Dólar, ouro e bitcoin estão entre os melhores investimentos em 2024
Essas aplicações se destacaram com retorno acima de dois dígitos no ano. Saiba como investir e diversificar sua carteira.
O primeiro semestre do ano já foi. E o que os investidores puderam concluir é que não vale a pena alocar todo o seu dinheiro em investimentos brasileiros.
O real foi a 5ª moeda que mais desvalorizou no mundo em relação ao dólar e a bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, tem o pior desempenho do mercado global até o momento.
Se a sua fonte de renda está 100% em reais, é provável que tenha aplicações com retornos muito negativos.
No entanto, alguns investimentos se destacaram, com retorno acima de dois dígitos, e são altamente recomendados para qualquer brasileiro interessado em buscar proteger e multiplicar seu patrimônio.
Veja a seguir o ranking dos melhores investimentos de janeiro até 29 de agosto de 2024:
Os melhores investimentos em 2024
| Investimento | Rentabilidade no ano |
| Bitcoin | 44% |
| Ouro | 22,4% |
| S&P | 16,9% |
| Dólar | 15,8% |
| CDI | 7,1% |
| IFIX | 2,2% |
| Ibovespa | 1,4% |
| SMLL | -9,6% |
Fonte: Bloomberg
Bitcoin é alta infinita
O Bitcoin (BTC) assumiu a dianteira das maiores rentabilidades do ano: +44%. Atualmente, a principal criptomoeda do mercado está cotada em US$ 59.269, ou R$ 334.377,47.
Mas ainda pode chegar a US$ 100 mil até o fim de 2024, o que desperta o interesse de muitos investidores de longo prazo.
Ao longo dos últimos anos, o Bitcoin se provou como um ativo sólido, com ampla e crescente adoção mundo afora. Cada vez mais empresas e estados passam a ter uma reserva estratégica em Bitcoin.
A entrada de gigantes do mercado tradicional, como BlackRock, Fidelity, Morgan Stanley, entre outros, trouxe uma credibilidade maior para o mercado cripto, sobretudo para o Bitcoin.
Além disso, a veiculação dos ETFs nos Estados Unidos facilitou o acesso para investidores institucionais.
Essa credibilidade, somada às características intrínsecas do Bitcoin, torna pouco provável que esse ativo seja uma bolha especulativa.
Como investir em Bitcoin?
O Bitcoin é usado por muitos investidores como uma forma de reserva de valor digital e descentralizada, mais moderna. Assim como o ouro, ele é escasso, com um limite fixo de 21 milhões de unidades, o que ajuda a preservar o seu valor ao longo do tempo.
Para quem tem visão de longo prazo e paciência, o ativo tem bons fundamentos e uma crescente adoção, sobretudo depois da aprovação dos ETFs de Bitcoin nos EUA.
A melhor forma de investir é comprar Bitcoin diretamente na corretora da sua preferência ou comprar na B3 via ETFs, como o QBTC11 ou o BITH11.
Investir em ouro vale a pena?
O ouro é a segunda aplicação que mais se valorizou no ano: +22%.
O metal precioso tem se consolidado cada vez mais como o ativo preferencial de reserva de potências emergentes que buscam desafiar a hegemonia do dólar no cenário internacional.
Essa dinâmica começou a partir da guerra comercial entre EUA e China, se intensificou com a pandemia de Covid e foi acelerada com a guerra geopolítica entre Rússia e Ucrânia.
O Banco Popular da China (PBC, na sigla em inglês) é o protagonista desta corrida, sendo o maior comprador de ouro do mundo.
A medida do Banco Popular da China de comprar um volume relevante de ouro é seguida por outros bancos centrais, como Polônia, Singapura e Índia.
Além dos efeitos geopolíticos, o preço da commodity ainda pode se beneficiar com a queda dos juros norte-americanos. Historicamente, os ciclos de juros baixos nos EUA são positivos para os preços do metal.
A melhor forma de investir em ouro
Assim como outras commodities, o ouro tem seus ciclos e a grande questão é até quando teremos a corrida do ouro do século XXI.
Conforme mencionado acima, o preço do ouro sobe quando os juros americanos caem, o que pode nos fazer acreditar que teremos um ciclo positivo com o corte de juros no horizonte.
A Aura Minerals (AURA33), nossa preferência na carteira Nord Deep Value, é a maneira mais fácil de se expor ao metal precioso. A mineradora de ouro possui um plano de expansão ambicioso para os próximos anos e acumula uma rentabilidade de +81% em 12 meses.
No início desta semana, a companhia anunciou que decidiu adiar temporariamente o guidance (projeção) para a produção até o final de 2025 e o início da operação da mina de Matupá, em fase de estudos.
O anúncio pode parecer negativo, mas a companhia tomou essa decisão após enxergar um maior potencial de produção para Matupá.
Durante o trabalho de exploração do projeto de Matupá, a Aura viu o potencial geológico da área aumentar significativamente e decidiu adiar o início da construção para poder avançar os estudos de dois projetos (Pezão e Pé Quente), que eles adquiriram em maio deste ano, e que são vizinhas do projeto de Matupá.
Com isso, a empresa retirou a meta de atingir 450 mil onças de ouro equivalente (266 mil onças/ano atualmente) até o final de 2025 e reforçou o seu compromisso de superar essa marca nos próximos anos. A próxima etapa dessa estratégia é o início da operação da mina de Borborema no 1º semestre de 2025.
Focada em mais do que dobrar a sua produção, a Aura ainda deve surfar um ciclo muito positivo para o ouro. Negociando a 5x lucros e 3x Ebitda 2025, AURA é ouro.
Dólar acima de R$ 6,60
Praticamente empatado com o índice S&P, o dólar aparece com retorno positivo de +16% no ano. Esse movimento de alta reflete os temores sobre o cenário fiscal do país.
O valor do dólar é influenciado por diversos fatores, como, por exemplo, os termos de troca (a relação entre exportações e importações) e os riscos do país. Com as incertezas sobre a política fiscal, os riscos aumentam e o fluxo de saída de capital se intensifica. Com isso, a nossa moeda desvaloriza.
Dessa forma, observamos a valorização da moeda americana (à vista) ao longo deste ano, acumulando uma alta de +15,8%, cotado acima dos R$ 5,60.
Considerando o histórico, vemos com mais clareza a disparidade entre dólar e real.
Como investir em dólar?
Para ter uma posição em dólar, basta investir em ações de empresas exportadoras ou com receita em dólar, como a PRIO (PRIO3).
Outra forma eficaz de ter uma exposição ao dólar é por meio de ETF (fundos de índice) que replicam o S&P500, índice do mercado de ações que reúne as 500 maiores empresas do mundo listadas na NYSE. Entre os principais ETFs disponíveis, destacamos o IVV e o VOO.
Também é possível investir diretamente nos EUA, dolarizando parte do seu patrimônio de forma eficiente e segura. Nesse sentido, o time da Nord Wealth pode auxiliar você na estruturação e no acompanhamento da sua carteira internacional.
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