Uma carteira de investimentos moderada concilia a busca por ativos com mais rentabilidade e a proteção patrimonial. Nem é tão focada em proteção quanto o conservador, nem prioriza os ganhos como o arrojado.

A carteira de investimentos moderada é um passo importante para buscar ganhos mais expressivos. Nela, o investidor balanceia as expectativas de segurança e crescimento patrimonial.

Essa estratégia terá como resultado um meio-termo entre as posturas conservadoras e arrojadas. Isto é, o foco entre proteção e maximizar os ganhos está em equilíbrio, o que afeta a escolha de produtos financeiros e a composição da carteira.

Continue a leitura para conhecer mais sobre esse tipo de portfólio e ativos interessantes para considerar dentro do escopo moderado!

Sumário

O que é uma carteira de investimentos moderada?

Uma carteira de investimentos moderada é um conjunto de investimentos que se baseia na premissa de obter um maior potencial de rentabilidade, mas sem abdicar da segurança sobre o investimento. Dessa forma, ela mesclará ativos de renda fixa e variável em busca de equilibrar os princípios que norteiam a estratégia.

Para qual perfil a carteira de investimentos moderada é indicada?

A carteira de investimentos moderada é voltada — como sugere o próprio nome — a investidores moderados, aqueles que têm tolerância intermediária a riscos. Seu propósito é aplicar uma tática de equilíbrio entre segurança patrimonial e crescimento.

Diferentemente de um portfólio conservador, por exemplo, essa modalidade estará mais aberta a aplicações de renda variável, onde existe — em diferentes medidas — a possibilidade de ocorrer prejuízos.

Em contrapartida, bons movimentos em relação a esses ativos são os principais responsáveis por ampliar significativamente seus rendimentos. Esse é um dos motivos que marca o papel fundamental da diversificação de aplicações, não apenas para as carteiras moderadas, mas para todos os tipos.

Quanto rende uma carteira de investimentos moderada?

O rendimento da carteira moderada é imprevisível e depende de diversos fatores, como situação econômica, risco de crédito, empresas escolhidas para aplicações e liquidez dos títulos. Nesse contexto, a divisão da carteira também gera grande diferença. Geralmente, a recomendação é de alocar 80% dos recursos em renda fixa e 20% em renda variável.

No entanto, essa divisão não é fixa e varia conforme as análises feitas pelo investidor, assim como seus próprios objetivos. Nesse sentido, o auxílio de uma assessoria de investimentos pode ser providencial para encontrar o equilíbrio entre a proteção ao patrimônio e a ambição por lucros.

Características da carteira moderada

Uma carteira de investimentos moderada se caracteriza por três principais aspectos:

  • combinação entre renda fixa e renda variável;
  • presença de produtos com risco médio para o investidor;
  • seleção de ativos balanceada entre segurança e potencial de crescimento.

Quais ativos podem compor uma carteira de investimentos moderada?

A carteira de investimento moderada tende a contar com uma estratégia de diversificação. Dessa forma, elas exploram um leque amplo de ativos que vão desde títulos públicos até ações.

1. Títulos de tesouro

Os títulos públicos são utilizados principalmente para proteção patrimonial. Afinal, são formas de emprestar para o governo com baixo risco de não pagamento e ganhos previsíveis.

Tipos de títulos do tesouro

  • Tesouro Selic +: rende a taxa de juros básica da economia acrescida de um pequeno percentual;
  • Tesouro IPCA +: rende o índice de inflação acrescido de um percentual;
  • Tesouro RendA+: rende o índice de inflação acrescido de um percentual;
  • Tesouro prefixado: rende taxa fixada no momento da aplicação.

2. Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Os CDBs são títulos de renda fixa emitidos por bancos. Eles contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que funciona como um seguro para aplicações de até 250 mil reais.

Em uma carteira de investimentos moderada, é comum avaliar os CDBs de bancos pequenos e médios. É possível usar a proteção do FGC, assumindo títulos que teriam mais risco de inadimplemento, ao mesmo tempo que oferecem uma rentabilidade atraente.

Um ponto de atenção ao buscar ativos é que o FGC pode ter dificuldades de pagamento a depender da taxa de sinistralidade. Isto é, se diversos títulos não forem pagos ao mesmo tempo, pode acontecer do fundo ficar sem recursos para cumprir as obrigações. Por isso, busque sempre bancos de boa reputação, independentemente do tamanho.

3. Debêntures

As debêntures são títulos de dívidas gerados por empresas que desejam captar recursos do mercado. A aquisição desse tipo de ativo também segue a lógica semelhante à de um empréstimo, quem as compra se torna basicamente um credor da corporação em questão.

São ativos interessantes para carteira de investimentos moderada. Nesse caso, o investidor busca ganhos mais expressivos e não tem as proteções do FGC. Lembre-se que, por ser um título de dívida, a análise de crédito das empresas é muito importante.

4. Fundos imobiliários (FIIs)

Os fundos imobiliários (FIIs) são uma alternativa de renda variável com risco médio. Afinal, embora possam oscilar quanto à rentabilidade e valor das cotas ao longo do tempo, o setor imobiliário atende a necessidades permanentes e tem histórico de bons resultados no longo prazo.

Tipos fundos imobiliários

  • fundos de tijolos atuam com imóveis físicos;
  • fundo de papéis aplicam em títulos de dívida do setor, como LCI e LH;
  • fundo de fundos compram cotas de outros FIIs;
  • fundos híbridos combinam características dos demais fundos.

5. Fundos de Investimento Multimercado (FIM)

Os fundos multimercado recebem mais liberdade na seleção de ativos e estratégia, podendo combinar produtos de renda fixa e variável. Assim, uma solução é buscar fundos que tenham o perfil moderado como público-alvo.

Nesse caso, um profissional com as certificações de mercado realiza a gestão ativa para aplicar os recursos dos investidores. Porém, é preciso ficar atento às taxas de administração, além do histórico e estratégia do fundo.

6. Ações

A compra de ações consiste, basicamente, em adquirir porcentagens de empresas listadas na bolsa. São investimentos de risco mais elevado. Não só o valor dos títulos varia com a oferta e demanda, como os dividendos dependem do desempenho das empresas.

Em uma carteira moderada, é comum buscar esse investimento diretamente ou por meio de fundos de ações. Além disso, as aplicações são compensadas com outros produtos mais conservadores, priorizando uma estratégia balanceada.

Outra característica é que, geralmente, o investidor moderado usa estratégias ligadas à valorização das ações e dividendos no médio e longo prazos. Opções binárias e alavancagem, por exemplo, costumam estar mais ligadas ao perfil arrojado.

7. Letras de Crédito

Assim como as debêntures, as letras de crédito (LCs) são títulos de dívida que buscam captar recursos. Nesse caso, no entanto, são emitidos por instituições financeiras.

As duas principais são as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). Ambas se referem a setores relevantes da economia, e podem ter ótima demanda por crédito e boas rentabilidades oferecidas. Além disso, contam com a proteção do FGC.

As LCs são alternativas para buscar ganhos mais expressivos. Conforme a demanda por crédito em determinados setores, esses títulos podem apresentar boa rentabilidade em comparação com outros ativos de renda fixa.

Como montar uma carteira de investimentos moderada?

A montagem de uma carteira de investimento moderada pode adotar o seguinte roteiro:

  • pense a diversificação de seus investimentos entre renda fixa e renda variável;
  • encontre títulos de renda fixa para proteger uma parcela considerável do patrimônio;
  • priorize investimentos de médio e longo prazo na renda variável.
  • busque uma seleção de ativos balanceada entre segurança e crescimento;
  • varie os produtos por setor ou localidade para reduzir riscos.

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Resumindo

O que é uma carteira de investimentos moderada?

A carteira de investimentos moderada busca o equilíbrio entre segurança e crescimento patrimonial, geralmente equilibrando ativos de renda fixa e variável. É um meio-termo entre as estratégias adotadas pelos perfis conservadores e arrojados.

Como montar uma carteira de investimentos moderada?

A montagem da carteira de investimentos moderada exige uma divisão dos recursos entre ativos de renda fixa e variável. No entanto, não há regra sobre essa proporção. Em geral, a estratégia é proteger grande parte do patrimônio, mas estar aberto a assumir riscos em busca de ganhos mais expressivos.