O Grupo Casas Bahia (BHIA3) vive um momento de intensa volatilidade em meio ao seu processo de reestruturação e à entrada/aumento de participação de grandes investidores em 2025. As ações da varejista registraram uma valorização de +139% no acumulado do ano

Se você tivesse investido R$ 1.000 em BHIA3 no último dia de 2024, a R$ 2,89, poderia ter na conta hoje cerca de R$ 2.390.Mas, recentemente, o papel passou a recuar, caindo -33% desde a máxima alcançada no fim de março. É hora de comprar?

O que impulsionou a alta de BHIA3?

Dois eventos catalisaram o movimento recente:

  • Entrada de Rafael Ferri, com uma posição de 5% na companhia;
  • Aumento de participação de Michael Klein, agora detentor de mais de 10% do capital social.

Além disso, BHIA3 sofreu um short squeeze, fenômeno em que a alta dos preços força vendedores a descoberto a recomprar ações, elevando ainda mais a cotação. Como o papel tem baixa liquidez e o aluguel estava elevado, o movimento foi exacerbado.

Melhora operacional no 4T24, mas ainda no vermelho

No quarto trimestre de 2024 (4T24), o Grupo Casas Bahia apresentou sinais de melhora em seus resultados operacionais, ainda que tenha encerrado o período com prejuízo. O prejuízo líquido foi de R$ -452 milhões, representando uma redução de -54,8% em relação aos R$ -1 bilhão registrados no mesmo período do ano anterior. 

Além de diminuir o prejuízo, a varejista tem conseguido cortar despesas e melhorar as margens com a mudança no mix, estoques e uma maior participação dos serviços financeiros. Apesar do cenário macroeconômico desafiador, as iniciativas de reestruturação estão melhorando o fluxo de caixa e a rentabilidade.

Os resultados de 2024 refletem os avanços do plano de transformação da Casas Bahia, com foco na eficiência operacional, crescimento do marketplace e expansão dos serviços financeiros. No entanto, apesar da melhora nos números, a empresa ainda enfrenta desafios estruturais, como o elevado custo financeiro e o nível de alavancagem.

Apesar da melhora na trajetória recente e nos últimos resultados, a recomendação é de cautela, observando os próximos trimestres.

O que esperar de BHIA3 em 2025?

Para este ano, a Casas Bahia pretende impulsionar o crescimento das vendas por meio da expansão de sua carteira de crédito, ao mesmo tempo em que busca manter a trajetória de recuperação das margens. 

No curto prazo, os ajustes nas estratégias de marketing e na composição do mix de produtos podem seguir impactando negativamente a receita.

Vale destacar também que a deterioração macro eleva o desafio da companhia, com o impacto dos juros elevados no resultado financeiro e também afetando diretamente as vendas da companhia (poder de compra da população reduzido).

Top pick no varejo: por que preferimos Lojas Renner (LREN3)

Nossa preferência no setor varejista é por Lojas Renner (LREN3). Em 2024, a companhia encerrou o ciclo de investimentos mais significativo de sua história, no qual ampliou ainda mais suas vantagens competitivas com grandes avanços em logística e tecnologia.

Com um modelo ainda mais ágil, preciso, flexível e integrado, a empresa pretende continuar crescendo acima do mercado (também com aumento de preços, ainda que abaixo da inflação, mas não só em volumes, como em 2024), expandindo sua rentabilidade/geração de caixa e livre para direcionar seus investimentos ao seu plano de expansão. 

A Renner vai voltar a acelerar seus investimentos em 2025, com um capex projetado de R$ 850 milhões (vs. R$ 662 milhões em 2024), destinado principalmente à remodelação e abertura de novas lojas. 

A nova meta é abrir entre 25 e 35 novas lojas neste ano e este será basicamente o crescimento líquido do parque de lojas, tendo em vista que nos últimos dois anos a empresa já encerrou as que precisava para otimizar sua operação.

Negociando a apenas 5,8x Ebitda, LREN3 é uma ótima oportunidade. Mesmo em um cenário de alta dos juros e de redução na atividade econômica, a companhia está muito bem posicionada (operacional e financeiramente) para atuar de forma contracíclica e acelerar ainda mais seu ganho de market share.

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Considerações finais: BHIA3 ou LREN3?

A Casas Bahia vive um momento de transição e pode oferecer oportunidades pontuais, mas com risco elevado. Já a Lojas Renner entrega resiliência e potencial de valorização sustentada, sendo nossa principal recomendação no setor de varejo em 2025.