O Itaú Unibanco (ITUB3) comprou uma fatia de 15% do capital da NeoSpace, uma startup especializada em inteligência artificial (IA) para o setor financeiro. A transação foi realizada por meio de uma rodada de investimento de US$ 18 milhões (o equivalente a R$ 105,7 milhões), liderada pelo Itaú, com a participação de investidores renomados. 

O objetivo é utilizar a tecnologia da NeoSpace para aprimorar recomendações personalizadas aos clientes e desenvolver produtos exclusivos nas plataformas digitais do banco. 

Principais pontos da parceria entre Itaú e NeoSpace

A NeoSpace foi fundada por Bruno Pierobon, Felipe Almeida e Gustavo Debs, criadores da Zup, empresa de tecnologia adquirida pelo Itaú em 2020. A startup desenvolve modelos de IA que compreendem as necessidades e comportamentos dos clientes, identificando oportunidades de personalização e aumentando a eficiência operacional. 

Com mais de 400 casos de uso de IA e uma equipe de 450 profissionais dedicados ao tema, o Itaú busca acelerar sua agenda de inovação e oferecer experiências bancárias mais personalizadas e eficientes. 

A NeoSpace está liderando o desenvolvimento de modelos de IA fundamentais para capacitar as instituições financeiras a aproveitar todo o potencial da IA. Com seus modelos especializados — NeoLang, NeoFin e NeoCredit —, possibilita que os bancos ofereçam interações altamente personalizadas, contextualizadas e relevantes. 

A parceria entre Itaú e NeoSpace representa um passo significativo na transformação digital do setor bancário, visando aprimorar a experiência do cliente e otimizar processos internos por meio da inteligência artificial.

Itaú compra fatia da Kanastra

Ainda na última semana, foi noticiado que o Itaú havia realizado um aporte minoritário na Kanastra, empresa de tecnologia e serviços para fundos e securitizações. O investimento foi feito por meio do CVC (Corporate Venture Capital) do banco, gerido pela Kinea. 

O Itaú era cliente da startup em diferentes áreas, como Itaú Asset (gestão de fundos) e tesouraria. Ainda que seja um aporte pequeno e pouco representativo para o maior banco da América Latina, a Kanastra poderá contribuir para que o Itaú continue investindo em crescimento e digitalização de seu segmento de fundos estruturados e securitizações.