A Engie (EGIE3) reportou resultados acima do consenso de mercado no 4T24, alcançando uma receita líquida de R$ 3,3 bilhões, representando um crescimento de +21%. O Ebitda foi de R$ 1,9 bilhão, uma alta de +18%, enquanto o lucro líquido atingiu R$ 1,1 bilhão, um incremento de +29%, com todos os resultados comparados ao mesmo período do ano anterior.

Destaques resultados 4T24 da Engie (EGIE3)

O trimestre foi positivo, com todas as principais linhas do balanço acima das expectativas do mercado.

 Resultados EGIE3 4T24. Fonte: Engie RI

A geração de energia elétrica nas usinas operadas pela Engie foi de 13,5 mil GWh (6,1 mil MW médios) no 4T24, queda de -9% na comparação anual, em especial pela menor geração nas usinas hidrelétricas, devido às paradas para manutenção programada, que foi parcialmente compensada pelo aumento nas usinas complementares, com a entrada em operação de novos conjuntos eólicos e fotovoltaicos. 

A quantidade de energia vendida (líquida das operações de trading) foi de 9,6 mil GWh (4,3 mil MW médios), +10% maior, em função, principalmente, do acréscimo do volume de venda às distribuidoras e ao ambiente livre. Assim, a receita operacional líquida alcançou R$ 3,3 bilhões (+21%).

O Ebitda ajustado foi de R$ 1,9 bilhão (+18%), consequência do aumento das vendas no segmento de geração, além do bom desempenho em transmissão de energia. Com o resultado financeiro (negativo) praticamente estável (+5%) e a queda de -25% no valor apurado de imposto de renda e contribuição social, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 1,1 bilhão (+29%). 

Os investimentos da empresa totalizaram R$ 2,2 bilhões no trimestre, aumento de +120% em relação ao 4T23, por conta, principalmente, da construção e aquisição de novos projetos. Porém, a companhia fechou o trimestre com uma forte posição de caixa, de R$ 4 bilhões.

Por fim, a dívida bruta atingiu R$ 24 bilhões e, assim, sua dívida líquida (dívida bruta - caixa) ficou em R$ 20 bilhões, encerrando o trimestre com uma alavancagem (dívida líquida/Ebitda) de 2,7x (vs. 2,1x no 4T23).

O que esperar da Engie (EGIE3) para 2025

O ano de 2024 se destacou como o ano de maior investimento da história da Engie, com cerca de R$ 9,7 bilhões aportados, majoritariamente, em usinas eólicas e fotovoltaicas, focando em fontes complementares renováveis de energia elétrica. 

Para 2025, podemos esperar que a companhia continue investindo em seu portfólio, já que possui R$ 8,5 bilhões de investimentos comprometidos para o período de 2025 a 2027.

Outro aspecto relevante é o retorno que a empresa consegue gerar sobre o capital próprio e de terceiros (dívida). Nesse sentido, o ROIC da Engie, apesar de ter recuado -3,2 p.p., para 17%, ainda se destaca como um dos mais altos da bolsa, o que oferece boa visibilidade sobre a eficiência de seus investimentos.

Considerando a sólida capacidade operacional da Engie, os novos investimentos em andamento, a excelente rentabilidade e o nível de alavancagem controlado, acreditamos que a empresa continuará a gerar bons retornos para os acionistas. Assim, mantemos uma visão positiva e sustentável para a companhia.

Dividendos e JCP da Engie

Além dos resultados, a Engie aprovou a proposta de distribuição de dividendos obrigatórios e complementares no montante aproximado de R$ 715 milhões (R$ 0,88 por ação), a ser ratificada pela Assembleia Geral Ordinária (AGO), a quem caberá definir as condições de pagamento.

Qual o dividend yield da Engie (EGIE3)

O dividend yield da Engie dos últimos 12 meses é de 7%.

Vale a pena comprar Engie (EGIE3)?

Posicionada em um setor previsível e resiliente, além dos ótimos níveis de rentabilidade, a Engie apresenta excelentes perspectivas de crescimento de lucros e também de distribuição de dividendos. Negociando a 7x lucros (abaixo da média histórica da Bolsa), reiteramos nossa recomendação de COMPRA para EGIE3 na carteira Nord Dividendos.

Como faço para comprar ações da Engie (EGIE3)?

Para investir nas ações da Engie é necessário ter uma conta em uma corretora de valores. A empresa é negociada na B3 sob o ticker EGIE3.