A arrecadação federal do Brasil alcançou R$ 209,21 bilhões em novembro de 2024, marcando o maior crescimento para o mês em 11 anos, com alta real de 11,21% sobre novembro de 2023.

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O que motivou o crescimento da arrecadação federal?

Segundo a Receita Federal, o desempenho foi impulsionado por diversos fatores:

  • tributação sobre combustíveis: a retomada da cobrança do PIS/Cofins gerou impacto significativo no setor, com aumento de receitas vindas das importações e vendas de combustíveis;
  • aquecimento econômico: dados do IBGE apontaram crescimento de 8,82% nas vendas e 6,33% nos serviços em outubro de 2024 em comparação com o mesmo mês de 2023;
  • taxação de ativos financeiros: mudanças na tributação de fundos exclusivos e bens no exterior ampliaram a base arrecadatória.

Destaques tributários do mês

  • PIS/Pasep e Cofins: totalizaram R$ 46,09 bilhões, um crescimento real de 19,23%;
  • IRPJ e CSLL: arrecadaram R$ 32,69 bilhões, alta de 12,62%, com destaque para o lucro presumido (+5,45%) e estimativa mensal (+14,93%);
  • Imposto sobre Importação e IPI-Vinculado: atingiram R$ 10,64 bilhões, um expressivo aumento de 58,82%;
  • Receita previdenciária: alcançou R$ 54,36 bilhões, expansão real de 3,79%, impulsionada pelo crescimento da massa salarial (+7,15%).

Acumulado do ano atinge recorde histórico

De janeiro a novembro de 2024, a arrecadação federal somou R$ 2,39 trilhões, um crescimento real de 9,82% em relação ao mesmo período de 2023.

Corrigido pela inflação, o total arrecadado foi de R$ 2,43 trilhões, o maior valor da série histórica iniciada em 1995.

Impactos para o planejamento fiscal do governo

Os resultados da arrecadação são um pilar central para a estratégia do governo de zerar o déficit fiscal em 2024.

Com a alta das receitas, segundo o próprio governo, será possível financiar ações prioritárias, como combate a desastres naturais, e reforçar o equilíbrio das contas públicas, mesmo diante dos desafios econômicos globais.