Na quinta-feira (14/09), a B3 divulgou seus destaques operacionais de agosto e apontou que o número de investidores (CPFs individuais) na bolsa caiu para 4,806 milhões, uma redução de 548,8 mil em relação ao mês anterior.

Esse número chamou a atenção, e a B3 informou ao jornal Valor Econômico que quando consideradas só ações (e não outros tipos de renda variável), o total de investidores na verdade subiu para 3,62 milhões, de 3,61 milhões no mês anterior.

De onde vem essa queda então? A resposta é: da categoria de BDRs.

Aqui é onde entra o Nubank!

Quando fez seu IPO, em 2021, o banco lançou BDRs nível 3 no Brasil, mas em setembro de 2022 anunciou mudanças, com uma migração para BDRs nível 1 não patrocinados.

Em dezembro de 2022, a diretoria da CVM autorizou o pedido do Nubank e estabeleceu que os investidores que não fizerem uma escolha explícita de migração dos BDRs nível 3 para o nível 1, ou de receber ações do Nubank negociadas na Nasdaq, teriam seus BDRs vendidos e receberiam os recursos provenientes da venda.

O prazo para escolha terminou em 11 de agosto.

Segundo comunicado do Nubank, essas vendas foram feitas entre 21 de agosto e 5 de setembro, afetando a janela em que a B3 sofreu perda de investidores.

Em meados de 2021, o Nubank foi responsável pela entrada de cerca de 760 mil investidores na bolsa com seu IPO — lembra do programa chamado “pedacinho”?

E, agora, foi responsável pela queda de mais de 500 mil investidores na bolsa.

Hoje o banco possui uma base de clientes de mais de 84 milhões, com 82% sendo clientes ativos, superando concorrentes gigantes como o Banco do Brasil (BBAS3).