Brasil é o novo integrante da Opep+
Governo brasileiro aceita convite para integrar a Opep+, ampliando sua influência no mercado energético global
O governo brasileiro aceitou o convite para ingressar na Opep+, grupo que reúne países produtores de petróleo e seus aliados. A decisão foi tomada durante reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e anunciada nesta terça-feira, 28, pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A participação do Brasil na Opep+ visa ampliar sua influência no mercado energético global e fortalecer o debate sobre a transição energética.
O que é a Opep+?
A Opep+ é uma extensão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), criada em 1960, que inclui países aliados não membros. Juntos, esses países colaboram na regulação da produção de petróleo e na mediação de políticas relacionadas ao setor, influenciando significativamente os preços globais do petróleo.
Os 10 países aliados que compõem a Opep+ são:
- Azerbaijão
- Bahrein
- Brunei
- Cazaquistão
- Malásia
- México
- Omã
- Rússia
- Sudão
- Sudão do Sul
- Brasil (em processo de adesão formal)
Próximos passos para a integração do Brasil na Opep+
Com a decisão tomada, o Brasil iniciará o processo de adesão formal à Opep+. Isso envolverá a participação em reuniões e fóruns do grupo, onde o país poderá colaborar na formulação de políticas e estratégias relacionadas ao mercado de petróleo e à transição energética.
Opep e o preço dos combustíveis
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e a Opep+ desempenham um papel fundamental no mercado global de petróleo, influenciando diretamente os preços dos combustíveis. O grupo controla a produção de petróleo por meio de quotas, ajustando a oferta para regular os preços. Além disso, monitora a demanda global, reduzindo ou ampliando a produção para evitar oscilações bruscas nos valores da commodity.
As decisões da Opep impactam diretamente o preço dos combustíveis, já que variações no petróleo afetam a gasolina, o diesel e o querosene. Fatores políticos e geopolíticos, como sanções e conflitos, também influenciam suas estratégias, podendo levar a cortes na oferta e aumentos nos preços.