A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou novas propostas de regras para reajustes de planos de saúde, o que impactou diretamente as ações da Hapvida. Analistas do mercado acreditam que as mudanças podem prejudicar operadoras mais eficientes, como a Hapvida, que registrou queda superior a 13% na Bolsa.

Impacto da nova proposta da ANS no mercado de saúde

A ANS apresentou uma série de ajustes regulatórios, incluindo:

  • Fim da acumulação de índices financeiros e de sinistralidade para reajustes.
  • Meta de sinistralidade mínima de 75%.
  • Regras mais rígidas para reajustes técnicos extraordinários.

Essas mudanças visam dar mais transparência ao consumidor, mas trazem desafios às operadoras que adotam modelos de custos mais eficientes.

Por que a Hapvida foi a mais impactada?

A Hapvida, conhecida por seu modelo de baixo custo, será uma das empresas mais afetadas. Analistas do BTG Pactual destacam que as novas regras penalizam as operadoras mais eficientes. Já o Goldman Sachs afirma que a proposta limita a flexibilidade de reajustes de preços.

Reação do mercado

  • Ações da Hapvida (HAPV3): queda de 13% no início do pregão, atingindo mínima de R$ 2,23.
  • Rede D’Or (RDOR3): queda de 3,42%.

O mercado ainda aguarda desdobramentos, mas as perspectivas de regulamentação mais rígida aumentam as preocupações com o setor de saúde suplementar.

Próximos passos

A ANS realizará uma audiência pública até fevereiro de 2025 para ouvir empresas e stakeholders. Especialistas alertam que, se as novas regras forem implementadas, a lucratividade do setor pode ser comprometida.

O que esperar para o setor de saúde?

O debate sobre reajustes e regulamentação segue em aberto, mas a expectativa é de um cenário desafiador para empresas como a Hapvida. A proposta de mudanças traz à tona a importância de equilíbrio entre transparência ao consumidor e viabilidade econômica para as operadoras.