O Ibovespa fechou fevereiro com alta de +0,99%. Das 86 ações que compõem o índice, 51 posições encerraram em alta e 35 em baixa.

O principal destaque positivo no mês foi a Petz, com alta de +27,13%, enquanto a maior baixa foi para as ações da Cogna, que caíram -13,70% no período.

Sumário

Maiores altas de fevereiro

EmpresaTickerVar. (%)
PetzPETZ327,13
UsiminasUSIMS20,46
AlpargatasALPA418,53
BraskemBRKMS18,14
CarrefourCRFB316,14

Fonte: Bloomberg

1. Petz (PETZ3) +27,13%

Apesar do cenário desafiador em termos de consumo e concorrência, a Petz ocupou o primeiro lugar na lista de maiores altas do mês de fevereiro, após ter visto suas ações caírem -36,73% em 2023.

A alta pode ser justificada, principalmente, pelo aumento de participação de seu fundador e atual CEO, Sergio Zimerman, de 29% para cerca de 43%.

No Nord 10X, série voltada para a recomendação de empresas de crescimento da Nord Investimentos, mantemos uma posição pequena na empresa.

2. Usiminas (USIM5) +20,46%

Em meio à temporada de resultados do 4T23, a Usiminas foi uma das empresas que conseguiram superar as expectativas do mercado, revertendo o prejuízo apresentado no mesmo período do ano anterior e entregando um lucro líquido de R$ 975 milhões.

Com isso, o Goldman Sachs acabou elevando sua recomendação para USIM5 de neutra para compra, impulsionando ainda mais o papel.

Na Nord, não temos visão positiva sobre a tese, tendo em vista sua alta dependência de commodity.  

3. Alpargatas (ALPA4) +18,53%

Fechando o pódio de fevereiro, as ações da Alpargatas encerraram o mês em alta de +18,53%, mesmo com mais um resultado trimestral fraco, tendo apresentado queda em sua receita e Ebitda, além de ter registrado prejuízo líquido de R$ 1,61 bilhão.

Apesar disso, alguns analistas enxergaram algumas tendências positivas nos números da varejista, em especial em relação ao seu endividamento, que foi reduzido em R$ 265 milhões no trimestre.

4. Braskem (BRKM5) +18,14%

A Braskem ainda não divulgou seus números operacionais e financeiros do 4T23, entretanto, mesmo assim suas ações marcaram presença na lista de maiores altas de fevereiro.

O movimento pode ter como justificativa as especulações sobre possíveis interessados pela fatia da Novonor (antiga Odebrecht), que ainda pertence à companhia.

Vale destacar o ano volátil dos papeis da empresa, que haviam caído -18,53% em janeiro e, agora, subiram +18,14% em fevereiro. Seguimos de fora. 

5. Carrefour (CRFB3) +16,14%

Por fim, as ações do Carrefour operaram em forte alta em fevereiro após os resultados apresentados, que mostraram uma tendência de recuperação.

Apesar do prejuízo de R$ 565 milhões, influenciado por custos decorrentes do fechamento de lojas físicas, a companhia manteve sua receita e Ebitda praticamente estáveis.

Os papéis até apresentaram queda pontual após a morte de Abílio Diniz (acionista e conselheiro), mas a reestruturação do Grupo Big trouxe esperanças para os acionistas. 

Maiores baixas de fevereiro

EmpresaTickerVar. (%)
CognaCOGN313,70
Grupo SomaSOMA311,62
CSN MineraçãoCMIN310,74
BradescoBBDC410,44
AzulAZUL49,78

1. Cogna (COGN3) -13,70%

Abrindo a lista de maiores quedas de fevereiro, as ações da Cogna apresentaram movimento negativo em -13,70%, com os investidores adotando doses de cautela na tese por conta da regulação sobre o ensino a distância do atual governo, além de perspectivas menos favoráveis para seus resultados em 2024.

Grande parte do mercado manteve sua recomendação como “Neutra” para o papel e apenas um banco segue comprado.

A empresa divulga seu resultado no dia 20 de março.

2. Grupo Soma (SOMA3) -11,62%

Após ter sido um dos destaques positivos de janeiro, em função do anúncio de fusão junto à Arezzo, o Grupo Soma ocupou o segundo lugar no ranking de maiores quedas de fevereiro.

As ações da empresa devolveram praticamente todo o lucro desde a notícia, enquanto o mercado ainda calcula e analisa a veracidade dos potenciais ganhos de sinergia anunciados pelas duas empresas.

No setor, ainda temos nossa preferência pelas ações da Lojas Renner (LREN3). 

3. CSN Mineração (CMIN3) -10,74%

Apesar das boas perspectivas em torno dos resultados do 4T23 para a CSN Mineração, que saem em março, suas ações vêm sendo severamente impactadas em 2024, com baixa acumulada de cerca de -22,81% no ano.

O movimento pode ser considerado uma correção do papel, tendo em vista que ele esteve entre as maiores altas de 2023.

Além disso, em relatório recente, o Citi se manteve neutro, enxergando que CMIN3 já negocia a múltiplos “justos” para o ano atual.

4. Bradesco (BBDC4) -10,44%

Com queda de -15,90% em apenas um dia (o que representa uma perda de R$ 24 bilhões em valor de mercado), o Bradesco é mais um a compor o ranking de maiores baixas de fevereiro, com queda de -10,44%.

O movimento aconteceu após a divulgação de resultados do 4T23, com a inadimplência desagradando o mercado novamente. Vemos que a queda foi exagerada e abriu uma oportunidade no papel.

Negociando a menos de 1x patrimônio líquido, BBDC4 entrou na carteira do Nord Ações.

5. Azul (AZUL4) -9,78%

Mais uma a empilhar quedas em 2023, a Azul fecha a lista de maiores baixas.

Mesmo com conversas em andamento entre as aéreas e associações visando à redução de custos no setor (o que seria muito positivo para essas companhias), os papéis acompanharam o movimento de sua concorrente, Gol, que aprovou sua recuperação judicial nos EUA em janeiro e que, em situação extremamente delicada, virou um potencial alvo de aquisição por parte da Azul.