Ibovespa fecha em queda em dia de pânico global; dólar dispara
Retaliação da China às tarifas de Donald Trump eleva tensões geopolíticas; dólar vai a R$ 5,85
Em mais um dia de quedas expressivas para os mercados globais e para as commodities, a Bolsa brasileira não conseguiu resistir e também fechou em baixa, com o Ibovespa caindo -2,96%, aos 127.256,00 pontos, queda de -3.884,65 pontos.
No dia, o único destaque positivo foi a alta de +10,77% das ações do Carrefour Brasil (CRFB3), após o anúncio de reajuste positivo no preço de sua possível OPA. Já do lado negativo, a maior queda ficou por conta, mais uma vez, da Brava (BRAV3), cujos papéis caíram -12,92%.
Nos EUA, com as retaliações em relação às medidas tarifárias anunciadas por Donald Trump, as Bolsas americanas fecharam o pregão desta sexta-feira em novas quedas significativas, com o S&P 500 caindo expressivos -5,97% e o Nasdaq -5,82%.
No mercado de câmbio, o dólar voltou a subir ante ao real, cotado agora aos R$ 5,85 (+3,83%).
Fechamento de mercado
- Ibovespa: 127.256,00 (-2,96%)
- S&P 500: 5.074,08 (-5,97%)
- Nasdaq: 15.587,79 (-5,82%)
- Dólar: R$ 5,85 (+3,83%)
Atualizações do mercado
Carrefour Brasil (CFRB3) sobe 11% após controlador elevar preço para OPA
As ações do Carrefour (CRFB3) disparam +10,77%, negociadas a R$ 8,23, na contramão do Ibovespa. A varejista atualizou as condições para a deslistagem de suas ações na bolsa brasileira, por meio da recompra ou troca de todos os papéis pelo grupo controlador francês Carrefour. O preço da OPA subiu de R$ 7,70 para R$ 8,50, o que representa um aumento de 10,4% em comparação a proposta anterior.
Índice do medo dispara 45% com guerra comercial
O Índice de Volatilidade VIX, conhecido como o “índice do medo”, disparou 45%, atingindo US$ 45,31 no fechamento. O movimento reflete os temores de uma guerra comercial, após a China retaliar as tarifas de Trump. Este é seu maior patamar desde março de 2020, na pandemia.
Dólar hoje dispara mais de 3% e vai a R$ 5,81
O dólar registra forte alta frente ao real nesta sexta-feira, 4, diante de um receio global após a resposta da China às tarifas de Donald Trump.
China retalia Trump
A China anunciou nesta sexta-feira, 4, que vai impor tarifas de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA. A medida é a primeira grande retaliação em relação às tarifas anunciadas por Donald Trump na última quarta-feira, 2.
Além das tarifas elevadas, o país asiático ainda anunciou que vai impor controles sobre a exportação de um conjunto de matérias-primas raras para os EUA. Com a escalada de uma possível guerra comercial, as Bolsas globais desabam no dia.
Abertura de mercado
O pregão de ontem foi marcado por fortes baixas nos mercados globais e na maioria das commodities, mas o Ibovespa (-0,04%) conseguiu resistir e fechou de forma neutra. Nesta sexta-feira, 4, o índice futuro da bolsa brasileira abriu em ritmo de correção.
Nos EUA, com a péssima reação do mercado em relação às tarifas anunciadas por Donald Trump, os índices S&P 500 (-4,84%) e Nasdaq (-5,97%) fecharam a última sessão em forte queda. Hoje, à espera dos dados de emprego do relatório payroll, os índices futuros americanos abriram novamente em baixa.
Mercado futuro
- Ibovespa futuro: 129.085 pts I -1,97%
- S&P 500 Futuro: 5.275 pts I -2,86%
- Nasdaq 100 Futuro: 18.108 pts I -3,08%
- Dólar: R$ 5,73 I +1,78%
Indicadores
No Brasil, a FGV reporta o IGP-DI de março, às 8h.
Nos Estados Unidos, destaque para a taxa de desemprego de março, às 9h30.