No momento, a tensão entre Irã e Israel aumentou drasticamente após um ataque massivo do Irã a Israel, envolvendo o lançamento de mais de 200 drones e mísseis na terça-feira, 1° de outubro. Este ataque é considerado uma resposta à recente ofensiva israelense contra um complexo diplomático iraniano na Síria. Israel, em resposta, prometeu uma retaliação "surpreendente". 

Israel promete retaliação ao ataque do Irã

As forças militares de Israel estão em alerta, e o governo está discutindo a melhor forma de responder ao ataque, com apoio dos Estados Unidos, que também ativaram suas defesas para interceptar os projéteis. O Irã afirmou que os ataques contra Israel foram concluídos, mas o governo israelense está cauteloso quanto à possibilidade de novos confrontos. 

Escalada da tensão no Oriente Médio

O ataque do Irã a Israel marca uma escalada significativa nas tensões regionais, e há preocupações sobre o impacto que isso pode ter na estabilidade do Oriente Médio, com grupos aliados ao Irã, como o Hezbollah, também envolvidos em ataques na região.

Como a escalada do conflito no Oriente Médio pode impactar os preços do petróleo?

Após ter subido +18% nos primeiro meses, o Brent caiu forte e acumula uma queda de -3,5% neste ano. Caso ocorra uma escalada dos conflitos, pode ser que o petróleo volte a subir, beneficiando a ação da Petrobras (PETR4; PETR3), que está entregando uma elevada rentabilidade e distribuindo fartos dividendos recentemente.

Além de impactos diretos em ativos de risco, uma nova escalada do conflito poderia dificultar o combate global à inflação, devido à alta no preço do petróleo e combustíveis pelo mundo.

Por que existe tensão entre palestinos e israelenses?

O conflito entre Israel e Hamas faz parte de mais um capítulo sangrento da história entre Israel e Palestina — o combate mais duradouro da atualidade e que vai além das divisões políticas: é uma disputa por território. 

Em resumo, a região, localizada no Oriente Médio, é considerada sagrada por judeus, cristãos e muçulmanos, e pertencia, até o início do século XX, ao Império Otomano, também conhecido como Império Turco.

Após o fim da 1ª Guerra Mundial (1918) e com a dissolução do Império Otomano, o Reino Unido ficou responsável por criar um Estado judeu, atendendo ao movimento sionista, criado no fim do século XIX pela comunidade judaica europeia.

As promessas do Reino Unido resultaram em uma grande migração de judeus para o local ao longo dos anos, causando um grande incômodo para árabes e muçulmanos. A criação do Estado judeu, porém, ainda demorava a sair do papel.

Até que, depois do fim da 2ª Guerra Mundial (1945), com as tragédias causadas pelo nazismo e o holocausto (e uma pressão ainda maior dos judeus), a ONU tomou as rédeas. Em 1947, a Organização propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina — proposta que foi aceita pelos judeus, mas negada pelos árabes, principalmente por ficarem com terras com menos recursos. 

No ano seguinte, Israel foi reconhecida como país e desde então, há uma grande briga pelo território, com diversas guerras sendo travadas entre os dois povos.

O ataque contra Israel em outubro de 2023, entretanto, foi o maior dos últimos 50 anos, fazendo com que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarasse uma nova guerra contra o Hamas. Desde então, as tensões entre Irã e Israel aumentaram significativamente.