa realmente demorou bastante para melhorar. Ficou no meio de uma alta dos juros americanos e uma piora fiscal no Brasil. 

Mas se olharmos para frente podemos ter novas perspectivas, sobretudo para as empresas mais sensíveis à taxa de juros, como as empresas do Nord 10X, que você já sabe que são minhas favoritas. 

Em renda fixa, não estamos mais entrando em crédito privado. Estamos preferindo a liquidez diária dos títulos do governo, com os títulos IPCA+ que podem se beneficiar de uma redução dos prêmios de risco. 

Resumindo, se posicione para os melhores cenários futuros! As teses passadas já aconteceram e quem ganhou com isso, já ganhou!

Últimos dias para assinar a Nord por 6 anos 

Além de estar barata, a Bolsa brasileira tem ventos favoráveis que podem impulsionar seus preços nos próximos meses. Quem se posicionar a partir de agora pode "surfar" esse movimento. 

A promoção de aniversário está acabando, esta talvez seja a ÚLTIMA OPORTUNIDADE para acessar os melhores investimentos em ações e outros ativos recomendados na estratégia do Nord Supreme (a série mais completa da Nord).

O Supreme libera seu acesso a todas as séries (carteiras) existentes hoje, incluindo as minhas recomendações no Renda Fixa PRO.

Você tem 30 dias para testar sem compromisso e garantir 6 anos de acesso pagando apenas 1 ano.

O pagamento é feito uma única vez (pode ser em até 12 vezes), mas o acesso fica disponível até 2030 sem nenhum novo pagamento.

Ou seja, você desbloqueia todas as assinaturas da Nord por 6 anos, pagando menos do que custa 1 ano. É uma condição inacreditável de aniversário. Obviamente, não faremos mais essa promoção no futuro.