Carrefour (CRFB3) tem prejuízo de R$ 565 milhões no 4T23
O Carrefour Brasil (CRFB3) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 520 milhões, uma queda de 5,4% em relação ao mesmo período de 2022.
Em relação às vendas líquidas no último trimestre de 2023, a empresa apurou o total de R$ 28,1 bilhões, leve recuo de 0,3% na comparação anual.
Além disso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da empresa somou R$ 1,88 bilhão no trimestre, 5% abaixo de um ano antes, enquanto a margem Ebitda ajustada caiu 0,3 ponto percentual, para 6,7%.
Resultados não ajustados
Considerando os números contábeis, ou seja, sem os ajustes devidos por eventos não recorrentes, o Carrefour Brasil teve prejuízo líquido de R$ 565 milhões no 4T23, revertendo um lucro líquido de R$ 426 milhões no ano anterior.
No 4T23, os resultados não ajustados foram afetados em grande parte por despesas e uma baixa contábil envolvendo o fechamento de mais de 100 lojas não rentáveis entre dezembro e o início deste ano.
Reestruturação do grupo Big
Dentro do processo de reestruturação do grupo Big, além da finalização de unidades deficitárias de hipermercados, a integração continua pressionando o desempenho dos resultados.
Após o 4T23, porém, o Carrefour Brasil planeja capturar, de forma plena, maiores sinergias entre as operações, além de buscar otimizar e simplificar suas atividades cada vez mais.
Abilio Diniz no Carrefour
Após a divulgação de resultados, a empresa controlada pelo grupo francês Carrefour informou que os cargos ocupados pelo empresário Abilio Diniz, que faleceu no último domingo, 18, aos 87 anos, ficarão vagos momentaneamente, até que o conselho de administração da rede varejista tome uma decisão sobre seus sucessores.
Desempenho das ações do Carrefour
Apesar do prejuízo contábil no 4T23, as ações do Carrefour disparam +7,38% nesta terça-feira, 20, com o mercado projetando melhorias operacionais e de rentabilidade para os próximos trimestres.
Mesmo com a alta no pregão de hoje, os papéis acumulam queda de -6,35% em 2024 e de -20,25% considerando os últimos 12 meses.
Ainda que as perspectivas sejam melhores para o grupo, preferimos aguardar sinais mais claros de concretização de seus planos.
Com suas ações negociando a 7x Ebitda, não vemos grandes oportunidades em CRFB3 no momento.