Ibovespa engata 6ª alta seguida, em dia de Fed e Copom
Bolsa brasileira recupera patamar de 132 mil pontos; dólar comercial termina dia com baixa de 0,44%
À espera da decisão do Copom sobre a Selic, os juros futuros operaram em queda e impulsionaram a Bolsa brasileira para a 6° alta consecutiva no pregão desta “super-quarta”, com o Ibovespa subindo +0,79%, aos 132.508,45 pontos, alta de +1.033,72 pontos.
No dia, o principal destaque positivo foi a alta de +7,57% das ações da Vivara (VIVA3), enquanto o destaque negativo ficou por conta da baixa de -4,24% dos papéis da Hapvida (HAPV3).
Nos EUA, após a manutenção das taxas de juros pelo Federal Reserve e a sinalização de possíveis cortes ainda neste ano, as Bolsas americanas operaram em alta, com o S&P 500 subindo +1,08% e o Nasdaq, +1,41%.
No mercado de câmbio, o dólar voltou a cair ante ao real, cotado agora aos R$ 5,65 (-0,44%).
Fechamento de mercado
- Ibovespa: 132.508,45 (+0,79%)
- S&P 500: 5.675,29 (+1,08%)
- Nasdaq: 17.750,79 (+1,41%)
- Dólar: R$ 5,65 (-0,44%)
Atualização do mercado
Fed mantém juros inalterados nos EUA entre 4,25% e 4,5%
O Federal Reserve — o Fed, banco central dos Estados Unidos — manteve a taxa básica de juros em 4,25% a 4,50% ao ano, conforme o esperado pelo mercado. Em comunicado, o Fed destacou que a incerteza em torno das perspectivas econômicas aumentou. Veja a análise completa sobre a decisão.
Taesa (TAEE11) tem lucro regulatório de R$ 201 mi no 4T24
A Taesa (TAEE11) reportou resultados em linha com o consenso de mercado no 4T24, alcançando uma receita líquida de R$ 581 milhões, representando uma queda de -1%. O Ebitda foi de R$ 422 milhões, uma baixa de -12%, enquanto o lucro líquido atingiu R$ 201 milhões, uma queda de -33%, com todos os resultados comparados ao mesmo período do ano anterior.
Lucro da Vivara (VIVA3) sobe 42% no 4T24
A Vivara (VIVA3) apresentou um desempenho em linha com o esperado no 4T24. A receita líquida atingiu R$ 913,3 milhões, um aumento de 17% em relação ao 4T23. O Ebitda totalizou R$ 301 milhões, com um crescimento de 50,0%, enquanto o lucro líquido foi de R$ 205 milhões, uma expansão de +42%.
Decisão do Fed: o que esperar para os juros nos EUA?
O Federal Reserve, Banco Central dos EUA, irá manter nesta quarta-feira, 19, a taxa básica de juros na faixa entre 4,25% e 4,50%. Mesmo em meio a uma discussão sobre possível recessão da atividade econômica americana, o cenário ainda é de atividade forte, mercado de trabalho aquecido e inflação elevada, o que demanda cautela do Fed em seus próximos movimentos.
Além da decisão em si, será ainda mais interessante acompanhar a entrevista coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed, logo após a decisão. Isso porque os jornalistas devem levantar questões importantes que estão em discussão no mercado, como as tarifas de importação que estão sendo anunciadas por Trump e sobre um possível cenário de recessão.
Decisão do Copom: o que esperar para a Selic?
Aqui no Brasil, teremos o Copom decidindo por uma nova taxa Selic, que aumentará 1 ponto percentual, para 14,25%. Essa nova alta da Selic vai em linha com a necessidade de arrefecimento da inflação. No acumulado dos últimos três meses (fevereiro, janeiro e dezembro), o núcleo da inflação ficou em +5,6% (anualizado).
Além disso, as expectativas de inflação do Focus estão desancoradas da meta de 3,0%, assim como a atividade econômica ainda está aquecida, o que reforça a necessidade de novos aumentos da Selic.
No momento, há uma desconfiança em relação ao patamar máximo que a Selic pode chegar, em razão da incerteza do mercado em relação à disposição do Galípolo de levar a Selic para o patamar necessário para atingir a meta de inflação.
Dessa forma, será importante observarmos a linguagem que será adotada no comunicado. O Banco Central dará fim ao guidance que vinha dando nas últimas reuniões?
BC oferta até US$ 2 bilhões em leilão
O Banco Central do Brasil fará leilões de linha, hoje e quinta-feira, 20, das 10h30 às 10h35, com oferta total de até US$ 4 bilhões, para a rolagem do vencimento de 2 de abril de 2025.
Abertura de mercado
Impulsionado pela queda nos juros futuros e ações de frigorífico, o Ibovespa (+0,49%) fechou o último pregão em alta, sendo a quinta consecutiva. Nesta quarta-feira, 19, à espera da decisão do Copom sobre a nossa taxa de juros (Selic), o índice futuro da bolsa brasileira abriu em estabilidade.
Já nos EUA, corrigindo parte das altas recentes, os índices S&P 500 (-1,07%) e Nasdaq (-1,71%) fecharam a última sessão em queda. Hoje, à espera do Fed, que também decidirá pela taxa de juros por lá, os índices futuros americanos abriram no positivo.
Mercado futuro
- Ibovespa futuro: 132.785 pts I +0,04%
- S&P 500 Futuro: 5.685 pts I +0,29%
- Nasdaq 100 Futuro: 19.780 pts I +0,40%
- Dólar: R$ 5,67 I +0,06%
Indicadores
No Brasil, será divulgado o fluxo cambial (semanal), às 14h30, e a nova taxa de juros, a Selic, às 18h30.
Nos Estados Unidos, destaque para os estoques de petróleo, às 11h30, e para a decisão de política monetária do Fed, às 15h.