Ações de frigoríficos sobem na Bolsa
Apesar de 2024 não estar sendo um ano positivo para o mercado de ações brasileiro, as ações do frigorífico sobem +14,2% no ano, enquanto o Ibovespa recua cerca de -9,2% no mesmo período.
BRF valoriza +110% e JBS +79% em 12 meses
No acumulado de 12 meses, a BRF (BRFS3) registra forte alta de +110%, ficando entre as maiores altas do Ibovespa.
No 1T24, a BRF superou o consenso de mercado e reportou um lucro líquido de R$ 594 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 1 bilhão no 1T23. Os resultados foram impulsionados pelos preços mais elevados no mercado internacional e pela solidez do mercado doméstico.
Um fator importante para o desempenho das ações e o otimismo do mercado é a queda da alavancagem da BRF, que passou de 3,3x Ebitda no 1T23 para 1,4x no último trimestre.
A JBS (JBSS3), por sua vez, registra uma valorização de +79% no acumulado de 12 meses. A empresa também reportou um 1T24 forte, com um resultado ligeiramente acima das expectativas do mercado.
No período, a JBS reverteu o prejuízo de R$ -1,4 bilhão em um lucro líquido de R$ 1,6 bilhão. Em praticamente todas as unidades de negócio apresentaram bons números, com exceção da divisão nos EUA, que ainda sofre com o ciclo desfavorável do gado no país.
Além disso, a indicação da administração de que o processo de desalavancagem pode ser acelerado contribuiu para animar o mercado.
Marfrig dispara e Minerva fica para trás
A Marfrig (MRFG3) registra ganhos de +14,6% no ano e de +67,2% no acumulado de 12 meses. A valorização foi impulsionada, sobretudo, pela performance positiva da BRF no 1T24, uma vez que é o maior acionista da Marfrig (detém 50,5% das ações).
É importante mencionar que, apesar de o ciclo pecuário desfavorável ter pressionado os resultados da operação do braço norte-americano, a Marfrig ainda tem margens melhores do que os seus pares por lá.
Já a Minerva (BEEF3) foi na contramão do mercado, acumulando uma queda de -19,0% no ano e de -45,5% no acumulado de 12 meses.
No 1T24, a empresa reportou resultados mistos. O Ebitda cresceu +18% na comparação anual, refletindo os maiores volumes e os custos estáveis, que compensaram o recuo do preço da carne e a desvalorização do dólar no período.
No entanto, o prejuízo de R$ 186 milhões decorreu do aumento da dívida gerada pela aquisição dos ativos da Marfrig.
Fatores que podem impactar ações de frigoríficos neste ano
Além da ciclicidade, uma característica do setor, outros fatores específicos de cada empresa podem ter um impacto significativo no desempenho das suas ações.
O ciclo favorável, os ganhos de eficiência e a redução da alavancagem da BRF são positivos, mas a competição acirrada do mercado de processados e a manutenção da alavancagem em patamares mais baixos ainda são pontos de atenção.
A diversificação geográfica da JBS contribuiu para uma maior resiliência dos resultados. Entretanto, a alavancagem elevada pode pressionar os resultados da companhia.
Para a Marfrig, o ciclo negativo do mercado norte-americano pode ter um impacto relevante nos resultados, caso o desempenho da BRF não seja suficiente para continuar compensando.
Já a Minerva deve ter o lucro mais pressionado pelas despesas com juros devido ao aumento do endividamento decorrente da aquisição das plantas de abate da Marfrig.
Recomendação para ações de frigoríficos
A perspectiva para 2024 ainda é “favorável” para os frigoríficos, mas os riscos e a dependência de um ciclo favorável precisam ser levados em conta.
Dentre as quatro empresas, nossa preferência é por Minerva, devido à sua exposição ao mercado chinês e às operações de abate diversificadas.
Nos últimos meses, as exportações de carne in natura aceleraram, com destaque para a demanda chinesa, o que pode beneficiar a Minerva, maior exportadora da América Latina.
Apesar da expansão de cerca de 40% no volume de abates com a aquisição dos ativos da Marfrig, a grande incerteza fica para o endividamento da companhia, que ainda está sendo analisado pelo CADE.
Levando em consideração os riscos e a visibilidade baixa para os resultados, pela ciclicidade do setor, não vejo nenhum dos frigoríficos como uma oportunidade de compra.
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Na contramão da bolsa local, os frigoríficos apresentaram desempenho bastante positivo, mas, atualmente, estão negociando a múltiplos altos e não trazem as melhores perspectivas para o longo prazo.
Sendo assim, neste momento, preferimos nos posicionar em outros ativos.
Mesmo que o Ibovespa e outros índices estejam negociando a múltiplos baixos em geral (cerca de 50% distantes de suas médias históricas), os cenários internos e externos ainda são incertos, o que nos obriga a ser mais diligentes em nossas escolhas.
No entanto, percebemos grandes oportunidades em empresas de crescimento e com baixo valor de mercado, que continuam tendo bons resultados no presente e grande visibilidade futura.
Apesar dos solavancos recentes de curto prazo, uma alocação diversificada em ativos brasileiros pode proporcionar lucros exponenciais nos próximos anos.
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