A empresa confirmou que hackers conseguiram assumir o controle de uma de suas carteiras digitais responsáveis pela custódia de ether (ETH). Com isso, foram transferidos 401.346 ETH, avaliados em cerca de US$ 1,1 bilhão, além de várias unidades de tokens stETH para endereços desconhecidos. 

O ataque foi inicialmente reportado pelo especialista em blockchain conhecido como ZachXBT e posteriormente confirmado pelo CEO da Bybit, Ben Zhou.

Resposta da Bybit e medidas adotadas

Em comunicado oficial, Ben Zhou assegurou que, apesar do incidente, a Bybit mantém liquidez suficiente para cobrir as perdas e que os saques dos clientes continuam operando normalmente. 

Ele destacou que apenas uma carteira fria específica foi comprometida e que todas as outras permanecem seguras. A empresa está conduzindo uma investigação interna para rastrear as movimentações dos fundos roubados através das redes blockchain, embora reconheça que o processo pode ser demorado e sem garantia de recuperação total dos ativos.

Comparação com ataques anteriores no setor de criptomoedas

Este ataque à Bybit supera significativamente incidentes anteriores em termos de valores roubados. 

Em março de 2022, a Ronin Network sofreu um desvio de US$ 625 milhões, enquanto a Mt. Gox, em 2014, perdeu cerca de US$ 473 milhões. 

A magnitude do ataque à Bybit ressalta a crescente sofisticação dos cibercriminosos e a necessidade de medidas de segurança cada vez mais robustas por parte das exchanges de criptomoedas.

Impacto no mercado de criptomoedas e medidas futuras

A notícia do ataque gerou reflexos imediatos no mercado de criptomoedas, com o Bitcoin (BTC) registrando uma queda de mais de 1,5% e o Ethereum (ETH) recuando mais de 2% após as transferências fraudulentas. 

A Bybit ainda não detalhou quais medidas específicas serão implementadas para reforçar sua segurança após o incidente, mas enfatizou seu compromisso em proteger os fundos dos clientes e restaurar a confiança na plataforma.

Este evento destaca a importância de práticas rigorosas de segurança cibernética e da constante atualização dos protocolos de proteção para prevenir futuros ataques no ecossistema das criptomoedas.