As ações do Magazine Luiza (MGLU3) têm mostrado uma recuperação em 2025, acumulando alta de +18% no ano e sendo negociadas a R$ 7,68. 

Esse movimento positivo está relacionado à queda dos juros futuros e à queda da popularidade do governo, fatores que impactam positivamente empresas do setor varejista. 

Apesar do movimento positivo no curto prazo, é necessário considerar os desafios macroeconômicos, como a manutenção de taxas de juros elevadas e possíveis aumentos na inadimplência, ao avaliar a compra da ação.

Temos uma recomendação Neutra para o Magazine Luiza. No varejo, enxergamos uma opção mais atrativa para investidores em Lojas Renner (LREN3).

Magalu entrega resultados sólidos, mas desafios continuam

O Magazine Luiza reportou resultados sólidos no 3T24, mostrando uma recuperação da receita e uma melhora na rentabilidade com base em ajustes de preços e alavancagem operacional.

Apesar de um desempenho ainda moderado, a empresa registrou um lucro líquido ajustado de R$ 70 milhões no 3T24, o que reverteu o prejuízo de R$ 143 milhões visto no mesmo período de 2023.

A combinação de crescimento nas vendas, especialmente nas lojas físicas, e a melhoria nas margens operacionais indicam uma possível trajetória positiva para a varejista.

Entretanto, após as dificuldades impostas pela deterioração do cenário macroeconômico de 2021 em diante, a companhia tem reduzido o número de lojas físicas e se tornado cada dia mais dependente da operação on-line

No ambiente digital, a concorrência torna-se ainda mais acirrada, abrangendo não apenas os próprios fornecedores dos produtos, mas também outras varejistas locais e, sobretudo, grandes plataformas internacionais, como Mercado Livre, Amazon, AliExpress, entre outras.

Apesar da alta acumulada no começo deste ano, desde a máxima alcançada no fim de 2020, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) acumulam uma queda de mais de -97% e, atualmente, a empresa não tem a perspectiva de entregar um forte crescimento como entregou no passado (entre 2016 e 2019, quando resolveu mudar a sua estratégia, aumentar seu escopo de atuação e se digitalizar).

Além disso, o ambiente competitivo se deteriorou significativamente e, sem um plano de expansão, os resultados da varejista são altamente dependentes do cenário econômico. 

O que fazer com as ações do Magazine Luiza (MGLU3)?

Negociando a 11x Ebitda, um múltiplo que não é baixo para uma empresa que é hoje altamente cíclica e não possui tanta visibilidade de crescimento, recomendamos ficar de fora de MGLU3.

Nossa preferência no varejo é por Lojas Renner (LREN3), que possui uma perspectiva melhor e mais visibilidade de crescimento em seus resultados. 

A companhia vem entregando um forte crescimento nas vendas, expansão da margem bruta, alavancagem operacional e resultados positivos na Realize (sua financeira).

Encerrando o maior ciclo de investimentos da sua história (em que investiu forte em logística e tecnologia), a Renner está agora em outro patamar de competitividade e pronta para entregar um ciclo robusto e consistente de crescimento, continuando a ganhar market share, aumentando sua rentabilidade e geração de caixa. 

A companhia possui uma posição de caixa extremamente confortável e deverá acelerar o ritmo de abertura de lojas a partir do próximo ano (já mapearam mais de 440 cidades para entrar no futuro, só com a marca Renner).

Adicionalmente, a varejista chegou a mencionar que, eventualmente, pode adquirir novas marcas para incrementar o seu portfólio. 

Nos próximos anos, a Renner acredita que seja possível entregar um crescimento médio de +15% a.a., ou seja, um potencial para dobrar o lucro em 5 anos. 

Negociando a apenas 6x Ebitda, as ações LREN3 também sobem forte neste ano (+16%) e são vistas como uma excelente oportunidade de investimento.