O Banco Central Europeu (BCE) decidiu pela redução da taxa de juros em 0,25 ponto percentual, conforme esperado pelo mercado. Dessa forma, a taxa de depósito passou de 3,50% para 3,25% a.a., a taxa de financiamento de 3,65% para 3,40% a.a. e a taxa de empréstimos de 3,90% para 3,65% a.a.

Em seu comunicado, a autoridade monetária afirmou que “as informações recentes sobre a inflação mostram que o processo de desinflação está bem encaminhado.".

De fato é o que temos visto ao longo dos últimos dados, com dados de inflação mais benignos diante dos efeitos de uma atividade mais fraca.

Por isso, o BCE deve dar continuidade ao seu ciclo de queda ao longo dos próximos trimestres. Para os próximos 12 meses, por exemplo, o mercado precifica um ciclo de corte de 1,42 ponto percentual.

Pouso suave na zona do euro

Apesar da fala otimista de que a desinflação está bem encaminhada, a autoridade monetária também afirmou que os salários seguem subindo a um ritmo elevado.

Ou seja, as quedas de juros devem seguir acontecendo de forma gradual, à medida que o BCE seguirá acompanhando os dados para determinar as suas decisões de reunião em reunião.

Continuaremos a observar um ambiente internacional com flexibilização monetária, tanto na Europa, como nos Estados Unidos. Além disso, também temos visto estímulos na economia chinesa.

O Brasil, no entanto, segue na contramão desse ambiente.