Em busca de se equiparar aos múltiplos de seus pares internacionais, como Tyson FoodS (TSNF34) e Pilgrim’s Pride (PPC), a JBS (JBSS3) avançou com os planos de listar suas ações no exterior.

A companhia negocia a 6x Ebitda e seus pares internacionais negociam a uma média de 10x-12x Ebitda, o que faria uma reprecificação imediata em seus múltiplos, além de ampliar a visibilidade de um mercado que JBS já possui majoritariamente seu Ebitda (75% fora do Brasil).

A tentativa de listagem de empresas brasileiras no exterior não é novidade para o nosso mercado. Empresas como Nubank, Banco Inter e Locaweb sinalizaram recentemente o interesse de buscar investimentos lá fora e elevar a visibilidade de suas companhias.

É esperado que as companhias busquem acesso ao mercado de capitais nos EUA, que é muito líquido comparado ao Brasil, e capaz de reprecificar as companhias a múltiplos maiores — muitas vezes largadas e não reconhecidas pelo mercado brasileiro.

Para a JBS, além da reprecificação de múltiplos, a companhia busca também investimentos para sustentar o crescimento via aquisições e elevar seu faturamento no exterior.

Os atuais acionistas da companhia poderão escolher entre se manter detentores do BDR da JBS ou deter ações Classe A (direito a um voto por ação) ou classe B (direito a 10 votos por ação e conversíveis a qualquer momento) que serão listadas na NYSE.