5 ações que mais subiram e caíram em março no Ibovespa
Em março, o Ibovespa registrou queda de -0,71%. Das 86 ações que compõem o índice, 41 posições encerraram em alta e 45 em baixa.
O principal destaque positivo no mês foi a Embraer (EMBR3), com alta de +36,35%, enquanto a maior baixa foi para as ações do GPA (PCAR3), que caíram -26,55% no período.
Maiores altas de março
Empresa | Ticker | Var. (%) |
Embraer | EMBR3 | +36,35% |
Braskem | BRKM5 | +25,48% |
3R Petroleum | RRRP3 | +18,03% |
Natura & Co | NTCO3 | +13,99% |
Suzano | SUZB3 | +13,54% |
Maiores altas do Ibovespa no mês de março de 2024. Fonte: Bloomberg
1. Embraer (EMBR3) +36,35%
As ações da Embraer foram o grande destaque positivo de março (e um dos principais no ano) para o Ibovespa, com alta de +36,35%, em função dos pedidos acima das expectativas pela American Airlines, além da divulgação de resultados fortes no 4T23, que levaram diversos bancos a revisar suas projeções (e preços-alvo) para cima – em especial o Morgan Stanley, que dobrou a “aposta” na companhia, destacando seu potencial de ganhar mercado sobre o duopólio de Boeing e Airbus.
2. Braskem (BRKM5) +25,48%
Mais uma vez marcando presença no ranking mensal de maiores altas do Ibovespa (no último mês já havia subido +18,14%), a Braskem segue em movimento de recuperação após as quedas em janeiro, em função das notícias relacionadas ao evento geológico em Alagoas. Em março, o Santander elevou sua recomendação em BRKM5 para compra, com base em uma possível melhora dos resultados em 2024 e a potencial venda da fatia da Novonor (antiga Odebrecht), que ainda pertence à companhia.
3. 3R Petroleum (RRRP3) +18,03%
Na contramão da Petrobras, as ações da 3R Petroleum subiram +18,03% no mês, devido, em especial, aos bons resultados apresentados pela petroleira no 4T23, com sua receita líquida subindo +315% e seu Ebitda +518%, além de ter registrado um lucro líquido de R$ 407 milhões, revertendo o prejuízo de R$ -39 milhões no mesmo período do ano anterior. Além disso, o noticiário relacionado a uma possível fusão da 3R com um de seus pares, segue impulsionando seus papéis.
4. Natura & Co (NTCO3) +13,99%
Mesmo com seu prejuízo crescendo +199% no 4T23, em função do aumento de +23% no resultado financeiro (negativo), a Natura viu suas ações subirem +13,99% no mês. Os números, entretanto, foram impactados negativamente pela perda de capital com a venda da The Body Shop, que, em contrapartida, contribuiu para um forte incremento na posição de caixa da companhia, fazendo com que encerrasse o trimestre com um caixa líquido (mais caixa do que dívida) de R$ 754 milhões.
5. Suzano (SUZB3) +13,54%
O início de ano mais favorável para o setor de papel e celulose vem contribuindo para o desempenho positivo das ações da Suzano, que subiram +13,54% em março. Com o mercado de celulose (principal produto da Suzano) ainda apertado na China, os preços da commodity deverão continuar em alta, podendo contribuir para melhores resultados em 2024. Assim, o Bank of America elevou sua recomendação em SUZB3 para compra, impulsionando o papel no período.
Maiores baixas de março
Empresa | Ticker | Var. (%) |
GPA | PCAR3 | -26,55% |
Grupo Casas Bahia | BHIA3 | -25% |
Magazine Luiza | MGLU3 | -15,49% |
CVC | CVCB3 | -13,43% |
CSN Mineração | CMIN3 | -12,69% |
Maiores baixas do Ibovespa no mês de março de 2024. Fonte: Bloomberg
1. GPA (PCAR3) -26,55%
Abrindo a lista de maiores quedas de março, as ações do GPA caíram -26,55% no mês, com o mercado ainda cético em relação à reestruturação que a empresa vem atravessando. No período, seu até então controlador, o grupo francês Casino, anunciou que deixaria de ter uma participação significativa no GPA e a realizou um follow-on, deixando o controle da companhia. A oferta de ações e a entrada de um novo conselho na empresa não agradaram, em nada, seus acionistas.
2. Grupo Casas Bahia (BHIA3) -25,00%
Mais uma empresa em processo de reestruturação (neste caso, bem mais profundo), o Grupo Casas Bahia viu ¼ de seu valor de mercado ser evaporado em março (as ações já caem mais de -40% em 2024), após resultados do 4T23 bem abaixo das expectativas do mercado e que não trazem sinais de que a empresa irá, de fato, concretizar seu plano de transformação até 2025. No último trimestre de 2023, a varejista registrou um prejuízo de R$ 1 bilhão, o dobro do que era projetado pelo mercado.
3. Magazine Luiza (MGLU3) -15,49%
Já as ações do Magalu ficaram em terceiro lugar no ranking de maiores baixas de março. Mesmo que a empresa tenha registrado uma queda de -5% em sua receita líquida no 4T23, os números vieram acima das expectativas. O Magalu, inclusive, entregou um lucro líquido de R$ 101 milhões, revertendo prejuízo no 4T22. Mesmo que a própria empresa tenha definido o 4T23 como “ponto de virada”, os desafios internos e externos são grandes e seu valuation não é nada atrativo.
4. CVC (CVCB3) -13,43%
A CVC foi mais uma a decepcionar em seus números operacionais e financeiros do 4T23. No período, ainda que tenha apresentado uma expansão de +10% em sua receita líquida, seu Ebitda recuou -34% e seu prejuízo líquido totalizou R$ -74 milhões (-23% menor em relação ao mesmo período do ano anterior). A sequência de resultados negativos em um ambiente desafiador e a falta de visibilidade afastam a confiança de seus investidores e resultaram na queda de -13,43% apresentada em março.
5. CSN Mineração (CMIN3) -12,69%
Por fim, a CSN Mineração marcou presença, mais uma vez, na lista de maiores baixas mensais no Ibovespa, desta vez com queda de -12,69% e já acumulando -33,01% em 2024. Ainda com diversas incertezas relacionadas ao mercado chinês e, consequentemente, a volatilidade do preço do minério de ferro, as ações da mineradora vem atravessando um processo severo de correção, após subirem quase +120% em 2023 e terem atingido, na opinião de grandes bancos, seu valor justo.