Inflação nos EUA sob pressão por alta de salários
Você já imaginou ganhar R$ 850.000 por ano para entregar correspondências e pacotes?
Pois bem, na terça-feira, 22, os funcionários da UPS, uma das maiores empresas de entrega de remessas e encomendas dos Estados Unidos, chegaram a um acordo que deve aumentar o salário de alguns dos motoristas/entregadores para esse montante.
O aumento será dividido em cinco anos, levando à compensação anual de US$ 145.000 (R$ 725.000) para US$ 170.000 (R$ 850.000). Vale lembrar que o americano médio ganha algo próximo de US$ 60.000 por ano (R$ 300.000).
Na mesma linha, a American Airlines anunciou um acordo com seus pilotos em que aprovou um aumento imediato de +21% no salário deles.
Em um período de quatro anos, a compensação anual dos pilotos vai subir +46%, custando nada menos do que US$ 9,6 bilhões à empresa. O valor ficou próximo do que a United Airlines conseguiu negociar recentemente com seus pilotos, um incremento de +40% ao longo de quatro anos.
Esses são apenas alguns exemplos de como o mercado de trabalho nos Estados Unidos está apertado.
Salários em alta colocam o Banco Central do país em uma situação complicada, visto que esses aumentos podem repercutir na economia do país, por meio de um aumento no consumo, mantendo a inflação em alta, justamente o que o FED não gostaria que acontecesse.
Parece que os juros não devem cair tão cedo, ao contrário do que muitos esperam.