Como montar a carteira de renda fixa perfeita
Enquanto me preparo para a live do dia 24 de outubro (próxima terça-feira), às 19 horas, com as principais informações de como montar uma carteira de renda fixa, estou estudando as carteiras de alguns clientes.
É engraçado perceber que, muitas vezes, as características que eu não gosto se repetem e ficam bem fáceis de notar depois de um tempo.
Vou mostrar a seguir 5 coisas que eu gosto muito de ver em uma carteira de renda fixa, e espero que com isso você consiga ter uma visão de como construir a sua de maneira eficiente.
Lembrando que ser eficiente não significa não tomar risco. Ser eficiente significa buscar o maior retorno correndo o menor risco possível.
Como montar uma carteira de renda fixa perfeita seguindo 5 regras
- Liquidez
- Concentração de indexadores
- Boas empresas de crédito privado
- Conhecimento de cenário básico
- Conhecimento de si
1. Liquidez
Adoro quando encontro uma carteira com pelo menos 20% de liquidez em pós-fixados de liquidez diária bem colocados.
A liquidez permite que você mude a cara da sua carteira quando o cenário macroeconômico muda. Isso é ouro!
Quando vejo uma carteira de cliente inteira travada em ativos que não são bons para o momento atual, me dá uma tristeza muito grande. Principalmente se o ativo não pode ser vendido.
O cliente tem que esperar anos e anos para voltar a ter uma carteira ganhadora. Me sinto inútil e sem ter como ajudar.
Além disso, a liquidez tem que ser em ativos seguros. Utilizar fundos de crédito com resgates rápidos ou fundos DI (que podem ter crédito) não é a melhor forma de ter liquidez. Alguns eventos de crédito como Lojas Americanas (AMER3) e Light (LIGT3) mostraram isso para os investidores.
2. Concentração de indexadores
Quando vejo uma carteira toda bem distribuída entre prefixados, indexados e pós-fixados me sinto em um barco à vela sem a vela. Não tem como ele andar rápido para a frente.
Lembre-se sempre que cada título se comporta de uma maneira diferente de acordo com o cenário macroeconômico. Se você tiver um prefixado quando os juros sobem, estará tendo prejuízo.
Se misturar prefixados com pós-fixados terá um retorno próximo a zero.
Você só irá de forma consistente para a frente se tiver o título que se beneficia do momento macro atual.
Se você, como muita gente, não sabe qual é o título bom para o momento atual nem tem uma ajuda profissional para isso, prefira os pós-fixados. Pelo menos eles vão evitar os prejuízos.
3. Boas empresas de crédito privado
Eu canso de ver CDBs de bancos ruins e debêntures de empresas bem duvidosas. Quando eu pergunto para os clientes por que eles têm aquele ativo na carteira, 99% me respondem que alguém recomendou para eles.
Cuidado com essa estratégia!
Primeiro porque se paga uma comissão muito grande para os intermediários para que eles coloquem nomes duvidosos nas carteiras de quem deixa. Não seja o desavisado que deixa.
Segundo porque, em se tratando de uma dívida, o risco que você corre é de perder 100% do dinheiro investido. Será que vale a pena esse risco em troca de 0,5% a mais do CDI? Pense sempre nisso.
Nunca conheci um investidor que se arrependeu de ganhar um pouco a menos do que o CDI, mas teve a dívida paga e seu dinheiro rendendo positivo.
Por outro lado, conheço diversas histórias tristes de fila do FGC, patrimônio do divórcio investido em crédito que não foi pago, debenturista que virou acionista e não sabe o que fazer na votação etc.
4. Conhecimento de cenário básico
Adoro conversar com clientes que antes de me mostrar a carteira me perguntam sobre o cenário.
O nível de consciência do impacto do cenário nos preços dos ativos é transformador.
Se você sabe que a sua carteira de ações vai performar mal em uma crise e está à vontade com isso, então você é o melhor tipo de investidor.
Se as ações caírem, você saberá que não é porque a empresa piorou, mas sim porque o mercado entrou em pânico. E, com essa consciência, você não vai querer vender suas ações, mas sim comprar mais.
Por outro lado, se você é pego de surpresa por uma crise e não entende por que suas ações estão caindo, vai acabar achando que bolsa é um cassino, vender as ações no pior momento e ainda culpar o profissional que te ajuda pelo erro de análise.
Quando a bolsa cai, recebemos várias mensagens de clientes nervosos. Mas quando o mercado sobe, todo mundo parece ter um perfil agressivo.
As ações adicionam uma volatilidade importante na carteira. Elas expandem o potencial de retorno em várias vezes. Mas isso só acontece no longo prazo. No curto prazo, temos crises e volatilidade.
5. Conhecimento de si
Recebo muitos clientes que sabem que não têm tempo para estudar melhor a carteira, mas não delegam a gestão.
Geralmente, essas acabam sendo as carteiras mais difíceis de arrumar.
E não é questão de puxar a sardinha para o meu lado, uma vez que vendo soluções de investimento.
Você não precisa usar a Nord para te auxiliar.
Mas é muito importante que, caso você não tenha tempo para entender os ativos e a estratégia da carteira, você delegue isso para um profissional que consiga.
Caso você não queira falar com a Nord, procure as seguintes características no seu assessor: remuneração transparente e direta paga por você, taxa justa, qualidade técnica e experiência. Juntando essas características, não tem como dar errado.
Espero ter ajudado você a entender melhor o que eu gosto em uma carteira de renda fixa e como montar a sua.
E, é claro, assista a minha live na próxima terça-feira, dia 24/10, neste link, para saber não só sobre a carteira de renda fixa, mas também a minha estratégia geral para a carteira como um todo.
Reserve sua agenda. Te vejo lá.