Como investir em fundos de renda fixa em 2023: Guia completo
A taxa Selic em 13,75% e a queda da inflação no primeiro semestre de 2023 têm impactado no rendimento nos principais títulos de renda fixa. Esse cenário econômico tem gerado dúvidas se vale a pena investir em fundos de renda fixa em 2023 e quais são os ativos mais atrativos neste ano.
Acompanhe esse guia e aprenda o que são e como investir em fundos de renda fixa. Também veja algumas razões para manter esses fundos na sua carteira de investimento como maneira de proteger os seus ativos e obter uma boa rentabilidade. Saiba mais!
Sumário
- O que são fundos de renda fixa?
- Tipos de renda fixa
- Como funcionam os fundos de renda fixa?
- Quais são os tipos de fundos de renda fixa?
- Qual a rentabilidade desses investimentos?
- Por que investir em fundos de renda fixa?
- Quais são os melhores fundos de renda fixa?
- É seguro investir em fundos de renda fixa?
- Passos para investir em fundos de renda fixa
- O que esperar dos fundos de renda fixa em 2023?
- Conclusão
O que são fundos de renda fixa?
Os fundos de renda fixa são carteiras de investimentos criadas para captar recursos de cotistas e realizar aplicações em ativos de renda fixa. Por isso, são indicados para investidores com perfil conservador ou que desejam sair da poupança.
Para serem classificadas nessa categoria, as carteiras de investimentos precisam ter pelo menos 80% do patrimônio aplicado em ativos vinculados à variação da Selic, índices de preços (IPCA ou IGP-M), ou as duas coisas.
Dessa forma, ao adquirir cotas de fundos de renda fixa, o investidor aplica seu dinheiro em um pacote de ativos formado por títulos do Tesouro Direto, CDBs, Letras de Crédito, entre outros. Eles também podem incluir outros títulos com risco de crédito mais elevado em uma tentativa de aumentar a sua rentabilidade.
Além da aplicação de recursos em ativos de renda fixa, esses fundos também se caracterizam por oferecer rendimentos mais previsíveis e com pouca oscilação. Essa previsibilidade faz com que esses fundos tenham riscos menores e sejam indicados para investidores com perfil conservador.
Tipos de Renda Fixa
Agora que você entendeu o que são fundos de renda fixa, apresentaremos os tipos de títulos que podem fazer parte dessa carteira de investimentos. Confira:
Tesouro Direto
Os títulos públicos do Tesouro Direto são emitidos pelo Governo Federal e usados como forma de captar recursos para o financiamento de projetos variados nas áreas de saúde, educação, infraestrutura, entre outras. Em troca desse “empréstimo”, o investidor recebe o valor investido mais uma taxa adicional.
Esses títulos são considerados os mais seguros da renda fixa, pois possuem a proteção do Tesouro Nacional. Nessa categoria, há três tipos de papéis que você pode escolher:
- Tesouro prefixado: a rentabilidade dos títulos no vencimento é estipulada no momento da aplicação, de acordo com o valor investido e o prazo;
- Tesouro Selic: são títulos pós-fixados atrelados à taxa Selic. Como esses ativos não se expõem à marcação do mercado, não há risco de perdas no resgate antecipado;
- Tesouro IPCA+: por serem títulos híbridos, a sua rentabilidade é calculada com base na taxa de juros fixa e a um indicador da inflação do país.
Poupança
Embora seja um dos títulos de renda fixa mais populares e tradicionais do país, é considerado um dos piores investimentos que existem atualmente. Ela possui um baixo retorno financeiro e o seu rendimento costuma ser similar ou inferior à inflação.
Debêntures
As debêntures são títulos emitidos por empresas para captação de recursos para financiamento de projetos, geralmente de expansão. Apesar de não terem a cobertura do FGC e representar maior risco ao investidor, a rentabilidade desses ativos é maior do que de outros produtos.
LCI e LCA
A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são dois tipos de títulos privados. Elas são emitidas por instituições financeiras a fim de captar recursos para o financiamento de projetos do setor agropecuário e imobiliário.
Em geral, o funcionamento de ambas é bastante semelhante, a grande diferença está na destinação dos recursos captados. Mas, se comparados com outros tipos de ativos, a LCI e LCA têm uma liquidez mais baixa e o investimento normalmente só pode ser resgatado na data do vencimento.
CDBs
Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) são títulos emitidos pelos bancos. Ao obter ativos dessa categoria, o investidor “empresta” dinheiro à instituição bancária e em troca recebe a quantia de volta acrescida dos juros após o período acordado no momento da aplicação.
A rentabilidade dos CDBs está atrelada à taxa DI e rende 100% do CDI ou 120% do CDI. Porém, cada banco estipula suas próprias regras para aplicação de juros, prazos e rendimentos das aplicações.
RDB
O Recibo de Depósito Bancário (RDB) é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras como estratégia de captação de recursos. Assim como os demais tipos de ativos dessa classe, os investidores emprestam dinheiro ao órgão emissor para recebê-lo de volta acrescido de juros.
Esses títulos seguem o mesmo padrão dos demais ativos de renda fixa e podem ser:
- Prefixados;
- Pós-fixados;
- Híbridos.
Letras de câmbio
As Letras de Câmbio (LC) são comumente emitidas por financeiras para captação de recursos de longo prazo. Embora funcionem como os outros investimentos de renda fixa, tanto a liquidez quanto o prazo do investimento variam entre os títulos e precisam ser observados antes da aplicação.
Como funcionam os fundos de renda fixa?
Os fundos de renda fixa funcionam como qualquer outra modalidade de Fundo de Investimento. Eles captam recursos dos investidores a partir da venda de cotas, a menor fração do patrimônio do Fundo, e investem o montante em um determinado segmento.
Ao adquirir cotas de um fundo de renda fixa, você se torna um cotista e passa a ter direito a uma fração do Patrimônio Líquido do fundo. Além disso, receberá os rendimentos dos fundos proporcionalmente ao valor investido.
Todos os fundos de renda fixa são regulamentados e possuem a sua própria política de investimentos. O gestor de fundos elabora a estratégia de investimentos e realiza as aplicações do patrimônio com base nesses documentos.
Então, ao invés do investidor analisar e escolher as melhores aplicações para a sua carteira de investimentos, ao adquirir cotas de fundos de renda fixa ele deixa essa função nas mãos de gestores profissionais.
Quais são os tipos de fundos de renda fixa?
Os tipos de fundos de renda fixa são:
Simples
O fundo de renda fixa simples são caracterizados por alocarem 95% do patrimônio em títulos públicos, isto é, no Tesouro Direto. A alocação também pode se destinar a títulos privados, desde que o emissor tenha uma classificação de risco igual ou melhor do que aquela do Governo Federal.
Na prática, esse fundo é o mais conservador de todos. Portanto, tende a apresentar uma rentabilidade um pouco mais baixa. Por outro lado, as chances de perdas são próximas de zero. Dessa forma, esse é um dos investimentos de baixo risco mais sólidos.
Referenciado
O fundo referenciado tem 95% do seu patrimônio vinculado a um índice de referência. Esse benchmark costuma ser o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), ou seja, a taxa de negociação entre os bancos que tem um resultado próximo ao da Selic.
Curto Prazo
Nesse fundo, o prazo dos ativos que formam a sua carteira é curto. A média deve ser menor do que 60 dias. Além disso, nenhum deles pode ter um vencimento acima de 375 dias.
Dívida externa
Visa à aplicação de 80% do patrimônio em ativos da dívida externa emitidos pelo governo. O objetivo é conseguir recursos fora do Brasil. Essa característica também faz com que o gestor esteja impedido de fazer aplicações em títulos nacionais.
Longo Prazo
O fundo de longo prazo tem um vencimento médio superior a 365 dias. Assim, o gestor pode flexibilizar a sua atuação, desde que siga essa regra. Sua composição é formada por títulos públicos e privados com diferentes tipos de rentabilidade. De modo geral, há mais risco e potencial de rentabilidade.
Crédito privado
É um fundo composto por títulos privados de diferentes tipos, como emissões bancárias, debêntures e Fundos de Investimento em Direito Creditório (FIDC). Há um risco maior implicado, mas o potencial de rentabilidade também aumenta.
Produtos do fundo de crédito privado
- grau de investimento (high grade): é formado por ativos com baixo risco de crédito;
- high yield: têm um risco mais elevado e maior potencial de rentabilidade;
- debêntures incentivadas: investem nesse tipo de ativo.
Qual a rentabilidade desses investimentos?
A rentabilidade dos fundos de renda fixa depende dos títulos que compõem a carteira. Normalmente, fica entre 90% e 110% do CDI, mas pode superar essas cifras tanto positiva quanto negativamente. É praticamente impossível obter prejuízo com esses ativos, mas o potencial de rendimento é menor do que os vistos nos fundos de ações ou multimercado.
É necessário frisar também a importância de fazer uma análise de investimentos para que o investidor explore opções condizentes com seu perfil, já que nenhum produto financeiro garante uma rentabilidade estritamente fixa. Ainda que seja algo bastante conservador, existem riscos de perdas, como veremos adiante.
Como é a liquidez dos fundos de renda fixa?
A liquidez dos fundos de renda fixa tende a ser mais alta, já que os ativos, em boa parte, são títulos públicos. Assim, consegue-se comprar e vender com facilidade, o que torna esse produto financeiro bastante versátil e capaz de atender a diferentes perfis de investidores.
Vale ressaltar que a liquidez define a possibilidade de resgate do capital dos fundos de renda fixa. Ela pode ser até diária, com D+0. Nesse caso, o dinheiro é liberado no mesmo dia, se o saque for solicitado em um dia útil.
No entanto, o prazo pode variar. Por isso, é necessário verificar qual é a liquidez e o prazo entre cotização e liquidação. Assim, você saberá quanto tempo levará entre a conversão das cotas e a liberação do dinheiro em conta.
Como a taxa Selic afeta o rendimento dos fundos de renda fixa?
A taxa Selic afeta o rendimento dos fundos de renda fixa por ser um indicador relevante dos títulos públicos e privados. Assim, esses investimentos têm sua remuneração baseada em juros, como ocorre também nos CDBs, títulos do Tesouro Diretos, Letras de Crédito, entre outros. Portanto, quando tal taxa aumenta, a rentabilidade do investidor cresce e vice-versa.
Essa situação ainda se verifica quando o benchmark utilizado é o CDI, afinal ele segue a Selic. Por sua vez, quando o indicador é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também há influência, já que esse indicador mede a inflação oficial do Brasil. Dessa forma, quando tal índice aumenta, a taxa básica de juros tende a ser elevada para frear o consumo.
Por que investir em fundos de renda fixa?
Os fundos de renda fixa são uma excelente opção de investimento, principalmente para quem deseja deixar a poupança e diversificar a carteira. Devido às suas características, esses fundos podem ser usados para reserva de emergência e objetivos de curto e médio prazo.
Existem inúmeros motivos para investir em fundos de renda fixa. Além da segurança, esse tipo de investimento também pode trazer diversas vantagens aos investidores, as principais delas são:
Baixo risco
Os fundos de renda fixa são considerados mais seguros que outros tipos de Fundos de Investimentos. Como o patrimônio geralmente é aplicado em ativos de baixo risco, como títulos públicos ou de empresas sólidas, eles podem proporcionar a segurança que os investidores com perfil conservador buscam em seu portfólio.
Mas claro, assim como qualquer outro investimento, os fundos de renda fixa também possuem riscos que precisam ser considerados.
Retornos previsíveis
Por serem formados por ativos mais conservadores, os fundos de renda fixa tendem a oferecer retornos previsíveis. Ao ter a maior parte da carteira formada por aplicações atreladas à inflação, é de se esperar que o rendimento do fundo seja a variação do IPCA mais uma taxa pré-fixada.
Esse cenário é muito diferente de quem investe em ações da Bolsa de Valores, por exemplo, pois se trata de um ativo em que é impossível saber qual será o seu rendimento.
Diversificação
A diversificação da carteira pode ser um grande desafio para investidores que não possuem muito capital ou têm pouca experiência em investimentos. Ao obter cotas de fundos de renda fixa, isso deixa de ser um problema.
Os fundos de renda fixa são formados por títulos com rentabilidade, taxas e prazos diferenciados, garantindo a diversificação da carteira. Além disso, por terem recursos elevados, eles permitem que o investidor tenha acesso a ativos que dificilmente estariam disponíveis para quem possui pouco capital para aplicar.
Quais são os melhores fundos de renda fixa?
Até o dia 2 de maio de 2023, os melhores fundos de renda fixa de 2023, de acordo levantamento do Estadão são:
É seguro investir em fundos de renda fixa?
Sim, é seguro investir em fundos de renda fixa. Como os ativos são conservadores, esse produto financeiro tem chances muito pequenas de prejuízos. Há ainda regras de pagamento predefinidas que geram uma previsibilidade maior para a carteira. Assim, mesmo que existam riscos, eles são mais baixos do que outras modalidades de fundos de investimentos.
No entanto, é preciso considerar que a proteção dos investimentos é menor do que na renda fixa tradicional, já que ainda que os ativos tenham a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o fundo não tem essa segurança.
Passos para investir em fundos de renda fixa
Para investir em fundos de renda fixa em 2023, é preciso seguir algumas etapas que vão desde a definição dos seus objetivos como investidor até o momento da aplicação do fundo escolhido. Confira a seguir o passo a passo para realizar esse tipo de aporte:
Defina seus objetivos financeiros
O primeiro passo para investir em fundos de renda fixa em 2023 é definir os seus objetivos financeiros e entender qual o seu perfil de investidor. Com base nisso, você poderá avaliar melhor quais fundos estão alinhados com o que deseja alcançar com a aplicação (viagem, aposentadoria, compra de bens etc).
Para a análise dos fundos de renda fixa que planeja investir, considere as seguintes características:
- Prazo;
- Tolerância de risco;
- Rentabilidade;
- Liquidez.
Pesquise e compare fundos
Após definir os seus objetivos, é essencial que você faça uma pesquisa do histórico de rentabilidade e compare os fundos de renda fixa disponíveis para encontrar o que melhor se adequa ao seu perfil de investidor. Durante esse processo fique atento aos seguintes pontos:
- Rentabilidade passada: embora não seja garantia de resultados futuros, o histórico de rentabilidade permite que você conheça a qualidade da gestão e o desempenho da carteira em diferentes períodos e contextos econômicos;
- Taxa de administração: como essa taxa impacta diretamente a rentabilidade do seu fundo de renda fixa, é essencial que você dê preferência para aqueles que oferecem menores taxas. Normalmente, é possível encontrar taxas de administração de no máximo 0,5% ao ano, mas há fundos que chegam a cobrar 3%;
- Perfil de risco: os fundos de renda fixa também podem sofrer importantes variações no valor das cotas, sobretudo aqueles formados por títulos públicos de longo prazo e ativos de crédito privado. Então, analise quais combinam o seu perfil de investidor.
Analise a qualidade dos ativos
A análise da qualidade dos ativos é outro passo importante na escolha do fundo de renda fixa em 2023. Para isso, além da melhor taxa dentro do prazo requerido, você também precisa verificar a classificação de risco dos títulos e a reputação dos emissores.
Portanto, é importante conferir os ratings de títulos de renda fixa divulgados por agências de classificação de crédito como a Fitch. Essas instituições avaliam os ativos a partir de uma análise financeira composta por fatores como histórico de pagamentos, situação econômica do país, confiabilidade do emissor, entre outras.
As avaliações de rating são apresentadas em escala alfanumérica, que varia de AAA até D, sendo a primeira usada para indicar a melhor qualidade de crédito e a segunda a pior. Além disso, algumas agências também adicionam o sinal “+” ou “-” para indicar as diferenças dentro de cada classificação para facilitar a análise dos investidores sobre o ativo.
Verifique a taxa de administração e outros custos
A verificação da taxa de administração e outros custos é um ponto a considerar na hora de escolher um fundo de renda fixa em 2023. Como essas taxas influem diretamente no retorno obtido com a aplicação e podem reduzir os lucros obtidos com o investimento, é importante conhecer cada uma delas:
Taxa de administração
A taxa de administração incide sobre o patrimônio mantido pelo investidor, sendo usada para remunerar os serviços administrativos e de gestão. Embora o valor divulgado corresponda ao percentual anual da taxa, o valor é cobrado diariamente e de maneira proporcional.
Taxa de performance
A taxa de performance é a remuneração baseada no desempenho dos fundos, equivale a um bônus oferecido ao gestor se ele entregar uma rentabilidade superior à do índice de referência.
No entanto, segundo a Comissão de Valores Mobiliário (CVM), essa taxa deve ser vedada a menos que seja:
- Denominado de “longo prazo” para fins fiscais;
- Destinado a um investidor qualificado;
- Classificado como “renda fixa ou dívida externa”.
Impostos
Os impostos que incidem sobre os fundos de renda fixa também devem ser considerados ao investir nesse tipo de fundo. O IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) é aplicado no resgate do investimento, caso isso ocorra em um período menor que 30 dias a contar da data da aplicação. Nesse período, o valor do IOF varia de 0 a 96% sobre o montante do rendimento.
O Imposto de Renda também pode incidir na rentabilidade dos fundos. A alíquota varia conforme o tempo que você manter o dinheiro investido. Por regra, quanto maior for esse período, menor será a taxa do Imposto de Renda que será aplicada.
Realize a aplicação no fundo escolhido
Agora que você conheceu os principais passos para investir em fundos de renda fixa em 2023, passaremos para a próxima etapa desse processo: realizar aplicações neste tipo de Fundo de Investimento. Acompanhe!
1. Abra sua conta
A abertura da conta em uma corretora ou instituição financeira é o primeiro passo para investir em fundos de renda fixa em 2023. Então, pesquise as opções disponíveis e avalie qual oferece segurança e as melhores condições para os investidores.
2. Transfira recursos para sua conta
Após abrir a sua conta, faça a transferência de recursos via TED ou transferência bancária para começar a investir nos fundos de renda fixa.
3. Escolha o fundo de renda fixa
Em seguida, coloque em prática tudo o que ensinamos acima e avalie os fundos de renda fixa disponíveis na instituição financeira. Escolha aquele que se adequa aos seus objetivos e perfil de investidor, lembrando de observar com atenção aspectos como: prazo de liquidação de resgate, rentabilidade e as taxas.
4. Faça aplicação no fundo escolhido
Depois de analisar e escolher os fundos de renda fixa disponíveis, informe a quantidade de cotas que deseja adquirir e solicite a aplicação. Lembre-se de ler todas as informações relacionadas ao fundo antes de concluir o processo.
5. Acompanhe os investimentos
O processo de investir em fundos de renda fixa não termina na aquisição de cotas. Após se tornar um cotista, você precisa acompanhar os investimentos mensalmente e verificar se estão de acordo com as políticas estabelecidas.
O que esperar dos fundos de renda fixa em 2023?
O crescimento econômico, deflação e manutenção da Taxa Selic têm motivado muitos investidores a optarem pelos fundos de renda fixa. Segundo especialistas, a expectativa é que 2023 continue sendo um bom ano para a renda fixa, graças aos resultados positivos dos principais indicadores econômicos do país.
Ativos em renda fixa atrelados à taxa Selic, por exemplo, continuam rentáveis. O Banco Central manteve a taxa estável em 13,75% no primeiro semestre do ano. Essa taxa influencia positivamente na rentabilidade de títulos de renda fixa, sobretudo aqueles com 100% de rentabilidade da Selic. Isso, certamente, proporciona melhores resultados para os fundos desse tipo de investimento.
É importante destacar que devido à queda acelerada da inflação e a melhora na nota soberana do Brasil pela S&P, economistas especulam que haverá uma diminuição na taxa Selic. Espera-se que o Banco Central reduza entre 0,25 a 0,50 pp no segundo trimestre de 2023.
Por outro lado, a queda de 0,17% da inflação em junho de 2023 foi outro resultado econômico satisfatório. Esse efeito de desaceleração do IPCA tem ocorrido nos últimos 11 meses e impacta na rentabilidade de fundos com títulos de renda fixa atrelados a esse indicador econômico.
Além disso, há expectativas que mais reformas econômicas sejam aprovadas pelo governo neste ano, bem como o crescimento do PIB. Diante desse cenário, investir em fundos de renda fixa torna-se uma estratégia importante para quem deseja obter mais rentabilidade e proteger sua carteira.
Confira abaixo um panorama com as tendências dos principais títulos de renda fixa em 2023.
Títulos pós-fixados
O COPOM mantém a taxa Selic em 13,75%, um dos valores mais altos nos últimos 9 anos. Os diretores do Banco Central declararam que só irão baixar essa taxa Selic quando o movimento de deflação for consolidado. Especialistas, por sua vez, especulam que pode haver uma queda de 0,5 pp e 0,25 pp até o final do segundo semestre de 2023.
Nesse cenário, o investimento em títulos pós-fixados atrelados ao CDI com vencimento para 2023 ainda é recomendado. Alguns analistas financeiros, também afirmam que os pós-fixados atrelados à inflação também são interessantes, pois independente da taxa Selic sempre haverá um ganho real acima da inflação.
Títulos atrelados à inflação medida pelo IPCA
O Brasil tem um histórico de inflação e quem investe em títulos atrelados à inflação precisa acompanhar esse indicador. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou queda de 0,30 pp em 2023, passando de 5,42% para 5,12%. A estimativa para inflação de 2024 é de 4%, podendo chegar até 3,8% em 2026.
Embora os investimentos atrelados ao IPCA ofereçam ganhos acima da inflação é um fato que em cenário de deflação o rendimento pode não ser tão interessante. Em geral, para proteger a carteira, vale a pena investir em títulos mistos como o Tesouro IPCA, que possui rendimento pré-fixado, atrelado à SELIC, e pós-fixado conforme a variação da inflação.
CDBs (Certificados de Depósito Bancário)
Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são títulos de renda fixa que permanecem atrativos em 2023. Isso acontece porque existem ativos atrelados à Taxa Selic que está em um valor alto de 13,75% e ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) que atingiu um patamar de 13,6% em 2023.
Para os investidores mais conservadores, os CDBs pré-fixados são opções seguras e rentáveis. Afinal, a rentabilidade do título é sempre definida no ato da compra e por não estar indexado a outros índices, o investidor sabe o quanto irá receber no resgate.
Fundos imobiliários
Os fundos imobiliários (FIIs) são títulos de renda fixa em alta em 2023. O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) registrou 19 sessões de alta e um aumento de 4,82% até maio de 2023. Uma pesquisa realizada pela Smartbrain, em parceria com o site E-investidor, mostrou que FIIs apresentaram 10 retornos anuais superiores a 12,6%. Sendo que os 5 primeiros tiveram um rendimento superior à taxa Selic, na época no valor de 13,75%
Agências especializadas também comprovam que os fundos imobiliários estão em tendência de crescimento e recuperação em diversas categorias. Entre os que tiveram melhores resultados estão os fundos de tijolos e fundos de fundos (FOFs).
Fundos de infraestrutura
Os fundos de infraestrutura não são tão populares, porém são uma alternativa atrativa para quem busca investimento de risco menor, se comparado com os fundos imobiliários. Isso acontece porque as empresas desses fundos são reguladas por agências governamentais e não possuem muitos concorrentes.
Esses fundos estão em alta em 2023 por estarem ligados ao crescimento das empresas de infraestruturas dos setores de energia, rodoviário e saneamento básico. No entanto, como qualquer tipo de investimento, os fundos também têm sua margem de risco que precisa ser analisada no momento da aplicação.
Conclusão
Os fundos de renda fixa em 2023 são alternativas atraentes para investidores com perfil conservador ou quem deseja diversificar a carteira com ativos rentáveis, mas é importante estar atento aos riscos envolvidos nesses títulos. Com a ajuda deste guia, você aprendeu sobre o que são os fundos de renda fixa e como eles funcionam.
Também obteve mais informações sobre quais são as perspectivas dos fundos de renda fixa neste ano, que prometem ser um bom investimento devido a alta na taxa Selic e melhora de indicadores econômicos. Com base nesses dados, você pode tomar uma decisão mais assertiva se deve ou não investir em fundos de renda fixa.
Para te ajudar a investir melhor em fundos de renda fixa em 2023, conhecer as tendências do mercado e recomendações de analistas, acompanhe o blog e canal do YouTube da Nord Research.
Resumindo
Quais são os fundos de renda fixa?
Os fundos de renda fixa são produtos financeiros que vendem cotas para captar recursos e formar um patrimônio. O capital dos investidores é alocado em ativos da renda fixa, que costumam ser vinculados à inflação ou à taxa de juros (Selic). Assim, compõe-se uma carteira de investimentos constituída por CDBs, títulos do Tesouro Direto, Letras de Crédito (LCI e LCA), Letra de Câmbio e mais.